Terapia política. Introspecção psicossocial. Análise simbólica.

30 dezembro 2010

[1315] Eleição presidencial de 2011 (balanço dos debates)

1 - Lopes 5,0 / Nobre 4,5 ........... (9,5)
2 - Alegre 4,0 / Defensor 3,0 ....... (7,0)
3 - Nobre 5,5 / Cavaco 6,5 ........ (12,0)
4 - Alegre 4,5 / Lopes 4,5 ........... (9,0)
5 - Cavaco 5,5 / Lopes 4,0 ......... (9,5)
6 - Nobre 4,5 / Alegre 4,5 ........... (9,0)
7 - Defensor 2,0 / Cavaco 6,5 ...... (8,5)
8 - Defensor 3,5 / Nobre 4,5 ....... (8,0)
9 - Lopes 4,0 / Defensor 4,0 ........ (8,0)
10 - Cavaco 7,5 / Alegre 5,5 ...... (13,0)
*
Atendendo aos critérios da clareza da expressão, da qualidade da argumentação e da preparação para o cargo de PR, temos os seguintes resultados médios (de 1 a 10):
1. Cavaco Silva: 6,5
2. Fernando Nobre: 4,8
3. Manuel Alegre: 4,6
4. Francisco Lopes: 4,4
5. Defensor de Moura: 3,1

[1314] Eleição presidencial de 2011 (debate 10/10)

Enfim, o último dos debates a dois. O melhor, mais denso, mais abrangente. O mais (in)tenso. E o mais paradoxal: o Presidente-candidato assertivo, rápido, combativo. O desafiador mais manso, mais hesitante, quase surpreendido com as sucessivas transições (defesa/ataque) do opositor, como se diria em "futebolês".
Cavaco Silva, ainda que discutível, tem um programa. Tem um rumo e tem convicção. Tem uma carreira sólida, coerente, auditável.
A Manuel Alegre, mais simpático e acessível, falta-lhe profundidade e institucionalidade. É a diferença, não ideológica ou partidária, entre um homem de acção, do povo e para o povo, e um "BCBG".
Cavaco Silva: 7,5 - Manuel Alegre, 5,5.

29 dezembro 2010

[1313] Das campanhas e de detergentes

«A propósito do BPN, Cavaco diz-se vítima de uma campanha suja. Quem se lembra do caso das falsas escutas sabe que, nestas matérias, o Presidente sabe do que fala.»
(Daniel Oliveira, "A campanha suja", Antes Pelo Contrário, Expresso on line, 29-12-2010)
*
Estamos em pré-campanha presidencial e, dentro de dias, estaremos em plena campanha.
Daniel Oliveira, no exercício de direitos cívicos e democráticos inatacáveis, apoia expressamente um dos candidatos.
Usar diariamente uma coluna de opinião generalista para, reiterada e descaradamente, fazer campanha contra um dos opositores do seu candidato não me parece nada deontológico, para dizer o mínimo. Pelo contrário, recomendariam as boas práticas jornalísticas e cívicas que, neste período, não usasse o seu palco para assuntos eleitorais, dado que não conseguirá ser isento (é da natureza humana).
E se todos os titulares de colunas de opinião, a começar aqui no Expresso, se lembrassem de a usar diariamente para denegrir os candidatos que não recolhem o seu apoio?
A campanha deve ser feita nos lugares próprios, pelos próprios ou seus apoiantes. Em blogues dos candidatos, em sessões de esclarecimento, nos tempos de antena, etc. Tornar todos os "media" num grande forum de campanha eleitoral parece-me democraticamente desproporcionado, deontologicamente duvidoso e civicamente tortuoso.
(Núncio, comentário ali)

[1312] Eleição presidencial de 2011 (debate 9/10)

Na noite desta terça-feira, despediram-se do ciclo de debates Francisco Lopes e Defensor de Moura.
Foi um momento sem brilho nem glória, com algumas picardias pelo meio, mas sem sentido teleológico. Por outro lado, tratou-se, mais uma vez, de um debate a três, em que o terceiro candidato, sempre o mesmo, estava ausente e, por isso, sem poder contra-alegar.
Mais uma confirmação da desnecessidade deste ciclo ou, talvez, da incapacidade dos opositores do "incumbent" em mostrar-se à altura do desafio.
Francisco Lopes, 4 - Defensor de Moura, 4.

28 dezembro 2010

[1311] As palavras dos outros (106): o escrutínio segue dentro de momentos...

«As ideias de um escudo forte são de Cavaco Silva, desde 1980, quando foi Ministro das Finanças. Claro que depois Guterres foi na conversa dos seus economistas e manteve essa ideia bacoca e aderimos ao Euro com um escudo sobrevalorizado.»
(PMP, idem)
*
(...) não quis discutir a força ou a fraqueza do escudo. Quis apenas lembrar que, em Portugal, estamos sempre a voltar atrás, a reavaliar governos, sistemas e regimes que já lá vão, quando na altura pouco ou nada fizemos para alterar as políticas e as situações.
O presente é agora. Tivemos um governo para avaliar há pouco mais de um ano, o quinto (!) desde Cavaco Silva. Mas em vez de o avaliarmos correcta e democraticamente, preferimos falar de Salazar, Sá Carneiro e Cavaco.
Talvez daqui a 20 anos falemos de Sócrates...
(Núncio, idem)

[1310] As palavras dos outros (105): neo-qualquer coisa

«O aumento do desemprego está directamente ligado à politica neo-tonta de Braga de Macedo e Cavaco Silva de um escudo forte a partir de 1993 e posterior adesão ao euro forte.
Está também ligado ao aumento exagerado dos ordenados máximos e não dos minimos na administração pública, iniciada por Cavaco Silva.»
(PMP, comentário a "Um bocadinho de história", O Cachimbo de Magritte", 27-12-2010)
*
Em resumo, Cavaco Silva foi o impulsionador de todos os males que ninguém, depois dele (e já lá vão quatro primeiros-ministros, seis governos e 15 anos!), se atreveu, certamente por deferência, a exterminar.
(Núncio, comentário ali)

27 dezembro 2010

[1309] Eleição presidencial de 2011 (debate 8/10)

Chegar ao fim de 2010, menos de 40 anos após a instauração de um regime democrático, e assistir a um debate tão pobre, tão banal e tão inconsequente só pode deixar-nos perplexos ou deprimidos.
Reduzida capacidade de expressão gestual, oral e telegénica (aqui com alguma desvantagem para Nobre, que fala muito baixo e por vezes é pouco fluente). Argumentos repetidos de outros debates, resumidos a uma mão de clichés (as utopias, a salvação nacional fora do sistema, a regionalização, o BPN e pouco mais), fraquíssima consciência do papel do Chefe de Estado (Defensor não consegue sequer explicar por que se candidata) e, pior, umas pitadas de demagogia e pouca honestidade intelectual (na base da defesa de Defensor).
Pela sua autenticidade e simpatia e por ter-se demarcardo de ataques insultuosos, ainda assim Nobre marcou mais pontos.
Defensor de Moura: 3,5 - Fernando Nobre: 4,5.

