Partidos / Votos / Deputados
1. PS...........36 %........96
2. PSD.........32 %........87
3. BE...........10 %........17
4. CDS..........8 %........15
5. CDU..........8 %........13
6. MEP..........2 %..........2
O/B/N...........4 %
Terapia política. Introspecção psicossocial. Análise simbólica.
24 setembro 2009
[1016] As palavras dos outros (59): "Irreal social"
«A campanha termina como começou: num clima irrespirável onde os rumores e os ‘casos’ levaram a melhor sobre o debate político.»
(Le Monde, 23-9-2009, via Sol, "Media franceses dão pouca atenção a «duelo» eleitoral em «país pobre»", 24-9-2009)
*
«Olhemos para a sociedade portuguesa, profundamente castigada e metastizada (...), no dever que é afastar o actual Primeiro-Ministro da governação, para que reconheça o peso da sua arrogância, a ausência de uma política sólida e o deficit democrático em que nos colocou a todos. A funcionalização da sociedade empobrece-a.»
(Paula Teixeira da Cruz, "O Voto", CM, 24-9-2009)
*
«A grande verdade é que a grande maioria das pessoas que estão na linha da frente dos partidos do poder são medíocres, longe vão os tempos em que se podia discordar da opção política dos agentes, mas a sua valia técnica, intelectual, política e de valores era inquestionável.
Hoje estamos condenados a escolher o melhor dos mais fracos.»
(Vítor Esteves, comentário a "MFL-PM (XIII)", Mar Salgado, 24-9-2009)
*
«Num país onde o exercício da política foi entregue a habilidosos vendedores de promessas, em que o sentido do serviço público se perdeu, em que preponderam os interesses pessoais, os estados de alma e os caprichos, alguém que é fiável e confiável, que vive habitualmente, que conhece o real e o quotidiano, que não quer nada para si, que vem quando é difícil, que se apresenta exactamente como é, que junta princípios e competência para fazer, torna-se facilmente numa ameaça. Porque rompe com o paradigma, porque desarma, porque pode dizer que o rei vai nu. (...)
A decisão que for tomada no dia 27 terá consequências decisivas para o que resta de Portugal e de todos nós. Um enorme risco ou uma derradeira oportunidade. É preciso escolher antes de votar.»
(Mª José Nogueira Pinto, "Eleger é escolher", DN, 24-9-2009)
23 setembro 2009
[1015] A Manela é séria, o Zé é retórico
Dos nossos leitores, 87 votaram na sondagem (sem garantias de representatividade) "Quais os pontos fortes de Ferreira Leite face a Sócrates?" Eis os resultados:
1. 18% deles escolheram retórica;
1. 18% deles escolheram retórica;
2. 22% entendem que é o pragmatismo e experiência;
3. 31% acharam que é o currículo;
4. 32% escolheram a ética; e
5. 54% elegeram a seriedade.
21 setembro 2009
[1014] Citações do mundo: confiança precisa-se!
1. "Love all, trust a few. Do wrong to none." (Amem todos, confiem em poucos. Não façam mal a ninguém)
[William Shakespeare (1564 - 1616), "All's Well That Ends Well", Acto 1, Cena 1]
[William Shakespeare (1564 - 1616), "All's Well That Ends Well", Acto 1, Cena 1]
2. "I never trust people's assertions, I always judge of them by their actions." (Nunca dou importância às afirmações das pessoas, avalio-as pelos seus actos)
[Ann Radcliffe (1764-1823), "The Mysteries of Udolpho", 1794]
[Ann Radcliffe (1764-1823), "The Mysteries of Udolpho", 1794]
3. "Os homens confiam mais no que ouvem do que no que vêem."
[Heródoto (484 a.C. - 430 a.C.), "Histórias"]
[Heródoto (484 a.C. - 430 a.C.), "Histórias"]
4. "Os homens geniais são admirados, os ricos são invejados, os poderosos são temidos; mas apenas os homens de carácter são confiáveis."
(autor desconhecido)
[1013] Gripe sazonal?
Confirma-se.
O vírus da gripe política está a espalhar-se rapidamente e pessoas até aqui imunes a maleitas dessa natureza estão totalmente contaminadas. Durante longos meses foram advertidas para os cuidados que deveriam ter e para os contactos que (não) deveriam manter. Foram imprudentes, amadoras, crédulas.
Só uma vacina de ética, combatividade e Estadismo poderá curá-las. Se estas pessoas permanecerem contaminadas por muito mais tempo, a democracia adoecerá gravemente.
20 setembro 2009
[1011] A palavra dos outros (58): "yes tv"
«Tive uma reunião, antes de romper com a RTP, com o ministro da tutela, Augusto Santos Silva, que é um ‘yes man’ também! Quando lhe expliquei que não há uma razão financeira que obrigue a que a televisão pública não tenha programas de qualidade, porque é possível comprar documentários e cinema de qualidade gastando pouco dinheiro, e que isto apenas acontecia devido a uma falta de visão, responde-me que não vê ninguém melhor no País do que os jornalistas que estão à frente da programação da RTP, o que dá vontade de lhe dizer que provavelmente também não vê ninguém melhor para o seu próprio lugar! Mas há! Há pessoas com conhecimento e se é necessário importá-las que se importem!»
(Sérgio Tréfaut, director do DocLisboa, "As pessoas à frente da RTP não estão à altura dos seus lugares", CM, 20-9-2009)
[1010] Early Sunday afternoon: preguiça dominical com humor conjuntural
Um português toma calmamente o café quando um espanhol, a mascar pastilha elástica, vem sentar-se ao seu lado. O português ignora o espanhol que, inconformado, começa a conversar:
- Vocês comem estes pãezinhos inteiros?
- Português (de mau humor): Claro.
- Nós não. Comemos só o miolo, a casca juntamos, processamos, transformamos em croissants e vendemos para Portugal.
O português não responde. O espanhol insiste:
- Vocês comem esta compota com o pão?
- Sim.
- Espanhol: Nós não. Ao pequeno almoço comemos frutas frescas descascadas, juntamos as cascas e as sementes, processamos, transformamos em compotas e exportamos para Portugal.
O português, nessa altura, decide responder:
- E o que é que fazem aos preservativos depois de usados?
- Deitamos fora, logicamente!
- Nós não. Guardamos em caixotes, processamos, transformamos em pastilhas elásticas e vendemos para Espanha.
19 setembro 2009
[1009] Mil e nove sinais
Há sempre, em todas as épocas, uma gentinha que não vê, não sabe, não percebe nada. Depois, quando abrem os olhos, os ouvidos e a boca, é tarde. Já levaram o amigo, a liberdade, o futuro.
Até um cão danado pressente o perigo. Será que o homem é mesmo o animal mais estúpido da criação?
[1008] 35 anos depois, volta a ser preciso dizer o óbvio
Os “funcionários públicos” (hoje “trabalhadores que exercem funções públicas”) são servidores do ESTADO, NÃO servem nenhum partido nem nenhum ministro. Se alguns o fazem, devem ser exonerados [após processo disciplinar].
Defendem, por dever estatutário e legal, o INTERESSE PÚBLICO, a LEGALIDADE e o ERÁRIO PÚBLICO.
Por razões de transparência e previsibilidade dos recursos financeiros, são pagos de acordo com uma tabela de remunerações, NÃO de acordo com a vontade “do patrão”, de modo a evitar compadrio, bajulação e arbitrariedade.
