Terapia política. Introspecção psicossocial. Análise simbólica.
Mostrar mensagens com a etiqueta valores. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta valores. Mostrar todas as mensagens

20 janeiro 2013

[1401] As palavras dos outros (112): amoralidade global

"We used to be the land of opportunity, now we're the land of opportunists".
(Kris, comentário deixado em "World's happiest countries", 15-1-2013)
*
É sobre os EUA, mas poderia ser sobre um qualquer outro país, bem perto de si...

31 março 2010

[1136] Tanta falta de vergonha e tanta longevidade...

«Foi apenas uma decisão do C[onselho] de J[ustiça] que alterou uma decisão da C[omissão] D[isciplinar] e nós, ao longo destes quatro anos, já vamos em 470 processos disciplinares decididos e, portanto, este foi mais um recurso dos 66 apresentados no CJ. Durante estes quatro anos, já tivemos três CJ, quatro presidentes do CJ e em 85 por cento dos recursos tivemos ganho total. Só em três processos tivemos uma alteração, com uma revogação das decisões.»
«Neste campo das agressões dos jogadores, a desproporção era notória e a decisão do CJ veio demonstrá-la», assinalou Ricardo Costa, apontando a definição de “recinto desportivo” como fulcral para a decisão. Segundo o presidente da CD da Liga, «basta mudar de um artigo para o outro, de uma agressão contra assistente de recinto desportivo para uma agressão contra o público, para se passar de três e quatro meses para três e quatro jogos».
«Vou sair da CD com 37 anos e o futebol foi uma excelente escola de vida», sobretudo pela “falta de princípios e valores das pessoas.»
(Ricardo Costa, presidente da Comissão Disciplinar da Liga de Futebol, entrevista à SIC Notícias, 30-3-2010)

04 março 2010

[1118] Momento intimista

Que dia horrível!
Esta manhã soube que um amigo, alemão, tentou suicidar-se pelo mesmo meio do malogrado Enke. Está em situação clínica crítica e deixa a mulher e os dois filhos perplexos e confusos.
Acabo de ler esta notícia do menino transmontano, episódio que considero muito grave, intolerável. Como é possível permitirmos que se desestruture, à nossa frente, a família, esta sociedade, um povo? A crueldade do "bullying", a indiferença de pais e professores, o desprezo político pela escola, a relatividade da vida...
A desregulação dos costumes e, ao mesmo tempo, a hiper-regulação procedimental do quotidiano é um paradoxo marcado pelo desprezo do indivíduo. Nada importa a não ser uma certa ideia de progresso que mais não é do que um cemitério de valores e afectos...

25 fevereiro 2010

[1110] As palavras dos outros (71): o poder invertido

«Seria absolutamente estranho que num país onde toda a gente mente - responsáveis, que não se retratam - passasse a ser quem diz e alerta para as verdades que tivesse de se retratar. Penso que estamos completamente com os valores e o sentido das necessidades do país absolutamente invertidos.»
*
«O que é relevante neste caso não é o que as pessoas sabem, é aquilo que as pessoas, sabendo, dizem que não sabem.»

06 setembro 2009

[962] "Realpolitik" ou "shameless diplomacy"?

"A presença de Luís Amado [nas comemorações dos 40 anos da revolução liderada por Kadhafi] envergonhou-nos."
(Ana Gomes, deputada do PS ao Parlamento Europeu, DN, 6-9-2009)
*
«(...) o Magrebe é uma região de crescente importância para Portugal. E dentro do Magrebe a Líbia é o país cuja relação bilateral apresenta maiores oportunidades de crescimento nos próximos anos.»
(Paulo Gorjão, "Amado na Líbia", Vox Pop, 1-9-2009)