26 dezembro 2010

[1308] As palavras dos outros (104): a mansidão do poder instalado

«Cavaco Silva também se habituou a que os católicos reagem de mansinho.»
(D. José Policarpo, cardeal patriarca, DN, 26-12-2010)
*
E os católicos não se habituaram a que V. Ex.ª, Senhor Cardeal Patriarca, reaja muito mansamente aos ataques anti-religiosos do Governo? E à ocupação de lugares-chave por maçons, até mesmo dentro da hierarquia da Igreja?

[1307] As palavras dos outros (103): é aqui que passam os certificados de anti-fascista?

«É por isso que este eterno deputado [Manuel Alegre] é o cartoon perfeito de um movimento que está a ganhar força na sociedade portuguesa: o neossalazarismo de esquerda, o 'orgulhosamente sós' em versão socialista.»
(Henrique Raposo, "Salazar em Alegre", Clube das Repúblicas Mortas, 24-12-2010)

[1306] As palavras dos outros (102): A torre de Pisa em Lisboa

«Ao mesmo tempo que o Eurostat revela que Portugal é o país da Europa com mais crianças pobres, que cantinas escolares matam fome em férias e aos fins-de-semana, a amostra portuguesa é composta por alunos que dizem ter 2 ou mais computadores em casa (mais de 70 por cento) e 2 automóveis (60 po rcento), indicadores que superam as médias da OCDE e nos permitem questionar a validade da amostra.
Pisados, mas não estúpidos!»

25 dezembro 2010

[1305] Na tal época do ano...

Um Natal feliz; uma vida abençoada.
É o desejo do blogger a todos os leitores, a todos os amigos, a todas as pessoas de boa vontade.

[1304] Eleição presidencial de 2011 (debate 7/10)

Os lobos começaram a aparecer, mas o caçador está atento e parece bem armado. Não se formou ainda nenhuma alcateia porque os lobos não têm todos o mesmo pedigree. Isso vê-se pelo olhar e pelo uivo.
Defensor de Moura: 2 - Cavaco Silva: 6,5.

23 dezembro 2010

[1303] Eleição presidencial de 2011 (debate 6/10)

Terceiro debate para Alegre e Nobre. Muita retórica, pouca substância. Alguma aridez, muita divagação. Sentiu-se que cada um dos candidatos tinha contas a ajustar com o seu passado e com o de pessoas que se (entre)cruzaram nas suas vidas políticas. Pouco ou nada acrescentou este debate ao histórico de cada um.
Fernando Nobre: 4,5 - Manuel Alegre: 4,5.

22 dezembro 2010

[1302] Eleição presidencial de 2011 (debate 5/10)

Esta noite, debateram, literalmente, Cavaco Silva e Francisco Lopes. Um debate por vezes áspero, em parte pela agressividade de Chico Lopes, por duas vezes no limite da honestidade intelectual: primeiro, ao esquecer que, bons ou maus, aos governos do primeiro-ministro Cavaco Silva já se sucederam outros seis (!), quatro do PS e dois do PSD/CDS; depois, ao confundir Cavaco com Oliveira e Costa - se mesmo um arguido se presume inocente até prova em contrário, o que se dirá do Presidente da República sobre quem não impende nenhuma acusação de qualquer natureza!
Aliás, esta obsessão de Francisco Lopes e de Manuel Alegre pelo passado (às vezes longíquo) torna, paradoxalmente, Cavaco Silva cada vez mais presente e futuro.
Embora nem sempre totalmente eficaz nem inequívoco, Cavaco mostrou-se combativo e mais veemente do que é habitual. E mais compenetrado do papel presidencial, cujas vestes ficou claro que não servem a Francisco Lopes, ao não conseguir responder como é que, enquanto Presidente, mudaria as políticas do governo ou imporia externamente a soberania nacional.
Atendendo aos três critérios definidos (expressão, argumentação e preparação), Cavaco Silva: 5,5 - Francisco Lopes, 4.

19 dezembro 2010

[1301] Eleição presidencial de 2011 (debate 4/10)

Leve e cordial o debate de ontem entre M. Alegre e F. Lopes. Tão cordial que, com a cumplicidade e por vezes o desafio da moderadora, em vez de debaterem entre si e tentarem demonstrar porque é que um é melhor candidato do que o outro, debateram com um candidato ausente, que não poderia defender-se.
Por outro lado, Alegre fala de CS como se ele fosse primeiro-ministro e não PR. Todos os erros que aponta à governação imputa-os ao Presidente, como se JS não existisse ou não fosse responsável pela condução do governo. E como se ele próprio não fosse tivesse sido deputado, vice-presidente da AR e conselheiro de Estado.
Quanto ao Chico Lopes, mantém a linha  que traçou: nenhuma novidade substantiva, mas um "upgrade" na forma e, portanto, na telegenia.
Em resumo, empataram. Nada de novo. Nenhuma ideia, nenhuma assunção de responsabilidades, nenhuma consciência da realidade.
Manuel Alegre: 4,5 - Francisco Lopes: 4,5.

18 dezembro 2010

[1300] Eleição presidencial de 2011 (debate 3/10)

O melhor dos três debates até agora realizados, já com o Presidente-candidato.
Fernando Nobre mais bem articulado do que no primeiro, embora igualmente vago e um pouco voluntarista. Confunde amiúde o papel de cooperante ou voluntário com o de Chefe de Estado. Mais parece, o que seria bastante prestigiante, candidato a Alto Comissário das Nações Unidas para as Minorias Étnicas ou para os Refugiados. Ou candidato à sua própria sucessão na AMI.
Cavaco Silva manteve-se no seu registo formal e institucionalista. Embora um pouco defensivo e auto-justificativo, incorporou coerentemente o papel presidencial, dissertando sobre a sua interpretação dos poderes e deveres de um PR.
Fernando Nobre: 5,5 - Cavaco Silva: 6,5.

17 dezembro 2010

[1299] Eleição presidencial de 2011 (debate 2/10)

Morno, cheio de amenidades e banalidades. Sem interesse nenhum, foi uma perda de tempo. Manuel Alegre e Defensor de Moura nem sequer disfarçaram a cumplicidade. O primeiro, ainda assim, menos superficial.
Manuel Alegre - 4; Defensor de Moura - 3.

15 dezembro 2010

[1298] Um verdadeiro diplomata

“É uma senhora muito excitada que é pior que um rottweiler solto.”
(Jorge Roza de Oliveira, ex-assessor diplomático do primeiro-ministro José Sócrates, sobre Ana Gomes, deputada socialista do Parlamento Europeu, cit. por Alfred Hoffman, ex-chefe da representação diplomática dos EUA em Lisboa, em "Sócrates aprovou em segredo uso do espaço aéreo e da base das Lajes", Público on line, 15-12-2010)

[1297] Eleição presidencial de 2011 (debate 1/10)

Abertos os debates.
Chico Lopes foi coerente e combativo, embora com momentos pouco urbanos (como a sua última intervenção, ao retirar ao opositor o direito de fechar o debate). Fernando Nobre, embora mundividente, mostrou-se demasiado vago e um pouco moralista.
De 1 a 10, ponderadas a clareza da expressão, a qualidade da argumentação e a preparação para o cargo (critérios que vamos seguir nos dez debates), Francisco Lopes: 5 - Fernando Nobre: 4,5.