São, muitas vezes, o garante da defesa do cidadão, eleitor e contribuinte, ao prestarem informações, emitirem pareceres e controlarem os dinheiros públicos apenas de acordo com a LEI e a JUSTIÇA, em vez de obedecerem acriticamente ao “patrão”.
(Núncio, comentário a "É um bocadinho mais do que isso", Blasfémias, 19-9-2009)
[1007] A palavra dos outros (57): a mentira é a verdade
«Não é fácil viver quatro anos de mentiras sem nos tornarmos, também nós, um país de mentirosos.»
(João Pereira Coutinho, CM, 19-9-2009)
18 setembro 2009
17 setembro 2009
[1002] TGV: Todos "Gabam" a Velha
A dimensão do respeito pelo Estado Português é o que me interessa neste assunto [dos comentários da imprensa e do governo espanhóis à posição de MFL sobre o TGV]. Tudo o resto é espuma.
[O relevante seria notar que o destaque que um Estado está a dar ao processo eleitoral de outro, para além de violar um princípio fundamental de direito internacional (não ingerência nos assuntos internos de cada Estado), prova que, afinal, os espanhóis estão mesmo a tentar condicionar as opções portuguesas quanto à rede de alta velocidade.] É por isso que somos pequeninos. Permitimos que outros ataquem os nossos e apouquem o país.
Lembra-se do Rei de Espanha (secundado pelo próprio Zapatero, socialista) ter repudiado veementemente um ataque de Chávez ao primeiro-ministro cessante, Aznar, popular democrático, não lembra?
Porquê? Porque não era um ataque a Aznar, era um ataque a Espanha, aos seus políticos e à sua independência. Aqui, bate-se palmas a quem ofende "a outra senhora" (ou qualquer outro), julgando que isso fortalece JS. Puro engano...
(Pepe, comentário a "3 portugueses, 3 atitudes", Simplex, 16-9-2009)
[1001] As palavras dos outros (56): a exigência de uma escolha
«[Os potenciais eleitores mantêm-se] numa posição passiva de meros espectadores, mais ou menos interessados, como se tudo se tratasse de uma espécie de concurso ou talk show televisivo, para apreciação das qualidades histriónicas dos segundos: o mais engraçado, o mais rápido, o mais astuto, o mais surpreendente... É a redução da política à sua expressão mais simples, um exercício abstracto sobre a realidade, sem antes nem depois.
«Quando se fala da qualidade da democracia, em última análise é disto mesmo que se fala: a qualidade dos representantes não pode dissociar-se do grau de exigência dos eleitores; uma exigência que, em fase de campanha, tem tudo a ver com a profundidade, objectividade e seriedade com que exigem ser esclarecidos.
«[Apesar de tudo, fica claro], felizmente, o bom senso do cidadão comum que consegue distinguir, apesar das encenações, dos gráficos e dos indicadores de duvidoso rigor, das frases descontextualizadas, das cartas na manga e dos coelhos na cartola, quem é ou não é de confiança, quem tem ou não carácter. Se ninguém pensa comprar um carro em segunda mão a quem não lhe merece confiança, como poderia entregar Portugal e o seu futuro?»
(M.ª José Nogueira Pinto, "O que se vê e o que não se percebe", DN, 17-9-2009)
[1000] Mil sessões no divã
«A ambição do homem é tão grande que, para satisfazer uma vontade presente, não pensa no mal que daí a algum tempo pode resultar dela.»
(Niccolo Maquiavel, "Discursos de Tito Lívio", via Citador)
[999] Os exaltamentos da Grande Ibéria (II)
«Portugal só pode ser um país plenamente inserido na Europa quando a Espanha o for, a Ibéria for, a Península Ibérica for um espaço de integração económica e política.»
(Luís Amado, num comício do PS em Leiria, 15-9-2009, via Público on line)
16 setembro 2009
[998] Optimista ou ilusionista?
"Daqui saiu o 25 de Abril no 16 de Março, daqui vai sair a sua vitória, não tenha dúvidas."
(dirigente local, arruada nas Caldas da Rainha com MFL, 16-9-2009, via DN)
14 setembro 2009
[997] Los abrazos rotos
Mais um sinal de provincianismo [a discussão em curso sobre o TGV e as intervenções de governantes espanhóis sobre o assunto].
Na Alemanha, que vai a votos no mesmo dia, seria caricato perder-se um minuto que fosse a discutir o que pensa Sarkozy ou Brown das propostas dos líderes alemães.
Aliás, é um princípio democrático que os Estados não se envolvem na campanha eleitoral dos outros. Imaginem que agora vinha o primeiro-ministro dinamarquês [onde, fazendo também parte da União Europeia, não há TGV] defender os pontos de vista de MFL, contra os de JS e do PSOE...
(Núncio / Portugal Real, comentário a "Manuela cavalga cruzada nacionalista", Expresso on line, 14-9-2009)
[996] "Paz, Pão, Povo e Liberdade / Todos Sempre Unidos / No Caminho da Verdade"
O povo deveria ajudar a padeira a pegar na pá, o pão ficou muito cozido, o lume estava forte de mais. É preciso água nessa fervura.
Será que Aljubarrota vai repetir-se? E quem vai contar a verdade desta história?
13 setembro 2009
[995] Ponto por ponto
Os debates, estes debates, tornaram-se num jogo de espelhos, num diálogo de aparências, numa avaliação de gaffes e trejeitos...
É preciso afastar a espuma mediática, prescrutar para lá da forma e espremer a substância.
[994] Portugal é mais do que futebol (46)
I mean, soccer.
Somos vice-campeões do mundo em futebol de rua.
Desporto e responsabilidade social juntos.
[993] As palavras dos outros (55): a política no feminino
«Mas será verdade que esta mulher se candidata a Primeira Ministra?»
(Ana Gomes, sobre Manuela Ferreira Leite, aqui: itálico meu)
*
Absolutamente inaceitável. Dito por uma deputada ao Parlamento Europeu, candidata a presidente de uma câmara, ex-diplomata (!), é ainda mais deplorável...
P.S. MFL não se candidata ao cargo de primeiro-ministro, pois este não está sujeito a escrutínio democrático. Nem nisto sabe?!
[991] Um governo extraordinário, mas irrepetível
De facto, é uma declaração extraordinária para quem está, assumidamente, "muito satisfeito" com o seu governo.
Aliás, não tenho memória de nenhum primeiro-ministro que, tendo chefiado novo governo, prescindisse de todos os seus ministros anteriores!
(Núncio, comentário a "Sócrates muda todos os ministros", Diário Económico, 13-9-2009)
*
MFL tinha Pacheco Pereira para aclarar as suas afirmações. JS tem, para isso, fonte do seu gabinete... Que diz, inexplicavelmente, que as palavras do primeiro-ministro "não são para levar à letra" (segundo informação posterior da Lusa).
[990] Debates Eleições'09 (balanço final)
Em resumo,
Manuela: 1 V, 2 E, 1 D, média final: 5,62.
Louçã: 0 V, 2 E, 2 D, média final: 5,37.
Portas: 2 V, 2 E, 0 D, média final: 5,25.
Sócrates: 2 V, 2 E, 0 D, média final: 4,87.