12 agosto 2009

[940] Ain't no sunshine

Há momentos críticos em que temos de tomar decisões difíceis, num mundo muito imperfeito. Nem todas as decisões que tomamos na vida quotidiana nos alegram ou aliviam. Mas não há outra ou as outras são todas piores.
Se há campo onde o relativismo se estende com mais facilidade é na política; daí dizer-se, como sabe melhor do que eu, que é “a arte do possível”.
No dia 27/9 não podemos, à luz dessa infeliz, mas inevitável relatividade, sopesar os pretos, as malas, os faxes ou os mamarrachos: basta (e não é pouco) que decidamos, no silêncio e na intimidade de um cubículo, se é hora de continuar o caminho ou de mudar de rumo.
Tão só.
*
Talvez esteja decepcionado, amargurado até, com um ou outro episódio, mas - embora não nos conheçamos fisicamente - tenho-o por inteligente, preparado, atento. Não se perca em detalhes (embora relevantes de certo ponto de vista e até, de outro, censuráveis) e, se me permite a nota “pessoal”, ilumine toda a pré- e campanha eleitoral, retirada a espuma mediática, na questão-chave: estamos, não sou eu que o digo, numa encruzilhada. Quem deve apontar o caminho e para onde devemos caminhar?
Em momentos de decisões difíceis, benfiquista que sou, lembro-me amiúde do ano 2000. O Glorioso também estava numa encruzilhada, para não dizer num beco. O “Incumbent”, populista e charmant, ameaçava continuar, por falta de adversário (aparentemente) credível.
De facto, Vilarinho não entusiasmava, parecia uma solução de recurso, apenas para garantir uma transição não-revolucionária. Tinha, ademais, problemas pessoais que são do domínio público e que não o favoreciam nada.
Mas, do alto da habitual sabedoria popular, os sócios votantes decidiram mudar de rumo. E como só havia aqueloutro, foi por ele que começaram a caminhar, voltando costas ao passado. Apreensivos, conscientes dos empecilhos, mas queriam mudar.
E mudaram. A transição foi suave, mas firme, o senhor fez o seu papel, passou a pasta e hoje é o seu “delfim” o homem do leme.
(Núncio, comentários a "Aguarde um momento, por favor", Vox Pop, 11-8-2009)

12 junho 2009

[898] Cocktails e pastas de couro

De facto, as “massas” de militantes e simpatizantes não chegam a beber champagne, mas vão a cocktails e recebem pastas em couro.
De qualquer forma, não nos equivoquemos. Hoje em dia, a forma despudorada de gestão da “coisa pública” já permite a concessão de benesses, umas mais simbólicas do que outras, por muita gente (veja-se o caso mais recente da nomeação, por esse país afora, dos directores que, em muitas escolas e agrupamentos escolares, mais não são do que os representantes do aparelho local).
Por outro lado, um dos “ingredientes” da mistura de Cipriano é que eu acho que tem faltado, mas sem consequências degustativas para o cozinhado. Identificação com os valores. Mas com quais valores é que se poderá identificar o militante socialista médio, se a maior parte deles está completamente ausente das políticas de JS?
Quanto aos limites de que fala, e bem, LNT, isso é que me intriga. É que esses limites (tradição democrática, liberdade de opinião, respeito pelas classes profissionais, discussão ideológica ou programática, gestão pública, salvaguarda de direitos e garantias, etc.) foram completa e periogosamente ultrapassados nalgumas pastas (Comunicação Social, Educação, Saúde, Obras Públicas, Agricultura) sem grandes demonstrações de desagrado que não se resumam a Ana Benavente, João Cravinho ou Manuel Alegre.
Nem o PSD, que tem igual “fome de poder”, foi alguma vez tão unânime (mesmo Cavaco Silva tinha vozes bem desafinadas como Marcelo Rebelo de Sousa, Pacheco Pereira e Emídio Guerreiro, entre outros)!
(Núncio, comentário a "Declaração de interesses", idem)

18 abril 2009

[849] Óbvio, mas não axiológico

“O envolvimento num caso como este [BPN] justificaria dizer: bom, este caso é grave, não nos apercebemos da situação. Somos inocentes, mas não queremos embaraçar nem o Conselho de Estado, nem o Sr. Presidente da República, nem as instituições.”

29 março 2009

[830] Late Sunday afternoon: o sol brilha, mas porque é que sinto frio?

Quer ter relações sexuais? O Governo fornece os preservativos.
Fez sexo sem preservativo? O Governo subsidia a pílula do dia seguinte.
Engravidou? O Governo permite o aborto.
Teve um filho? O Governo coloca na escola a tempo inteiro.
Não consegue educar o seu filho? O Governo entrega-lhe um computador a preços baixos.
O seu filho não quer trabalhar? O Governo concede o rendimento social de inserção.
É agredido pelo seu filho? O Governo protege-o em casas de apoio à vítima.
O agressor foi accionado judicialmente? O Governo facilita-lhe a reinserção social.
O recluso sente-se só? O Governo incentiva os encontros sexuais com o parceiro.
A companheira do recluso engravidou? O Governo apoia as mães solteiras.
O recluso, a mãe solteira, a vítima de violência doméstica sentem-se perdidos? O Governo desculpa o consumo de drogas.
O consumidor tornou-se toxicodependente? O Governo financia a desintoxicação.
O Governo não tem apoio popular? Malha-se na oposição.

09 março 2009

[813] As palavras dos outros (39): nada tens, nada vales

«Na classificação dos valores, a moral, o belo, a verdade e a dignidade não estão à cabeça.»
(António Barreto, Público on line, 8-3-2009)

Arquivo do blogue

Seguidores