13 dezembro 2010

[1296] Sete notas desafinadas

"Nunca fui dar o nome à PIDE a dizer que tinha bom comportamento."
(Manuel Alegre, Expresso on line, 12-12-2010)
*
1. Debate político com este tipo de argumentário desqualifica o [seu] autor e torna o debate completamente dispensável, reforçando o "incumbente".
2. Manuel Alegre não pode pretender, em 2010, continuar a viver à conta dos juros da sua pretensa actividade de há quarenta ou cinquenta (!) anos.
3. Sobretudo quando essa sua actividade não revelou a coragem e a importância que, vaidosamente, auto-imputa.
4. Cavaco Silva, e isto é um facto sem qualquer valoração, fez TODA a sua carreira política em democracia, sujeitando-se às regras do jogo. Não se lhe conhece qualquer actividade política antes de 1974, período em que só se lhe conhece o currículo académico e profissional.
5. Cavaco Silva não pertence, que se saiba, à Maçonaria, ao Opus Dei ou ao grupo Bildenberg, tendo ascendido social e politicamente apenas com as suas capacidades e defeitos próprios, coisa que muitos não podem dizer.
6. Ao contrário, Manuel Alegre é maçon (o que em si mesmo não é desprestigiante, mas diz muito do perfil), nada fez para se qualificar academicamente, não se lhe conhece obra política relevante (nem sequer no Parlamento, onde permaneceu 30 anos).
7. Finalmente, ser (bom ou mau) poeta não qualifica ninguém para o mais alto cargo da Nação.
(Núncio, idem)

12 dezembro 2010

[1295] As palavras dos outros (101): todos iguais, todos abrangidos

«A ideia de que cada um pode realizar a afectação das verbas que lhe são atribuídas como muito bem entende é ilegítima, ilegal e pode induzir ao desrespeito generalizado às normas da República. Os gestores públicos não são gestores de saldos, mas executantes de orçamentos discriminados por rubricas de receitas e despesas.
[Por outro lado, se] a ideia subjacente à proposta da Presidência do Governo Regional foi a de defender os açorianos de uma discriminação que deve ser feita em resultado da sua geografia insular, essa discriminação já é feita ao nível de algumas medidas específicas e que se integram já nas medidas de política fiscal ou orçamental, como por exemplo na que se observa através da redução das taxas de IVA em todos os escalões. Se o Governo da República o entendesse necessário tê-lo-ia estudado, proposto e talvez o tivesse aprovado no local próprio que é o Parlamento nacional.»

11 dezembro 2010

[1294] Endividados, avisou ela!

«De manhã o telejornal: o Banco Alimentar bateu o máximo anterior na captura de caridade, o Cavaco diz que a ajuda aos desfavorecidos é a primeira prioridade (...). E logo a seguir, com o mesmo ar de quem anuncia uma fatalidade metereológica, o locutor da manhã informa que a PT, o Jerónimo Martins e mais não sei quantos se aprestam a distribuir os dividendos de 2010 antes da alteração da carga fiscal. Quem é que vai lucrar com isto? (...) Se um padre, um locutor, a dra Manuela, o Cavaco dissessem isto às pessoas, eis o que era uma grande caridade.»
("A sopa dos pobres no jardim do Carregal", A Natureza do Mal, 22-11-2010)
*
A dra. Manuela disse outras coisas do mesmo género. Durante dois anos.
Poucos a ouviram. Preferiram o canto do sereio.
Agora, apelam ao Presidente e lembram a velha. É tarde. E a culpa é (também) daqueles eleitores que votam como quem escolhe manequins para a Loja das Meias...
(Núncio, idem, 8-12-2010)

[1293] As palavras dos outros (100): o fundamento democrático

«Temos de ter consideração que os partidos são indispensáveis à democracia, mas que a democracia não foi feita para os partidos, os partidos é que foram feitos para a democracia.»

10 dezembro 2010

[1292] Diz-me o que procuras, dir-te-ei quem és

Desporto: 1.futebol; 2.benfica; 3.liga; 4.mundial; 5.sporting; 6.windguru; 7.fifa; 8.soccer; 9.decathlon; 10.abola.
Notícias mais procuradas: 1.portugal; 2.gnr; 3.polícia judiciária; 4.educação; 5.escola; 6.apito dourado; 7.justiça; 8.pedro passos coelho; 9.desemprego; 10.pec.

[1291] Diz-me quem te apoia, dir-te-ei quem és

Cavaco Silva - Belmiro de Azevedo, Elvira Fortunato, António Horta Osório, Luís Villas-Boas, Ramalho Eanes, Adriano Moreira, Carrilho da Graça, Francisco José Viegas, Guta Moura Guedes e Simone de Oliveira.
Defensor de Moura - Pedro Nunes, Marques Júnior e Salvato Trigo.
Fernando Nobre - Rui Rangel, Catalina Pestana, Rui Moreira, Luís Represas, Rui Veloso, Vitorino e Edmundo Pedro. 
Francisco Lopes - Siza Vieira, Jaime Cortesão, Óscar Lopes, Guilherme da Fonseca e Fernanda Lapa.
Manuel Alegre - Alberto Martins, Inês de Medeiros, Valter Hugo Mãe, Miguel Vale de Almeida, Faria e Costa, André Freire, António Arnault e Daniel Sampaio.

[1290] O melhor candidato

Alegre - "Sou o melhor porque sei quantos cantos tem "Os Lusíadas".
Cavaco - "Mas eu sei calcular o PIB".
Defensor - "E eu sei onde se come o melhor arroz de cabidela".
Lopes - "Só eu sei o que custa a vida, o que faz de mim o melhor".
Nobre - "O melhor do país reside em mim".

09 dezembro 2010

[1289] A forma moderna de ter um "tacho" (ou um "post" politicamente muito incorrecto)

Já não há pachorra para a igualdade de género tão politicamente correcta.
Acaso fez-se também uma lista de nomeados com preocupações de igualdade etária (porque é que têm quase todos entre os 30 e os 50 anos?), igualdade étnica (os bloggers são todos WASP?) ou igualdade social (quem não é do eixo Porto-Coimbra-Lisboa não é nomeável?).
Ainda me irrita mais esta pretensa "igualdade" quando vejo que, fora do meio elitista em que se movem os seus supostos adeptos (jornais, partidos e empresas), a verdadeira igualdade (a do acesso a condições dignas de vida) é completamente ignorada.
A igualdade (inclusive a de género) é mera ferramenta para acesso ao poder, político, económico e cultural.
(Núncio, comentário a "Votava em qualquer uma delas", Delito de Opinião, 9-12-2010)

[1288] As palavras dos outros (99): a legitimidade democrática

«(...) como é que "um governo se considera legítimo quando permitiu que um país chegasse a esta situação (..)"».
(D. Manuel Martins, «Antigo bispo de Setúbal acusa Governo de "estar a matar pela raiz os direitos sociais"», MSN Notícias, 9-12-2010)
*
Teria sido tão importante ter ouvido pessoas como D. Manuel Martins, há um ano.