Jerónimo: 0 V, 2 E, 2 D, média final: 4,87.
*
Manuela e Louçã beneficiam do facto de terem participado em dois dos três melhores debates (um com o outro e ambos com Portas). Sócrates, embora tendo estado melhor em dois debates (com Jerónimo e Louçã), teve um debate inaugural (com Portas) muito fraco.
*
Ranking dos dez debates:
1) Manuela, 6.5 / Louçã, 6 (12.5)
2) Louçã, 6 / Portas, 6 (12)
3) Portas, 6 / Manuela, 5.5 (11.5)
4) Manuela, 5.5 / Sócrates, 5.5 (11)
5) Portas, 5.5 / Jerónimo, 5 (10.5)
6) Jerónimo, 4.5 / Sócrates, 5.5 (10)
7) Jerónimo, 5 / Manuela, 5 (10)
8) Louçã, 5 / Jerónimo, 5 (10)
9) Sócrates, 5 / Louçã, 4.5 (9.5)
10) Sócrates, 3.5 / Portas, 3.5 (7)
[989] Debates Eleições'09 (10)
O último dos debates para as eleições legislativas, dentro de duas semanas. Participantes: os líderes do PS ("incumbent") e do PSD ("challenger"). Resultado (previsível):
Manuela, 5.5 / Sócrates, 5.5.
Razoavelmente esclarecedor, medianamente urbano, moderadamente animado. Não afugentou apoiantes nem captou indecisos. Mais uma vez, a aparente supremacia de JS é formal, não de conteúdo.
Continua o "empate técnico", que só será desfeito, provavelmente, no silêncio da urna, quando os eleitores se perguntarem: "eh pá, continuamos com este ou está na hora de mudar?".
12 setembro 2009
[988] Irmãos inimigos?
Nah, mais primos afastados... Daqueles que só se encontram por imposição familiar ou protocolar. Em casamentos, baptizados, aniversários e funerais.
Ambos divorciados, mas dali não sairá nenhum casamento; só se fosse em casas separadas e com um encontro semanal em terreno neutro.
Esperemos que também não haja nenhum funeral. O país já está suficientemente deprimido...
(Núncio, comentário a «Sócrates-Ferreira Leite: debate de "dois irmãos inimigos"», Público, 12-9-2009)
[987] Política de verdade
Prefiro a verdade, ainda que não a minha, a verdade subjectiva, enquanto visão genuína e autêntica de alguém, do que a mentira, a visão ardilosa, manipuladora, fantasiosa.
É toda uma diferença política e, sobretudo, cívica. A que reside na seguinte pergunta:
"Prefere um governante de quem discorde, mas em quem confie, ou um governante em quem não confie, mesmo que pareça concordar com o que ele diz?"
11 setembro 2009
[986] Debates Eleições'09 (9)
Penúltimo debate da série. Resultado, de acordo com os nossos critérios:
Louçã, 6 / Portas, 6.
Equilibrado, animado, respeitador, paradoxal.
[985] A necessidade aguça o engenho, a ociosidade desperta a habilidade
«(...) o excesso de "habilidade" faz ganhar debates e quiçá votos, mas não creio que faça ganhar credibilidade e honestidade.
Habilidade é mais no futebol ou no circo...»
(Núncio, comentário a "Ontem à noite", Delito de Opinião, 11-9-2009)
[984] Debates Eleições'09 (8)
Aproximamo-nos do fim da pré-campanha, marcada pelos dez debates em curso. Realizado o desta noite, faltam apenas dois. Eis a nossa avaliação:
Portas, 6 / Manuela, 5.5.
Montanha-russa entre o relevante e o supérfluo, o sério e o palavroso, o retórico e o profundo. Manuela (ainda) um pouco inábil na gestão das falas e dos tempos.
10 setembro 2009
[983] Separados à nascença
[982] Curriculum vitae
Não vale a pena andarmos aqui na blogosfera com panegíricos, insultos, encómios ou vitupérios. Além de ser redudante num caso e deselegante no outro, é inútil.
A vida das pessoas fala por si.
[981] Charada de fim de regime: quem é quem?
Há quem diga mentiras caridosas.
Há quem diga meias verdades.
Há quem minta compulsivamente.
E há mesmo quem diga a verdade.
09 setembro 2009
[980] Debates Eleições'09 (7)
A vez de Manuela e Jerónimo, a primeira ainda vai a meio e o segundo já terminou. Contigências de um calendário inexplicável...
Jerónimo, 5 / Manuela, 5.
Limpinho, cordato, regular, sério.
[979] Dou-te um doce em troca de um beijo salgado
Acho muito estimulante que Pedro Santana Lopes consiga apoios para lá das tias de Cascais e dos jovens das Docas.
[978] Charada de final de tarde, numa campanha alegre...
É cada vez mais curta a distância entre Vilar de Maçada e Vilar de Perdizes...
(Núncio, comentário a "Do Rato à Lapa", Corta-Fitas, 9-9-2009)
[977] Uma campanha tonta
«(...) como já escrevi, acho muito infeliz o episódio madeirense na campanha, até aqui relativamente coerente e digna, de MFL.
Mas a história não acabou ali. José Sócrates, com as igualmente infelizes declarações sobre o assunto, e querendo atingir MFL, acabou por dar o "beijo da morte" a Jaime Gama.
De MFL sempre se poderá dizer, abonatoriamente, que (ainda) é mera candidata, que em campanha há mais emoção do que razão, etc.
De Jaime Gama, só se pode dizer que é "apenas" a 2.ª figura do Estado e que, quando foi ainda mais encomiástico do que MFL, estava em pleno exercício de funções.»
(Núncio, comentário a "MFL-PM (XI)", Mar Salgado, 8-9-2009)
[976] O bailinho da Madeira
«[Alberto João Jardim é] um exemplo supremo na vida democrática do que é um político combativo.»
«A Madeira é bem o exemplo, com democracia, com autonomia, com a integração europeia de um vasto e notável progresso no País.»
«(...) esta obra historicamente tem um rosto e um nome, e esse nome é o do presidente do Governo Regional da Madeira, a quem quero também prestar uma homenagem, na diferença de posições, por esta obra e este resultado.»
«(...) na Madeira, tudo é uma conquista e, por isso, é que a vivência e concepção de autonomia na Madeira não é tanto a institucional, a conceptual ou jurídica, é sempre uma concepção de luta, de combate, de tenacidade, de vitória, de dinâmica, de afirmação em crescente.»
(Jaime Gama, em visita à Madeira, 28-3-2008, via Sol)
*
«As imagens de Ferreira Leite na Madeira são patéticas e são lamentáveis, (...) a dizer que a Madeira é um modelo de democracia».
(José Sócrates, debate com Francisco Louçã, na RTP, 8-9-2009)
08 setembro 2009
[975] Debates Eleições'09 (6)
Hoje, o embate deu quase empate:
Sócrates, 5 / Louçã, 4.5.
Demagogia bastante, tecnicidade simulada, retórica q.b., alguma tensão. Esperteza socratiana.
[974] A palavra dos outros (54): amizades perigosas
«É particularmente negativo que o primeiro-ministro tenha afirmado que tem juízes amigos. Um primeiro-ministro não pode ter juízes amigos ou inimigos.»
(Paula Teixeira da Cruz, "Juízes amigos?", i, 2-9-2009)
[973] Distracções ou intenções?
«(...) há aquelas chamadas causas fracturantes, com base nas quais se procura distrair a atenção dos cidadãos e até permitir que um personagem profundamente neoliberal e profundamente defensor dos princípios da política neoliberal, como é José Sócrates, possa aparecer com uns laivos de esquerda.»
(Garcia Pereira, Lusa, via Sol, 8-9-2009)
[972] Bocas... à Guedes
Seria grave, se não fosse irónico: quem calou a censura a Marcelo Rebelo de Sousa vem agora subscrever o cancelamento do programa de Manuela Moura Guedes...
(Núncio, comentário a "Obviamente, Miguel Paes do Amaral", Mais Actual, 4-9-2009)
[971] Uma campanha desastrosa
Esta campanha mais parece um concurso de gaffes, disparates, grosserias e inverdades... Um jogo de espelhos?
Uns mentem, outros iludem; uns tropeçam, outros deixam-se rasteirar...
Talvez a pior campanha de sempre!
07 setembro 2009
[970] Debates Eleições'09 (5)
Mais um debate, agora diários até ao fim. Hoje o quinto, com a seguinte avaliação:
Portas, 5.5 / Jerónimo, 5.
Nenhumas novidades, estranha cumplicidade pontual, clareza, com uns apontamentos graciosos. Convicção de Portas favorece-o ligeiramente.
Ponto da situação, a meio dos trabalhos:
1. Manuela ____________ 6.50 (1 debate).
2. Louçã ______________ 5.50 (2 debates).
3. Jerónimo____________ 4.83 (3 debates).
4. Sócrates____________ 4.50 (2 debates).
5. Portas _____________ 4.50 (2 debates).
[969] Opinião de verdade
Disse aqui que considerava que a alternância dava saúde ao regime, tornando-o mais vigoroso e dinâmico.
Vale para todas as democracias, incluindo a nossa. Por conseguinte, vale também para a Madeira. Sem reservas.
E vale para Braga, Vila do Conde, Almada, Alenquer, V. N. de Poiares, Reguengos de Monsaraz, Benavente, etc.
[968] Ironias de uma campanha
Pouco feliz a deslocação de MFL à Madeira (boleia de AJJ e registos sobre a "asfixia democrática").
Deveria emendar a mão. Mostraria humildade e confirmaria a credibilidade.
Um Estadista fá-lo-ia.
[967] Ironias dos tempos pós-modernos
E diziam que a velha era retrógada e desajeitada! Mas parece que chegou para o rapaz moderno e fracturante...
(Núncio, comentário a "MFL-PM (IX)", Mar Salgado, 6-9-2009)
[966] Rosto sem máscara
«Manuela Ferreira Leite que tem um passado académico, político e profissional conhecido e de que se orgulha, nunca escondeu o que é: uma Senhora católica, conservadora, austera, determinada, formal, reservada, sensível, grata e leal para com os seus amigos e colaboradores, que convive mal com o circo político mediático, confiável, frontal, corajosa e que quer trabalhar só com quem confia.
Pode gostar-se ou não destes elementos de carácter, mas ninguém poderá dizer que foi enganado ou iludido com promessas ou comportamentos oportunistas para fins eleitorais.»
Pode gostar-se ou não destes elementos de carácter, mas ninguém poderá dizer que foi enganado ou iludido com promessas ou comportamentos oportunistas para fins eleitorais.»
[965] Anti-tu
Não há mal nenhum em militar em partidos, movimentos ou causas. Pelo contrário, é um acto cívico e democrático.
O que me parece já censurável é a falta de consciência de que a alternância dá saúde ao regime, torna-o vigoroso e dinâmico. Até pode ser pedagógico, estimulando o partido vencido a melhorar as suas propostas e a ajustar a sua presença na sociedade e na comunicação social.
Ainda mais censurável é admitirmos (ou até incentivarmos) a desconsideração ou o apoucamento do adversário. Isso não é fair play nem no desporto nem na política.
(Núncio / Portugal Real, comentário a "Ferreira Leite solidária com Louçã", Expresso online, 6-9-2009)
06 setembro 2009
[964] Debates Eleições'09 (4)
Esta noite, o quarto dos dez debates. O primeiro com Manuela Ferreira Leite, estranhamente quando alguns líderes já participaram em dois. Conviria que as televisões tivessem explicado as regras do "sorteio", até porque a esta entrada tardia de MFL vai suceder a saída antecipada de Jerónimo (na próxima quarta-feira, quando os debates terminam só no sábado).
Eis a nossa avaliação, com base nos quatro critérios habituais:
Manuela, 6.5 / Louçã, 6.
O melhor dos quatro debates. Em geral, esclarecedor, ameno, clarificador, sério. A (ligeira) diferença esteve na tentação condicionadora de Louçã.
[963] As palavras dos outros (53): it's the politics, idiot!
«Só um idiota acredita que a Prisa suspendeu o Jornal Nacional "por razões económicas relacionadas com uma reestruturação em curso". Uma "reestruturação em curso" não suspende programas na véspera.»
(Pedro Santos Guerreiro, "Jornal de Negócios", 4-9-2009)
(Pedro Santos Guerreiro, "Jornal de Negócios", 4-9-2009)
[962] "Realpolitik" ou "shameless diplomacy"?
"A presença de Luís Amado [nas comemorações dos 40 anos da revolução liderada por Kadhafi] envergonhou-nos."
(Ana Gomes, deputada do PS ao Parlamento Europeu, DN, 6-9-2009)
*
«(...) o Magrebe é uma região de crescente importância para Portugal. E dentro do Magrebe a Líbia é o país cuja relação bilateral apresenta maiores oportunidades de crescimento nos próximos anos.»
(Paulo Gorjão, "Amado na Líbia", Vox Pop, 1-9-2009)
[961] Debates Eleições'09 (3)
Continuando a avaliação, com os mesmos critérios:
Jerónimo, 4.5 / Sócrates, 5.5.
Cuidadoso, formal, moderado e superficial. Jerónimo demasiado defensivo.
Foi o segundo debate de ambos. Jerónimo perfaz 9.5 e Sócrates 9 pontos.
05 setembro 2009
[960] Tempo de desinformação
«(...) se a chegar ao Governo, a dra. Ferreira Leite extinguirá o pagamento especial por conta que a dra. Ferreira Leite criou em 2001; a primeira-ministra dra. Ferreira Leite alterará o regime do IVA, que a ministra das Finanças dra. Ferreira Leite, em 2002, aumentou de 17 para 19%; promoverá a motivação e valorização dos funcionários públicos cujos salários a dra. Ferreira Leite congelou em 2003; consolidará efectiva, e não apenas aparentemente, o défice que a dra. Ferreira Leite maquilhou com receitas extraordinárias em 2002, 2003 e 2004; e levará a paz às escolas, onde o desagrado dos alunos com a ministra da Educação dra. Ferreira Leite chegou, em 1994, ao ponto de lhe exibirem os traseiros.»
(Manuel António Pina, "Tempo de autocrítica", JN, 28-8-2009)
*
Manuel António Pina equivoca-se e o leitor anónimo faz mal em reproduzir, acriticamente, esse equívoco.