Era Setembro e o país (ainda) vivia em tons cor-de-rosa. A tempestade aproximava-se, mas a verdade e a honestidade não se deixavam vislumbrar pelo nevoeiro que se abateu na discussão, adensado pelo fumo de campanhas negras contra "a velha".
Afinal, os modernos e tecnológicos amanhãs não cantaram... só se ouve o tom desafinado e cruel da pobreza.
Quem responde por esta ilegítima apropriação do poder, baseada em pressupostos falsos, em discursos manipulados, em cumplicidades vergonhosas?
(Núncio, comentário a "Terra chama... Sócrates (2)", Delito de Opinião, 9-12-2010)

07 dezembro 2010

[1287] Enfim, os defensáveis alegres e nobres debates!

14/12 (RTP) - Lopes / Nobre
16/12 (RTP) - Alegre / Defensor
17/12 (SIC) - Nobre / Cavaco
18/12 (SIC) - Alegre / Lopes
21/12 (TVI) - Cavaco / Lopes
22/12 (TVI) - Nobre / Alegre
23/12 (SIC) - Defensor / Cavaco
27/12 (RTP) - Defensor / Nobre
28/12 (TVI) - Lopes / Defensor
29/12 (RTP) - Cavaco / Alegre

05 dezembro 2010

[1286] Pensamentos que surgem entre o Tamariz e o Guincho

Eduardo Pitta sempre vigilante. Pelo que é bom responde JS; o péssimo é da acção do PS e "PSD (o partido de Passos com o rabo entre as pernas)". Assim pensam as elites. Em tons de rosa.

[1285] As palavras dos outros (98): glória fácil (mas cara)

«Como é evidente, o PRACE [Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado] não deu azo nem a poupanças significativas, nem deu azo a uma verdadeira reforma da Administração Pública. A verdade é que o PRACE foi (e é) um tremendo fracasso. A prova disso é o despesismo rompante e o inaceitável descontrolo das despesas públicas nos últimos anos. Um fracasso proporcional à propaganda que o rodeou, aliás como aconteceu com o já olvidado Plano Tecnológico. Mais um fracasso colossal na lamentável tragicomédia que foram as irresponsabilidades dos últimos anos.»
(Álvaro Santos Pereira, "O fracasso do PRACE", Desmitos, 4-12-2010)

02 dezembro 2010

[1284] Notas avulsas sobre o papel do PR e sobre deontologia jornalística

1. O PR, em Portugal, tem os poderes que a Constituição lhe confere. Se a maioria do povo, através dos seus representantes, quiser reforçar os poderes presidenciais ou até alterar o sistema de governo (para Presidencialista) pode fazê-lo e tem agora uma boa oportunidade, estando aberto o processo de revisão constitucional.
2. Não sei se o actual PR "dá palpites" ou se tem "ideias brilhantes". Sei (...) que o órgão executivo é o Governo, que depende da AR, e que se os eleitores portugueses (...) tivessem querido mudar de Governo, deveriam ter demonstrado essa intenção nas urnas, há apenas um ano!
3. Estou muito cansado de ouvir e ler que "o PR deve fazer isto e aquilo" por parte de pessoas que, como eleitores e contribuintes, não fazem sequer o que lhes compete!
4. O PR, este ou outro, não precisa de conspirar para derrubar um governo. Demite-o, simplesmente. A Constituição Portuguesa prevê, claro, a demissão do governo. (...) [Basta lembrarmo-nos] dos casos em que houve mudança de governo sem ter havido dissolução da AR.
«Artigo 133º (Competência quanto a outros órgãos)
Compete ao Presidente da República, relativamente a outros órgãos:
(...)
g) Demitir o Governo, nos termos do n.º 2 do artigo 195.º, e exonerar o Primeiro-Ministro, nos termos do n.º 4 do artigo 186.º; (...)».
5. Quanto à [requentada] matéria das escutas, a mim interessa-me a questão ética e deontológica, porque - quanto à questão política ou tecnológica - não posso, honestamente, pronunciar-me, pois não tenho informação privilegiada nem sou perito informático. E como me interessa a questão ética, sei que o que foi publicado sobre o assunto pelo DN é "abaixo dos mínimos" aceitáveis, para ser educado. Releia[-se], apenas para começo, o que sobre isso foi escrito pela ERC e pelo Sindicato dos Jornalistas.
6. Sou muito sensível a esse assunto (liberdades, sobretudo de opinião). Daí o interesse ético e deontológico no papel do DN e do Público, mais do que nas próprias escutas, pois aí seremos [muitos] a especular sem dados seguros: eu não posso afirmar (duvido que alguém possa, para além de um círculo muito restrito de pessoas) se houve ou não escutas ao Presidente. Posso apenas afirmar que o tratamento jornalístico dado ao assunto foi indigno e já avaliado pela ERC e pelo SJ.
7. Num jornal de referência, não se violam princípios e regras éticas e deontológicas a troco de nada, muito menos durante uma campanha eleitoral, período democraticamente sensível. Abandone[m-se os] pré-conceitos e veja[-se], objectivamente, quem beneficiou com a divulgação desses e-mails obtidos ilicitamente (sim, porque as comunicações electrónicas também são protegidas pelas regras da privacidade).
8. Não está prevista, não sei se por lapso ou por convicção do legislador, a demissão de Conselheiros de Estado, mas sim a renúncia, que é um acto pessoal. Daí que o PR tenha tido necessidade de aguardar a iniciativa de [Dias] Loureiro. Mas há um indício da posição (bastante crítica) do PR: durante o período em que aguardou essa renúncia, não convocou nenhum[a reunião do] Conselho de Estado. Não podemos imputar a um agente a responsabilidade pelo comportamento de terceiros.
9. A mim, como não sou juiz nem procurador, interessam-me mais os erros políticos, que (...) têm sido muitos. Para um juízo democrático, basta isso.
(Núncio, idem)

30 novembro 2010

[1283] "É preciso ter topete!" (versão 2)

Acho curioso, para ser diplomático, que hoje (quase) todos se virem para o Presidente da República a implorarem para que actue quando tiveram a oportunidade, há um ano, de escutar a líder da Oposição e de nela confiar. Mas 71%, a maioria absoluta, preferiu ignorá-la e 36% preferiu mesmo a continuidade.
Temos o Governo que a maioria (relativa) quis e vêm agora pedir ao Presidente que faça o trabalho que os eleitores não fizeram?!
(Núncio, comentário a «Cavaco: Serei "ativo e dinâmico" mas "prudente" num segundo mandato», Expresso on line, 29-11-2010)

29 novembro 2010

[1282] O cognome de muitos "boys"

My name is BOND.
VAGA BOND.
(por e-mail; cortesia do leitor panfúcio)

[1281] Late Monday evening: o relógio da nossa vida


(por e-mail; cortesia do leitor panfúcio)

[1280] Portugal é mais do que futebol (69): só falta pôr Portimão no circuito F1...

[1279] As palavras dos outros (97): um tempo novo?