1. Não foi MFL que criou, por lei, o PEC em 2001 (aliás, uma cuidada e imparcial análise constataria que nesse ano era ministro das Finanças Pina Moura, tendo MFL tomado posse em Abril de 2002).
2. MFL subiu efectivamente a taxa legal do IVA para 19%, mas não foi com ela que se atingiu o valor mais alto, tendo a taxa subido ainda mais (para 21%) com o actual governo.
3. Não foram todos os salários dos funcionários públicos "congelados", foram aqueles cujo montante era superior a 1000 euros.
4. Todos os anos económicos da actual legislatura tiveram receitas orçamentais extraordinárias, não sendo as do período 2002/2004 nada excepcionais.
5. Não foi perante MFL que alguns jovens baixaram as calças e exibiram os traseiros, foi perante Couto dos Santos.
Cinco imprecisões em dez linhas é obra! Mais cuidado a subscrever artigos, caro leitor...
(Núncio, comentário a "Leitura recomendada", Jamais, 4-9-2009)
[959] Censura-me que eu gosto...
A censura nunca serve a ninguém. Hoje no Governo, amanhã na Oposição e vice-versa.
Acho surpreendente é que os que se indignaram com a censura a Marcelo Rebelo de Sousa agora desvalorizem a censura a Manuela Moura Guedes e vice-versa!
Não há boa nem má imprensa. Não há boa nem má censura. Há actuação jornalistica lícita ou ilícita, legítima ou ilegítima, legal ou ilegal, deontológica ou não. Apenas.
(Núncio / Portugal Real, comentário a "Vídeo: A promoção ao "Jornal Nacional" censurada", Expresso on line, 4-9-2009)
04 setembro 2009
[958] As palavras dos outros (52): a herança maldita
«Não dizia Salazar que Portugal era mais livre que a livre Inglaterra? Sócrates e Santos Silva dizem o mesmo.»
(Eduardo Cintra Torres, "O PS de Sócrates é contra a liberdade", Público, 4-9-2009)
[957] Debates Eleições'09 (2)
Segundo dos dez debates eleitorais:
Louçã, 5 / Jerónimo, 5.
Em geral, cortês, morno, prudente, desinteressante.
Louçã, 5 / Jerónimo, 5.
Em geral, cortês, morno, prudente, desinteressante.
[956] Auto-censura (2): tome lá um rebuçado
A pergunta "gira" de Judite de Sousa a JS, na entrevista de 1-9-2009, na RTP: «Como se sente por ser considerado um homem sexy?»
03 setembro 2009
[955] Debates Eleições'09 (1)
De 1 a 10, atendendo a critérios de clareza, profundidade, urbanidade e coerência (os mesmos critérios que utilizámos para avaliar os debates das eleições presidenciais de 2006):
Sócrates, 3.5 / Portas, 3.5.
Em geral, crispado, demagógico, repetitivo, desnecessário.
02 setembro 2009
[954] O cidadão comum veste Prada
«Não tenho a vaidade da falsa modéstia. Em termos de apresentação pública, não faço mais do que o cidadão comum, procuro andar "arranjadinho".»
(José Sócrates, cliente de uma loja exclusiva de Beverly Hills, Grande Entrevista, RTP, 1-9-2009)
[953] Dois discursos, dois mundos
Esta noite, duas entrevistas, duas posições quase antagónicas sobre o país, presente e futuro.
Medina Carreira fez mais pela Oposição numa hora do que Portas, Louçã, Jerónimo e Ferreira Leite numa semana.
Enquanto isso, Sócrates descrevia o Paraíso na Terra...
01 setembro 2009
[952] É o "puguesso"!
«Da maneira como o Governo aposta na informática, sem qualquer espécie de visão crítica das coisas, se gastasse um quinto do que gasta, em tempo e em recursos, com a leitura, talvez houvesse em Portugal um bocadinho mais de progresso.
A coroa de todo este novo aparelho ideológico que está a governar a escola portuguesa – e noutras partes do mundo – é o Magalhães. Ele foi transformado numa espécie de bezerro de ouro da nova ciência e de uma nova cultura, que, em certo sentido, é a destruição da leitura.»
A coroa de todo este novo aparelho ideológico que está a governar a escola portuguesa – e noutras partes do mundo – é o Magalhães. Ele foi transformado numa espécie de bezerro de ouro da nova ciência e de uma nova cultura, que, em certo sentido, é a destruição da leitura.»
(António Barreto, "O Magalhães é o maior assassino da leitura em Portugal", aqui)
25 agosto 2009
[951] Machões e machinhos
[O artigo que Mário Soares escreve hoje no DN, "Há um conflito institucional?", vem] Na linha da enorme deselegância que teve para com a eurodeputada francesa, quando disputou com ela a presidência do Parlamento Europeu, a quem chamou de "dona de casa". Isto é que é a Esquerda "progressista e moderna"?
Mas, sabe, pior do que o machismo de Soares e afins, é o machismo de muitas mulheres que preferem o galã à "velha e feia"...
(Núncio, comentário a "O neomachista Soares", 31 da Armada, 25-8-2009)
[950] Une-te, mas não te prives de nada
Como noutras, nesta matéria os tugas querem o melhor de dois mundos: não querem as maçadas do casamento, mas querem as regalias...
(Núncio, comentário a "Esta Esquerda bafienta", 31 da Armada, 24-8-2009)
23 agosto 2009
[949] Dúvidas existenciais
«Coligação para quê e para servir quem?»
(Jerónimo de Sousa, comício em Agualva/Cacém, 23-8-2009)
(Jerónimo de Sousa, comício em Agualva/Cacém, 23-8-2009)
*
«Um governo de coligação é benéfico, no sentido em que se cria uma maior dinâmica de diálogo e participação. Mas o importante é que tem de haver um acordo entre as principais forças políticas para que se tomem as medidas difíceis que têm de ser tomadas. Se não houver esse acordo, os partidos que estiverem no poder não tomam medidas duras com medo de se queimarem eleitoralmente. Se essas medidas forem tomadas por consensos, todos se responsabilizam.
(...) Não faz diferença se é Bloco Central ou aliança com os pequenos partidos. Quanto mais forças políticas participarem, mais se pode mobilizar o país para que um governo possa governar a sério.»
(D. Duarte de Bragança, "Corre-se o risco de uma ditadura tomar o poder", i, 22-8-2009)
18 agosto 2009
[948] Não é possível julgar a mesma pessoa duas vezes pelo mesmo crime
Há todo um equívoco neste comentário e em comentários idênticos.
1) MFL nunca foi primeira-ministra, JS já.
2) O Governo (ou, se preferirem, os dois governos) de Abril 2002/Março 2005 já foi/foram julgados. Como já foram os anteriores, os dois de Guterres (PS) e os três de Cavaco (PSD).
3) Quem vai a escrutínio político agora, em Setembro 2009, é o governo de JS. E a oposição, claro. Cada coisa a seu tempo e no seu lugar.
4) Portanto, o que importa é comparar o desemprego de Março 2005 com o de Julho (ou Agosto ou Setembro, se for possível) 2009. Porque é esta legislatura que vamos apreciar. Só. E não é pouco.
(Núncio, comentário a "Emprego: Diferenças entre PSD/PP e PS", O país relativo, 16-8-2009)
16 agosto 2009
[947] Os números, os números...
A taxa de desemprego em Portugal, em Junho de 2009: 9,3%
A taxa de desemprego na UE/27: 8,9%
A taxa de desemprego na UE/25 (sem Roménia nem Bulgária): 9,1%
A taxa de desemprego na UE/15 (sem os dez que entraram de uma vez, em 2004): 9,0%
A taxa de desemprego da UE/Euro: 9,4%.
Significa que a taxa média de desemprego só é maior do que a portuguesa na "zona euro", por uma décima. Mas tomáramos nós estar como a maior parte dos países que a integram! O que é preocupante é a taxa de desemprego dos Estados da nossa dimensão geoeconómica:
Bélgica: 8,1%
Rep. Checa: 6,3%
Dinamarca: 6,2%
Áustria: 4,4%
Holanda: 3,3%
Polónia: 8,2%
Eslovénia: 6,1%
Finlândia: 8,5%.
*
E como era no início da legislatura?
A taxa de desemprego em Portugal, em Março de 2005: 6,9 % (-2,2 % do que agora)
A taxa de desemprego na UE/27: ainda não havia 27
A taxa de desemprego na UE/25: 8,9% (-0,2%)
A taxa de desemprego na UE/15: 8,1% (-0,9%)
A taxa de desemprego da UE/Euro: 8,9% (-0,5%).
Significa que a maior subida da taxa média de desemprego é claramente a portuguesa, no mesmo período (02/2005 e 07/2009). Vamos aos mesmo Estados de há pouco (da nossa dimensão geoeconómica):
Bélgica: 8,0% (-0,1%)
Rep. Checa: 8,3% (+2,0%)
Dinamarca: 9,8% (+3,6%)
Áustria: 4,6% (+0,2%)
Holanda: 5,0% (+1,7%) - Fev. 2005
Polónia: 18,1% (-9,9%)
Eslovénia: 5,8% (-0,3%)
Finlândia: 8,3 % (-0,2%).
Ironicamente, os Estados que tinham, nessa altura, mais desemprego do Portugal têm hoje menos (excepto a Polónia, mas que tem uma descida brutal) e os que já tinham menos, mantém a posição relativa. Portugal piorou, no mesmo período e no mesmo contexto.
[946] Salazar está vivo (Não, não é como o Elvis, está mesmo vivo)!
Esta personalização [da campanha eleitoral] é o sinal mais perturbador da democracia portuguesa. O culto do líder, a autoridade máxima, uma imagem.
Parece que tudo começa e acaba no secretário-geral. E as eleições não são o escrutínio de um governo e das suas políticas, mas um mero plebiscito ao Grande Líder.
Pobre, muito pobre. Afinal, onde reside o espírito salazarento?
(Núncio, comentário a "Uma imagem real", Jamais, 16-8-2009)
15 agosto 2009
[945] Trio de Outono
Acho insensato, do ponto de vista deste partido, que o PS aproveite a sua Convenção Nacional, ou qualquer momento de pré- e campanha eleitoral, para anunciar a disponibilidade de uma grande coligação PS/BE/CDU (que, aliás, me parece mais improvável e inconciliável do que localmente). Fazê-lo iria afugentar os indecisos de centro-esquerda e de centro-direita que, não estando nada satisfeitos com JS, ainda não foram cativados por MFL.
Por outro lado, acho que está a escapar-me qualquer coisa: Louçã e Jerónimo coligados um com o outro e, mais incrível (segundo todas as declarações dos mesmos), com Sócrates? Creio que uma coligação desse tipo só será viável sem Sócrates. E acredito que se possa estabelecer entre o PS e o BE, sem a CDU. Não que esteja inibida de fazer parte de um Executivo, mas porque seria um governo totalmente instável (em Portugal, nunca houve nenhum com três partidos [a AD era composta, sim, por três partidos, mas o PPM não tinha o peso nem a carga ideológica de um BE ou de uma CDU. Basta lembrar que há monárquicos no CDS ao PS] e, nos Estados onde as coligações são comuns, normalmente são feitas de forma menos sectária ou ideológica, se preferirem, mais abrangentes).
*
(...) sejamos frontais e terra-a-terra e não utópicos:
- com os programas eleitorais já definidos e tão pouco conciliáveis,
- com um líder socialista tão irascível e inflexível,
- com relações pessoais (aparentemente) difíceis entre Sócrates e Louçã e Louçã e Jerónimo,
- com uma agenda bloquista e comunista tão pouco europeia,
- com uma tradição governativa do PS sempre ao centro-direita (em coligação),
- sem experiências anteriores de coligações tripartidas,
- sem consenso nenhum em áreas-chave como a Educação (estatuto e avaliação), os Negócios Estrangeiros (Afeganistão, Iraque, EUA, UE), a Saúde (hospitais-empresas) e o Trabalho (Código do Trabalho),
- enfim, com afinidades apenas nas Obras Públicas (investimento público) e nas “questões fracturantes”,
como é possível pedir a estes três líderes (ou mesmo a dois deles) que se coliguem? Só se algum(ns) renegar(em) tudo o que tem/têm dito nos últimos cinco anos!
(Núncio, comentário a "O gato da vizinha de Ferro Rodrigues", Eleições 2009, 15-8-2009)
14 agosto 2009
[943] Poesia do mundo: os grandes líderes
"History has a tendency to block out
the popular beliefs about the leaders of the time"
("Hilikus", Incubus)
[942] Eu não faria o convite, mas não condeno quem o faça
« (…) a retirada de direitos políticos antes de uma condenação transitada em julgado “levanta problemas de constitucionalidade, já que entra em conflito com o princípio da presunção da inocência”, que tem de ser mantido até estar decidido o último recurso.»
(Jorge Miranda, constitucionalista, ex-candidato a Provedor de Justiça pelo PS, ao Expresso, 8-8-2009)
*
Reitero o que tenho dito (...). A questão [da candidatura de suspeitos ou acusados ao Parlamento] é complexa e todos os que a exploram partidariamente estão a ser levianos.
13 agosto 2009
[941] O senhor deputa?
Este assunto [da inclusão de arguidos/acusados nas listas de deputados] é complexo e está a ser tratado levianamente pelo PSD e pelos críticos do PSD.
Em breve, poderá haver notícias muito desagradáveis do outro lado da barricada e, a confirmar-se, vai doer muito.
Infelizmente, as questões éticas estão completamente esvaziadas do escrutínio político, desde há anos. E nenhum dos dois partidos concorrentes ao 1.º lugar tem motivos de orgulho ou posição de supremacia. Por isso, criticar hoje MFL pelo caso da mala valerá tanto como, por exemplo, criticar Alberto Costa pelo caso Eurojust (não esquecer que de um processo disciplinar consta uma acusação, equivalente, com as devidas adaptações à do processo penal).
Quem não o fez no segundo caso, não deve fazê-lo no primeiro. E quem o faz nos dois casos, perde infelizmente o seu tempo porque, como sabemos, hoje vale tudo. Basta pensar que temos titulares de cargos políticos que mentem descaradamente e… sorriem!
(Núncio, comentário a "Crimes privados", Eleições 2009, 12-8-2009)
12 agosto 2009
[940] Ain't no sunshine
Há momentos críticos em que temos de tomar decisões difíceis, num mundo muito imperfeito. Nem todas as decisões que tomamos na vida quotidiana nos alegram ou aliviam. Mas não há outra ou as outras são todas piores.