«Trata-se, sustentou [Passos Coelho], de "apurar responsabilidades", para se "apurarem os erros" e, assim, "tirar uma lição para o futuro" e "não repetir os mesmo erros do passado".
Mas essa avaliação será "feita a seu tempo". Para já, alertou Passos Coelho, "temos de percorrer um caminho de dificuldades", resultantes dos "últimos 15 anos de inconsciência e de irresponsabilidade".
Serão necessárias pelo menos "duas legislaturas para invertermos o que nestes 15 anos foi feito de errado", afirmou, lamentando não ter, "infelizmente, condições para amenizar" esta previsão.
Mas se "vamos passar por grandes dificuldades, por grande racionamento nas condições de financiamento, em algumas áreas até de penúria", então "façamos esse caminho com um sentimento de justiça, com um sentimento de ética sobre o presente e para o futuro", defendeu.
"Temos de dizer" a "todos aqueles que hoje e no futuro vão pagar a fatura dos erros do passado" que "vai valer a pena", sublinhou.
Só vale a pena, no entanto, "quando não há derrota, quando combatemos a corrupção, quando permitimos que acedam aos melhores lugares" quem presta "melhores provas e não quem tem os melhores amigos" ou os "espertalhões" que "sabem colocar-se na hora certa" ao lado de quem vai ganhar.»
(Pedro Passos Coelho, «Não será por "desforra" que serão pedidas responsabilidades a quem errou», MSN Notícias, 28-11-2010: destaques nossos)

[1278] Early Monday: o impacto negativo do wireless


28 novembro 2010

[1277] Janela indiscreta (12): os infiltrados (2)

«Ao longo dos últimos 30 anos, o pensamento político de Francisco Sá Carneiro desapareceu no PSD, apesar de as sucessivas lideranças invocarem constantemente o legado do fundador do partido. Mas terá sido nos governos de Cavaco Silva (1985/1995) que a mensagem política de Sá Carneiro foi completamente banida. Em 10 anos, assistiu-se à acentuada alteração da "matriz ideológica" do PSD, à "destruição do pensamento estratégico" do antigo primeiro-ministro da AD e à "mudança da natureza sociológica" do partido. Um retrato muito pouco simpático de Cavaco Silva e do consulado cavaquista consta do livro "O meu Sá Carneiro - Reflexões sobre o seu pensamento político" (D. Quixote), do advogado José Miguel Júdice (...)».
*
«Marques Mendes admitiu ter ficado “surpreendido” com “críticas tão negativas” de alguém que aceitou integrar a Comissão de Honra da recandidatura do Presidente da República. “É uma incoerência de quem quer estar com todos e contra todos ao mesmo tempo”, disse, acrescentando que “há pessoas assim em Portugal”.»

[1276] Janela indiscreta (11): os infiltrados (1)

«(...) o antigo responsável falou também de Manuel Alegre, para dizer que tanto o histórico socialista como o presidente da AMI [Fernando Nobre] são “dois populistas de esquerda” que se candidatam à Presidência da República para ajustar contas. “Tenho um certo receio dos candidatos que se apresentam a defender valores acima dos partidos ou além dos partidos. Quanto as candidaturas assentam nas críticas e no distanciamento fazem sempre suspeitar de populismo e demagogia”, acrescentou, também a propósito da corrida para as últimas presidenciais, em que Alegre concorreu sem o apoio do PS e contra Mário Soares.»
*
«Alfredo Barroso, ex-chefe da Casa Civil de Mário Soares e militante do Partido Socialista, admitiu ontem, no programa "Frente-a-frente" da SIC Notícias, que "seguramente não votarei nem no candidato da direita, nem num candidato monárquico" e que "é óbvio que vou votar Manuel Alegre".»
(Notícias, blogue de Manuel Alegre, 6-5-2010: destaque nosso)

27 novembro 2010

[1275] Serviço público (44): 560

Se, todos os anos, cada português consumir regularmente produtos nacionais, a economia cresce e cria postos de trabalho. Dê preferência aos produtos de fabrico português. Se não sabe bem quais são, verifique no código de barras. Todos os produtos produzidos em Portugal começam por 560.

[1274] As palavras dos outros (96): cultura cívica

«De facto coexistiram, umas vezes bem outras vezes mal, duas culturas distintas dentro do Ministério da Justiça: uma cultura essencialmente política, no sentido parlamentar do termo, e uma cultura judiciária no verdadeiro e próprio sentido da vida judiciária, dos tribunais, dos processos, da judicatura, da magistratura do Ministério Público, da advocacia, dos funcionários judiciais, do equipamento judiciário... de todo esse mundo que rodeia os tribunais. Essas duas culturas não são muitas vezes sobreponíveis.
(...) acho que, de toda a vida que teve, o que é legítimo, [o ministro da Justiça, Alberto Martins] absorveu uma cultura parlamentar. Conhece o mundo da Justiça - até pelo plano familiar porque é casado com uma magistrada, mas com um ângulo de visão que não coincide com o meu. E essa é a razão porque ele estaria mais em sintonia com uma outra cultura que não a judiciária, que eu protagonizava dentro do ministério.
(...) Ele [o primeiro-ministro, José Sócrates] tinha alguma resistência à reforma [do processo penal], eu estive a analisar com ele em detalhe a reforma que nós preconizávamos e ele, que à partida estava contra, percebeu com muita nitidez o sentido da reforma e aderiu rapidamente. Portanto, há uma cultura que se instalou contra a justiça em certos sectores do Partido Socialista que não tem grande justificação.
(...) Por outro lado, a Justiça está a concorrer, tendencialmente como perdedora, com a comunicação social. Isto é, entre a Justiça e a comunicação social há uma competição em que a Justiça sai a perder. E sai sempre a perder.»

21 novembro 2010

[1271] Portugal é mais do que futebol (68): também em duas rodas

[1270] Portugal é mais do que futebol (67): artes corporais

*

[1269] Portugal é mais do que futebol (66): é ciência e tecnologia

[1268] As palavras dos outros (95): o circo saiu à rua

«O Ministério [da Justiça] está transformado numa Subsecretaria de Estado das Finanças gerida pelo dr. José Magalhães [secretário de Estado da Modernização da Justiça] e, à distância, pelo bastonário Marinho.»
(João Palma, 'Sócrates trata a Justiça de forma desprezível', Sol on line, 20-11-2010)
*
Isso já seria mau, mas o pior é que as cúpulas das magistraturas estão também elas transformadas noutra coisa bem diferente de serviços de Justiça, desde lojas maçónicas a células de informações e a núcleos partidários.

19 novembro 2010

[1267] Portugal e o futuro

«Caso esse pedido de intervenção [do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Fundo Europeu de Estabilização Financeira] viesse a acontecer, "demonstraria uma vez mais que não fomos capazes de resolver os nossos problemas, o que é preocupante até numa perspetiva de dignidade nacional".
O antigo Presidente da República negou também que a intervenção em Portugal do FMI representasse uma perda de soberania. "Perda de soberania, de facto, criámos quando permitimos uma dívida pública externa como a nossa, que nos coloca nas mãos dos nossos credores", considerou.
A entrada do FMI significaria que Portugal só resolve os problemas "sob pressão internacional", frisou Ramalho Eanes. "É altura dos portugueses assumirem nas suas mão o seu próprio destino", apelou ainda o antigo Presidente.
Portugal deve fazer "o que ainda não fizemos desde o 25 de abril de 1974 - refletir sobre o que somos e o que podemos, e queremos, ser", chamando a atenção para a necessidade de "uma ação responsável do Governo e da sociedade, porque na situação presente há responsabilidade de todos", sublinhou. Uma responsabilidade do Estado, que "criou um estado social sem ter modificado o sistema económico", das empresas, que não se modernizaram, e das famílias, que, segundo Ramalho Eanes, se esqueceram que Portugal é "um país pequeno, atrasado, que só se pode desenvolver se houver condições para realizar um trabalho árduo de modernização", que exige poupança das famílias.
"Os portugueses, desde abril de 1975, têm consumido como se, por ventura, fossem europeus dos países mais ricos", disse Eanes.»
(Ramalho Eanes, "Não me agradaria que Portugal tivesse de recorrer ao FMI", Lusa/MSN Notícias, 19-11-2010)
*
Palavras lúcidas, independentes e patrióticas, como as que Ramalho Eanes sempre profere.
Creio que sempre se subvalorizou o papel do primeiro Presidente da República democrático, em favor de Mário Soares. Como agora bem se constata, a maioria dos portugueses gosta de vida fácil e ilusória. Por isso preferem Soares a Eanes, Sócrates a Ferreira Leite e Teixeira dos Santos a Medina Carreira.
(Núncio, idem)