Se há campo onde o relativismo se estende com mais facilidade é na política; daí dizer-se, como sabe melhor do que eu, que é “a arte do possível”.
No dia 27/9 não podemos, à luz dessa infeliz, mas inevitável relatividade, sopesar os pretos, as malas, os faxes ou os mamarrachos: basta (e não é pouco) que decidamos, no silêncio e na intimidade de um cubículo, se é hora de continuar o caminho ou de mudar de rumo.
Tão só.
*
Talvez esteja decepcionado, amargurado até, com um ou outro episódio, mas - embora não nos conheçamos fisicamente - tenho-o por inteligente, preparado, atento. Não se perca em detalhes (embora relevantes de certo ponto de vista e até, de outro, censuráveis) e, se me permite a nota “pessoal”, ilumine toda a pré- e campanha eleitoral, retirada a espuma mediática, na questão-chave: estamos, não sou eu que o digo, numa encruzilhada. Quem deve apontar o caminho e para onde devemos caminhar?
Em momentos de decisões difíceis, benfiquista que sou, lembro-me amiúde do ano 2000. O Glorioso também estava numa encruzilhada, para não dizer num beco. O “Incumbent”, populista e charmant, ameaçava continuar, por falta de adversário (aparentemente) credível.
De facto, Vilarinho não entusiasmava, parecia uma solução de recurso, apenas para garantir uma transição não-revolucionária. Tinha, ademais, problemas pessoais que são do domínio público e que não o favoreciam nada.
Mas, do alto da habitual sabedoria popular, os sócios votantes decidiram mudar de rumo. E como só havia aqueloutro, foi por ele que começaram a caminhar, voltando costas ao passado. Apreensivos, conscientes dos empecilhos, mas queriam mudar.
E mudaram. A transição foi suave, mas firme, o senhor fez o seu papel, passou a pasta e hoje é o seu “delfim” o homem do leme.
(Núncio, comentários a "Aguarde um momento, por favor", Vox Pop, 11-8-2009)
09 agosto 2009
[939] Quo vadis, Portucale?
Aos poucos, no teatro, na rádio, na televisão, no cinema, na poesia, na pintura, na ciência, na política, na filosofia, vão adormecendo figuras ímpares sem que se vislumbrem os seus pares para fazerem renascer este país...
(Portugal Real / Núncio, comentário a "Português e malmequer - Raul Solnado (1929/2009)", Expresso on line, 8-9-2009)
05 agosto 2009
[936] Quem quer casar com a carochinha?
«(...) reformulando algo que já escrevi aqui – acho muito pobre fazer dezenas de textos e depois ter centenas de comentários que não saem da dicotomia esquerda/direita e do maniqueísmo “nós somos bons/eles são maus”. Tudo isso são chavões historicamente datados que, se queremos ser uma “democracia moderna”, como é chic dizer agora, têm de ser objecto de um “upgrade” discursivo, de natureza social, económica, financeira, política e cultural.
Adiante. O que diz o Tiago e o Francisco está certo. Pouco importa (a não ser aos militantes ferrenhos, claro) a correlação de forças interna (dentro da esquerda ou da direita); o que interessa é a correlação externa, ou seja, se PSD+CDS ou PS+CDS (muita atenção a este cenário, Cipriano!) têm votação suficiente para governar, tornando inútil a votação no BE e na CDU.
Ora, tenho para mim que dificilmente “este” PS se coligará com o BE ou com a CDU (muito menos com os dois), pois nesse dia o Sócrates deixaria de ter o apoio da Banca (BES e CGD), da construção civil e da ala católica (que não é nada irrelevante: Rosário Carneiro, Oliveira Martins, D. Policarpo, etc.). Mas não se esqueça que não é nada improvável que a sucessão directiva do PS seja antecipada em função das próximas eleições e, nesse caso, a força do BE (menos da CDU) pode ser decisiva (se o novo secretário-geral for alegrista ou soarista ou até sampaísta, tudo menos socratista ou guterrista).
O recente desespero do PS nasce desse receio: que uma eventual vitória minoritária (que julgo ser ainda o cenário mais provável, pese embora algum reforço do PSD) provoque o isolamento do actual líder por não ter ninguém (só Portas e daí a chamada de atenção anterior) que se queira coligar com ele.
Em suma, voto útil para um governo de “esquerda” é, sem dúvida, no BE e na CDU, na expectativa do sucessor de JS fazer a ponte. Voto útil num governo de “direita” é no CDS. Voto no PSD é um voto de rejeição de JS, não tanto da política do PS. Voto no PS (minoritário, como se prevê) é o mais difícil de contextualizar, dado o isolamento que se auto-impôs JS.»
(Núncio, comentário a "O voto inútil", Eleições 2009, 4-8-2009)
04 agosto 2009
[935] Abalo com epicentro no Restelo
«(...) a confirmar-se [a entrada de Preto e Lopes da Costa nas listas de deputados], é um abalozinho no edifício que MFL tem vindo a construir. A merecer uma explicação convincente.»
(Núncio, comentário a "Arguidos nas listas do PSD", SIMplex, 4-8-2009)
*
MFL, julgo eu que não sou militante do seu partido nem seu porta-voz, não quer discutir a eventual alteração dos critérios de elegibilidade durante a campanha eleitoral, por isso poder ser demagógico e populista. Aliás, está dito na resposta que deu [à imprensa, após a visita ao Tribunal da comarca de VFX].
O assunto é demasiado sério para ser levado na espuma de uma campanha que já tem baixaria suficiente...
(Núncio, comentário a "Foi à lua e voltou, mas não fez a descompensação", JAMAIS, 4-8-2009)
[934] O meu programa é a minha vida
Acredita mesmo que um partido do "arco da governação" (como agora é chic dizer), que já chefiou o executivo sete vezes e fez parte de um oitavo, liderado por alguém que já foi secretária de Estado, ministra, ministra de Estado e conselheira de Estado, não saberá como governar se for chamado? Que não tem projecto, que não tem pessoas, quem não tem objectivos, que não sabe que políticas defende?
(Núncio, ibidem)
[933] A rosa da Lurdes murchou... e o cravo do Mariano também
«Aliás, como académico, bastar-lhe-ia [Carlos Santos] fazer uma análise do estado do ensino universitário em Portugal. Depauperado, massificado (excepto nos doutoramentos), mal instalado, ... os problemas não surgiram nestes quatro anos e meio, mas não foram resolvidos nem atenuados sequer.
Onde está a paixão? Já lá vão 14 anos, com um interregno de três, e só se vê traição...»
(Núncio, comentário a "Portugal, de uma sonda especial", SIMplex, 4-8-2009)
[932] À atenção da D. Lurdes
PROJETO DE LEI DO SENADO N.º 480 de 2007
Autor: SENADOR Cristovam Buarque
Ementa:
Determina a obrigatoriedade de os agentes públicos eleitos [deputados, vereadores, prefeitos, etc.] matricularem seus filhos e demais dependentes em escolas públicas até 2014.
Data de apresentação: 16/08/2007
Autor: SENADOR Cristovam Buarque
Ementa:
Determina a obrigatoriedade de os agentes públicos eleitos [deputados, vereadores, prefeitos, etc.] matricularem seus filhos e demais dependentes em escolas públicas até 2014.