08 novembro 2010

[1266] Associação Recreativa da Luz

Será que LFV pensa converter o Benfica numa agremiação recreativa e cultural? Não que isso fosse desprestigiante, mas conviria referendar a proposta.
É que as vitórias desportivas não abundam (no último fim-de-semana, duas derrotas nos três FCP-Glorioso realizados), mas - ao contrário - sucedem-se viagens protocolares a Timor, Angola, EUA e Brasil, inaugurações e reinaugurações de delegações de Norte a Sul, feiras e congressos.
It's the game, man!

31 outubro 2010

[1265] E, de repente, algo positivo!

O processo negocial de aprovação, na generalidade, da proposta de OE 2011 não nos deixa muito tranquilos, nem quanto ao processo em si mesmo nem quanto à sua execução.
Mas permitiu ter uma surpresa muito agradável: Carlos Moedas.

[1264] A militância cega, surda e muda

«(...) o bruxo Medina Carreira tinha de andar mais 20 anos a dizer aquilo que não fez quando foi Ministro das Finanças.»
(Luís Novaes Tito, "Podia Portugal sobreviver sem esta gente?", A Barbearia do Senhor Luís, 29-10-2010)
*
A alfinetada em Medina Carreira é duplamente injusta.
Em primeiro lugar, ser ministro em 1975, saídos de um modelo político e económico totalmente diferente, não tem comparação possível com o ser ministro em 2005. E, além do mais, estamos a falar de 30 (!) anos. Só o factor tempo torna tudo incomparável.
Em segundo lugar, Medina Carreira, pela sua colocação histórica e ideológica, revela [nas] suas intervenções uma coragem que, hoje, poucos militantes ou adeptos socialistas assumem: é a de, para bem do partido a que pertencem e do amor a Portugal que deverão [sentir], correr com quem está a destruir a matriz desse partido e a causar danos profundos ao nosso país.
(Núncio, idem)

[1263] African fate

África, esse continente abandonado à sua sorte, que não tem sido muita... A Europa tentou formar agentes políticos, diplomáticos e financeiros, mas não se consegue replicar o mesmo modelo em contextos sociais, culturais e históricos diversos. Por vezes, o resultado é perverso!

29 outubro 2010

[1262] "É preciso ter topete!"

«Responsabilidade é coisa que não têm o partido que está, quase ininterruptamente, há 15 anos à frente do poder executivo e chega inimputável a 2010; o governador do Banco de Portugal que, militante desse partido, esteve quase 10 anos no cargo e nada auditou nem sancionou; o poeta Alegre que foi deputado durante quase 30 anos e cujo trabalho parlamentar é praticamente desconhecido...
Cavaco, esse algarvio de classe média que não escreve poesia, que não passeia em cima de tartarugas, que não frequenta a Cinemateca, ainda se atreve a recandidatar-se a um lugar que deveria ser privativo de militantes daquele mesmo partido!»
(Núncio, comentário a "O exercício da desresponsabilização", Barbearia do Senhor Luís, 27-10-2010)

24 outubro 2010

[1261] Boys and girls, aprendam!

- Quando fico com raiva, fico. Digo na cara das pessoas o que acho. Eu não seria uma boa ministra. Sou uma boa assessora.
- Porque diz o que pensa.
- Isso. O que é importante. Alguém que não fica puxando o saco do chefe. Eu não puxo saco de ninguém.
(Maria da Conceição Tavares, “Lula é um génio do povo”, Público on line, 24-10-2010)

17 outubro 2010

[1260] Citações do mundo: começar de novo

«Um olhar sobre o passado. E… Lamentares-te?
- Não, que é estéril.
– Aprenderes, que é fecundo.»
(Josemaria Escrivá de Balaguer)

09 outubro 2010

[1258] Requisito de admissão: o amor a Portugal

O dia há-de nascer
Rasgar a escuridão
Fazer o sonho amanhecer
Ao som da canção
E então:
O amor há-de vencer
A alma libertar
Mil fogos ardem sem se ver
Na luz do nosso olhar
Na luz do nosso olhar
Um dia há-de se ouvir
O cântico final
Porque afinal falta cumprir
O amor a Portugal
O amor a Portugal!

07 outubro 2010

[1257] As palavras dos outros (94): "mañana siempre es tarde"

Se as medidas de austeridade já vêm tarde, muito tarde (como diz, bem, Teodora Cardoso), é porque deveriam ter vindo cedo, muito mais cedo. Seguramente, a campanha eleitoral de há um ano teria sido o momento oportuno para as discutir e, a seguir, implementar.
Daí que, por muita competência e seriedade que reconheça a Teodora Cardoso, entenda que, tal como de muitos outros (Jorge Sampaio, Vítor Constâncio, Silva Lopes, Eduardo Catroga, Ernâni Lopes, etc.), houve falta de coragem, sobretudo cívica, para falarem no momento em que poderiam ter evitado um resultado eleitoral que, para mim, é o mais perverso para o interesse nacional desde 1974!

[1256] Citações do mundo: à espera das salvadoras

«A esperança tem duas filhas lindas, a indignação e a coragem: a indignação ensina-nos a não aceitar as coisas como estão; a coragem, a mudá-las.»
(Santo Agostinho, séc. IV d.C.)

[1255] Serviço público (43): não são iguais, fraternos e livres?

«Fim da atribuição, antes dos 65 anos, das pensões de reforma aos detentores de cargos públicos e políticos, bem como da sua acumulação» - subscreva a petição em http://www.peticaopublica.com/?pi=P2010N3117

[1254] E agora?

Não sei se [o Luís M. Jorge] estava irritado ou não, mas sei que é um grito que muita gente já deveria ter dado, a começar por mim. A nossa geração (calculo que seremos ambos da geração que começou a escolarizar-se após 1974 e que viveu a adolescência/juventude em pleno Cavaquismo) conformou-se, estranhamente, com a perda gradual, inexorável, de dignidade e referências. Chegou a tecer loas a “putas e cabrões” sem perceber bem que estava a ser fo… lixado.
(Núncio, comentário a "Os anos dourados", vida breve, 3-10-2010)

[1253] In memoriam: a Professora diplomata

Conheci a Prof. Paula Escarameia nos anos 90, quando fui seu aluno de Mestrado. De uma simplicidade desconcertante, um sorriso contagiante e uma sabedoria flamejante, deixa muitas saudades. Não sei se à Academia e às elites, mas seguramente a todos aqueles para quem a riqueza de ensinar e aprender é maior do que qualquer condecoração ou prebenda.
A minha homenagem a uma mulher para quem a carreira foi instrumental de verdadeiro serviço público, discreto, mas excepcional.