Data de apresentação: 16/08/2007
Situação atual:
18/06/2009 - Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania
18/06/2009 - Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania
*
Pode ser que, assim, a escola pública recupere o seu estatuto.
(cortesia do leitor "papasierra")
03 agosto 2009
[931] As palavras dos outros (50): não prometo fazer, fiz.
«(...) os partidos do poder não devem fazer promessas. Que mostrem a sua obra: essa é a maior proposta.»
(Nuno Rogeiro, "Maré de propostas", JN, 31-7-2009)
[930] Voto inútil
«(...) insistir nesse chavão “derrotar a Direita” (ou o inverso) acho que empobrece o discurso político e rompe com uma tradição verdadeiramente democrática que é a da alternância. Se “a Direita” (ou “a Esquerda”) estivessem sempre no poder teríamos uma democracia “à mexicana”. É isso que queremos?
Por outro lado, nem sempre os candidatos ou os projectos da “Esquerda” (ou da “Direita”) são melhores, por força das circunstâncias, do momento, da conjuntura, da geração, do líder, do que seja. Eleger sempre, acriticamente, esses projectos/candidatos seria também um duro golpe no regime.
Onde quero chegar? Que, em vez de entrar nesta luta negativa contra a “direita” ou a “esquerda”, devemos aderir positivamente a candidaturas em nome do que defendem e da credibilidade dos seus agentes. E, como saberá melhor do que eu, nem sempre os candidatos da dita “Esquerda” são melhores…
Em resumo, “voto na Jaquina porque ela é uma excelente candidata, conhece profundamente o município, propõe-se fazer isto e aquilo e aqueloutro, na lista dela está o Zulmiro e o Benvindo, cuja coerência e ética muito aprecio e também acho que é tempo do executivo mudar de actores e políticas”.
Não é muito melhor do que dizer apenas “voto na Jaquina porque não quero que a Direita (Esquerda) ganhe”?
(Núncio, comentário a "Voto útil, um exemplo", Cipriano Justo, Eleições 2009, 3-8-2009)
[929] Me engana, que eu gosto
«(...) muita gente anda incomodada com a (aparente) sintonia entre Belém e MFL, nos temas em que qualquer cidadão médio revelaria a mesmíssima sintonia (como a diarreia legislativa). Mas não se incomodaram com a (descarada) sintonia entre Belém e o Largo do Rato quando [se] dissolveu a AR, escolhido que estava o Grande Líder.
Podemos (e devemos) ter convicções políticas e militância partidária, mas ser intelectualmente desonesto e reiterada e conscientemente parcial é que não está nas regras de um bom debate.»
(Núncio, comentário a "Admitir a verdade", SIMplex, 3-8-2009)
[928] O meritíssimo administrador
Defendem, e bem, que se deve rejeitar a "funcionalização" do juiz, preocupado com a progressão na carreira e com a submissão ao poder político. Mas não se esqueçam que uma das formas mais subtis de o funcionalizar é através deste modelo de gestão partilhada da comarca (com os "conselhos de gestão" em que tomam assento advogados, autarcas e outras entidades municipais), trazendo a comunidade, no que parece ser uma solução democrática, para a administração da Justiça.
Mas, por um lado, o tribunal e o juiz do processo não podem estar sujeitos a critérios de mera gestão administrativa, ainda por cima definidos ou avaliados pela "comunidade" (só na aparência o é). Por outro lado, tornar o juiz-presidente num gestor tornará o cargo muito apetecível (topo da carreira), sobretudo em comarcas de pequena e média dimensão, uma espécie de autarca judicial ou de magistrado-vereador. Será, muitas vezes, mais um "serviço" do ministério da Justiça na comarca do que o representante do Conselho Superior da Magistratura.
Nada do que vier a ser feito (e é preciso fazer muita coisa) pode abanar os dois pilares da Justiça (e, por extensão, do regime): a independência de julgar e a autonomia de organização interna.
(Pedro Duarte, comentário a "A Justiça como função primordial do Estado", IFSC, 25-7-2009)
[927] O fim dos Grandes Líderes?
O PS de Sócrates (tal como, em parte, o PSD de Cavaco) vai ter um pós-poder (seja em 2009, seja em 2013) muito doloroso, em grande medida porque não há massa auto-crítica. Com a agravante de o cavaquismo ter tido um Pacheco Pereira, um Marcelo, um Ângelo Correia ou um António Capucho e de a oposição no PS parecer estar reduzida a Manuel Alegre.
(Núncio, comentário a "O fim das fotocópias", Pedro Adão e Silva, SIMplex, 2-8-2009)
02 agosto 2009
[925] Um mito suburbano
Portugal não tem tido, nos últimos 25 anos, falta de estabilidade política (seja pelos três governos de maioria absoluta monopartidária e pelo governo de quase maioria absoluta monopartidária - o que perfaz 16 anos -, seja pelo facto de a alternância ser feita entre os dois partidos com maior identidade no "arco da governação").
Permita-me que desfaça esse mito da estabilidade. O que está a faltar a Portugal é estabilidade de outra ordem: legislativa, social, ética.
(Núncio, comentário a "Uma maioria... pela estabilidade necessária!", Ana Paula Fitas, SIMplex, 2-8-2009)
[924] Da feitura das leis e da qualidade da democracia
"Até agora mais de uma dezena e meia de normas [dezanove, mais precisamente] do Estatuto Político-Administrativo dos Açores foram declaradas inconstitucionais, uma lei que tinha sido aprovada por larga maioria, quer no parlamento açoriano, quer na Assembleia da República. Como é que isso foi possível?"
(Cavaco Silva, 1-9-2009, via "i")
*
Para aqueles que, entre um mergulho e uma caipirinha, não perceberam nada da grave comunicação ao país do Presidente da República, o Tribunal Constitucional deu-lhes a resposta, um ano depois.
01 agosto 2009
[922] A nova Constituição
(via Público online, 1-8-2009)
*
O Estado de direito no seu esplendor!
Cada governo que regulamente as leis da forma que lhes aprouver. Ao Tribunal Constitucional repugna perder tempo com meras ilegalidades, como se o desrespeito da lei por um regulamento não fosse uma forma (indirecta) de violar a Lei Fundamental!
[921] O amigo norte-coreano
«(...) o líder é mesmo... admirável (...), naquele registo de tão grande proximidade humana e quase pessoal (...), é impressionante (...) o grau de convicção e até de apaixonamento com que Sócrates se revelou ali - talvez no momento mais próximo e desinteressado em que o vimos.
«As acusações (...) de arrogância, intolerância, autoritarismo... correspondem na verdade, apenas... à atitude de quem acredita, deseja, tem força e energia, é optimista, vê mais longe do que o momento, tem convicções (e até é patriota e acredita no seu país!)...
«(...) Sócrates é a única pessoa colocada no momento certo para talvez transformar Portugal num país realmente mais interessante. (...) qualidades energéticas e à visão positiva de JS.
«(...) Sócrates é finalmente alguém que tem uma visão, uma ideia para Portugal. Positiva. Energética. Contagiante.»
(Pedro Castro, excertos do comentário a "Costa, o homem pretexto", Portugal dos Pequeninos, 29-7-2009)
*
Raramente li algo tão repulsivamente bajulador e tão inutilmente parcial. Aliás, o exagero só afasta, em vez de cativar...
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