[1252] Portugal é mais do que futebol (65): a patinar também somos bons

Diogo Silva conquista bronze

[1251] Vox lectori (2): cem anos republicanos

Terminou, no dia 5 de Outubro como se impunha, a consulta sobre as festividades da época. Responderam 63 leitores à pergunta "No centenário da República, quais os seus três maiores símbolos?". Eis os resultados (sem garantias de representatividade do que quer que seja):
1. Corrupção .............. 41,2 %
2. Democracia ............ 34,9
3. Integração europeia .. 33,3
4. Desenvolvimento ..... 25,4
5. Estado Novo ........... 22,2
6. Benfica ................. 20,6
7. Maçonaria ............. 19,0
8. Emigração ............. 15,9
9. Fátima ................. 11,1
10. Fado .................. 11,1
11. MFA ................... 6,4
12. Legislação laboral ... 6,4
Afinal, parece que os 3 F (Fátima, Fado e Futebol) já não deixam marca e nem a velha República (a segunda) e os seus refundadores de 25-4-1974 deixam saudades. O que é assinalável é a democracia e, paradoxalmente, o seu cancro (a corrupção)!

04 outubro 2010

[1250] Corruptos, nós?!

Do you think corruption is an issue in the legal profession in your jurisdiction? (Acha que a corrupção é um problema nas profissões jurídicas no seu Estado?)
Yes (Sim):
Pakistan - 100%
Colombia - 90%
Russia - 84%
Portugal - 67%
Brazil - 58%
United Arab Emirates - 45%
Spain - 26%
Malta - 24%
Chile - 12%
Hong Kong - 4%.
(Relatório "Risks and threats of corruption and the legal profession", 2010, p. 10: programa "Anti-Corruption Strategy for the Legal Profession", parceria da International Bar Association, da OCDE e do United Nations Office on Drugs and Crime)

[1249] As palavras dos outros (93): quem pode oferecer o mesmo que deixe o contacto na caixa de comentários

«Ofereço a minha biografia, meu jeito de ser e minha vida limpa.»
(José Serra, candidato a Presidente do Brasil, no discurso de lançamento da 2.ª volta eleitoral)

01 outubro 2010

[1248] As palavras dos outros (92): pecado capital

«Ao ver aquela triste imagem e a forma como as televisões conseguem transformar a tristeza em entretenimento, não consigo deixar de sentir que esta é a "beleza" do Capitalismo: tudo se vende, até as pequenas desgraças quotidianas de quem não consegue comprar o que se vende.
Houve um tempo em que gente corajosa se juntava para lutar por uma vida melhor e combater quem os queria na miséria. E ainda há muitos que não desistiram. Mas a televisão conseguiu de uma forma extraordinariamente eficaz o que o séculos de repressão nem sonharam: pôr a maioria a entreter-se com a sua própria desgraça.»
(Daniel Oliveira, "A caixa que adormeceu o mundo", Antes Pelo Contrário, Expresso on line, 1-10-2010)
*
«Sobre o espectáculo da TVI, tem toda a razão: é degradante. Sinal de tempos surrealistas, em que a “compostura” foi banida. (...) a discrição, o recato são sinais de fraqueza; o atrevimento, a ousadia e o despautério, são premiados em todos os níveis da Sociedade.»
(leitor CM84, idem)

27 setembro 2010

[1247] O super-ego

Aurélio Paulo da Costa Henriques Barradas, deputado da X e XI legislaturas
(foto: autor desconhecido. Por e-mail)

[1246] Late Monday evening: humor nocturno

"Sou totalmente a favor do casamento homossexual entre alguns dos nossos actuais políticos. Tudo o que contribua para que não se reproduzam é seguramente bom para o futuro do País."
(por e-mail: cortesia de leitora anónima)

26 setembro 2010

[1245] As palavras dos outros (91): justiça fiscal em poucas palavras

«O problema dos impostos é não se cobrar a quem deve, não é aumentar a cobrança a quem já paga.»
(Francisco Louçã, "Fora de Campo", Record on line, 26-9-2010: destaque nosso)

[1244] As palavras dos outros (90): confiança ou submissão?

«(...) a "confiança pessoal" como instrumento de gestão serve aqueles que "pretendem uma organização (seja ela todo o MP ou apenas um departamento) que não se guie sempre por critérios de estrita legalidade e objetividade".
(...) serve ainda aqueles que "pretendem um MP composto por submissos funcionários administrativos".»
(Assembleia de delegados sindicais do SMMP, "Ministério Público: Exercício de funções não pode depender de critérios de 'confiança pessoal'", Expresso on line, 26-9-2010)

[1243] Portugal é mais do que futebol (64): a "stickar" até à glória

Portugal revalida título de campeão europeu

25 setembro 2010

[1242] Portugal é mais do que futebol (63): a remar até à glória

Nuno Barros é campeão mundial em C1
Fernando Pimenta é medalha de bronze em K1 (sub-23)

[1241] Janela indiscreta (9): a quem interessa não avaliar o presente?

«(...) por muito crítica que seja a nossa opinião sobre os governos do actual PR [ou de outros], eles já lá vão (...)! Temos é de avaliar os actuais governos. Democracia é isso. A avalição do presente. Quanto ao passado, temos a História que fará o seu juízo. Faria algum sentido democrático e ético poupar os actuais governantes em nome de erros que se cometeram há 25, 20 ou 15 anos atrás?!
A resposta é simples: nós, eleitores, temos de avaliar os erros e os acertos de cada legislatura e ponderar as alternativas em função dessa avaliação. Houve eleições há precisamente um ano. Pelos vistos, não se avaliou nada, deixou-se tudo na mesma e agora chama-se pelo FMI quando era tudo tão previsível... e muita da previsibilidade foi negada por este mesmo painel, que gostava de "malhar" na Manuela Ferreira Leite e, por isso, teve o que mereceu!»
(Núncio / Portugal Real, comentário a "Cavaco chama partidos a Belém", Expresso on line, 24-9-2010)

[1240] Cognome: o Corajoso

A covardia é um defeito político terrível. É esse o defeito daqueles que exigem que o PR faça aquilo que as oposições, a PGR, o CSM, o BdP, o Tribunal de Contas, os jornais, as universidades, a RTP ou a FPF não conseguem, ou não querem, fazer!

24 setembro 2010

[1239] E V., o que é pode fazer pelo seu país?

*
Um bom sinal para os cidadãos contribuintes, e eleitores, poderia ser dado pelos ex e actuais presidentes da República, primeiros-ministros, ministros, governadores, gestores públicos e afins. Quais os sacrifícios que estão dispostos a fazer por nós, por Portugal?
Aguardamos, ansiosos.
ADENDA: Fátima, Santarém, 24 set (Lusa) - O presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social, D. Carlos Azevedo, disse hoje, no final das Jornadas Nacionais das Comunicações Sociais, que o poder político deve dar o exemplo quando pede sacrifícios aos portugueses e defendeu que um eventual aumento de impostos deve incidir nos que "ganham muito".

[1238] Dúvida metódica

Esta "auscultação" não vem tarde? É que o corpo está moribundo.
[E c]omo quer[em] que o PR dê murros na mesa e expulse a "má moeda" se o povo teve oportunidade de o fazer há precisamente um ano e resolveu antes "pôr paninhos quentes" em cima do moribundo?
(Núncio / Portugal Real, comentário a "Última Hora - Cavaco chama partidos a Belém", Expresso on line, 24-9-2010)

[1237] Pai ou padrasto do Estado Social? (2)

É a praxis política que define um governante. Mas a tradição da oratória ainda é o que era... em Portugal!
(Núncio, idem)

[1236] Pai ou padrasto do Estado Social?

«Como reage às declarações do economista Joel Hasse Ferreira, membro da comissão política do PS, defendendo a redução de salários na função pública?», quis saber [o ciberleitor] Fonseca Abrão. «Presumo que essa declaração constitua a mais recente prova de que o PS defende o Estado social... :)», referiu [Paulo Portas].

23 setembro 2010

[1235] Um péssimo sinal ou uma verdade inconveniente?

A corda foi partida quando, há precisamente um ano, se gerou um clima comunicacional e jornalístico desfavorável à mudança, que veio a condicionar os resultados eleitorais.
Só agora descobrem que estamos em crise profunda e precisamos de seriedade e rigor? Não ouviram durante 18 meses o que Manuela Ferreira Leite tinha para dizer, até aqui neste mesmo jornal [Expresso], sobre o desemprego, os novos pobres, os investimentos megalómanos e a asfixia democrática?
Tudo, mas tudo, está hoje demonstrado. Não vale a pena agora pedirem perdão, porque quem não ama a verdade e o seu país não o merece.
(Núncio / Portugal Real, comentário a "Um péssimo sinal", Martim Silva, Expresso on line, 23-9-2010)

[1234] Early Thursday afternoon: humor celestial

Estava Ossama Bin Laden a falar com Deus quando Lhe pergunta: "Como estará o Afeganistão dentro de 10 anos?"
Deus responde: "Estará todo destruído pelas bombas enviadas pelos Estados Unidos."
Ossama sentou-se e chorou...
Estava Barak Obama a conversar com Deus e pergunta-Lhe: "E a América como estará dentro de 10 anos?"
Deus diz-lhe: "Totalmente contaminada pelas bombas químicas despejadas pelo Irão."
Obama sentou-se e chorou...
Dilma Roussef também veio ter com Deus para Lhe perguntar: "Deus, como estará o Brasil dentro de 10 anos se eu for eleita Presidente?"
Aí Deus sentou-se e chorou...
(cortesia da leitora "Beth")

[1233] Podes falar, desde que fales bem de mim!

Embaixador honorário (ou seja, que não é de carreira) tem igual dignidade funcional e protocolar. E a sua comissão de serviço deve respeitar as regras de qualquer comissão de serviço público. Fazer cessar uma comissão de serviço dois dias após a publicação de uma entrevista não tem nada a ver com a rotatividade do serviço diplomático, que já estava definida dois meses antes. Mais parece a decisão de um processo disciplinar sem garantias de defesa!
(Núncio / Portugal Real, comentário a «Carrilho acusa Sócrates de responsabilidade na sua "demissão"», Expresso on line, 22-9-2010)

17 setembro 2010

[1232] As palavras dos outros (89): mau? Não, péssimo!

«A cobertura jornalística do caso Casa Pia é, desde a sua origem, paradigmática do pior que se faz em jornalismo».
(Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas, "Conselho Deontológico critica cobertura jornalística do caso Casa Pia", A Bola on line, 17-9-2010: sublinhado nosso)

15 setembro 2010

[1231] Citações do mundo: so f*cking real!

«Consenso é a ausência de princípios.»
(Margaret Thatcher: sugestão do leitor "Marquês de Jackthay")

[1230] As palavras dos outros (88): os inimputáveis

«(...) hoje, as nossas sociedades são incapazes de aceitar que alguém escolha livre e conscientemente um caminho, digamos, sinuoso. As pessoas não querem aceitar que, por exemplo, a vontade de poder tem vários caminhos, e muitos desses caminhos são ilegais e ilegítimos.»
(Henrique Raposo, "A vulgata psicológica", A Tempo e a Desmodo, Expresso on line, 14-9-2010)

07 setembro 2010

[1228] Angola chique e choque!

«Muitos dos responsáveis pelos interrogatórios, pela tortura e pelos massacres angolanos foram, por sua vez, torturados e assassinados. Muitos outros estão hoje vivos e ocupam cargos importantes. Os seus nomes aparecem frequentemente citados, tanto lá como cá. Eles são políticos democráticos aceites pela comunidade internacional. Gestores de grandes empresas com investimentos crescentes em Portugal. Escritores e intelectuais que se passeiam no Chiado e recebem prémios de consagração pelos seus contributos para a cultura lusófona. Este livro é, em certo sentido, desmoralizador. Confirma o que se sabia: que a esquerda perdoa o terror, desde que cometido em seu nome. Que a esquerda é capaz de tudo, da tortura e do assassinato, desde que ao serviço do seu poder. Que a direita perdoa tudo, desde que ganhe alguma coisa com isso. Que a direita esquece tudo, desde que os negócios floresçam. A esquerda e a direita portuguesas têm, em Angola, o seu retrato. Os portugueses, banqueiros e comerciantes, ministros e gestores, comunistas e democratas, correm hoje a Angola, onde aliás se cruzam com a melhor sociedade americana, chinesa ou francesa.»
(António Barreto, "Angola é nossa!", Público, 13-4-2008, sobre o livro, editado em 2007, "Holocausto em Angola", de Américo Cardoso Botelho, Edições Vega. «O subtítulo diz: 'Memórias de entre o cárcere e o cemitério'. O livro é surpreendente. Chocante». Cortesia do leitor "Réprobo".)

05 setembro 2010

[1227] As palavras dos outros (87): vigie, sr. PR!

«(...) quanto maior é o grau de controlo sobre o governo, maior é a qualidade do governo. O governo sente-se vigiado, faz um esforço para melhorar.»

04 setembro 2010

[1226] Serviço público (42): a doce saúde

Stevia Rebaudiana, em vez de aspartame.

[1225] Janela indiscreta (8): e agora?

Será que o blogue de CC vai mesmo continuar o inquérito, inacabado, do Ministério Público?

[1224] Late Saturday morning: dúvidas linguísticas

1. "Esse miúdo não pára quieto, parece que tem bichos carpinteiros" ou "Esse miúdo não pára quieto, parece que tem bichos no corpo inteiro"?
2. "Quem tem boca vai a Roma" ou "Quem tem boca vaia Roma"?
3. "Cuspido e escarrado" ou "Esculpido em Carrara"?
4. "Quem não tem cão, caça com gato" ou "Quem não tem cão, caça como um gato"?
(cortesia do leitor "panfúcio")

[1223] Estado das profissões e ofícios

Os políticos fazem "justiça". Os médicos gerem hospitais. Os professores administram escolas. Os guardas prisionais gerem negócios. Os diplomatas abrem empresas. Os magistrados fazem política.
O cidadão não faz nada. Deve ser porque de médico, poeta e louco todos temos um pouco...

28 agosto 2010

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