Terapia política. Introspecção psicossocial. Análise simbólica.
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28 dezembro 2010

[1310] As palavras dos outros (105): neo-qualquer coisa

«O aumento do desemprego está directamente ligado à politica neo-tonta de Braga de Macedo e Cavaco Silva de um escudo forte a partir de 1993 e posterior adesão ao euro forte.
Está também ligado ao aumento exagerado dos ordenados máximos e não dos minimos na administração pública, iniciada por Cavaco Silva.»
(PMP, comentário a "Um bocadinho de história", O Cachimbo de Magritte", 27-12-2010)
*
Em resumo, Cavaco Silva foi o impulsionador de todos os males que ninguém, depois dele (e já lá vão quatro primeiros-ministros, seis governos e 15 anos!), se atreveu, certamente por deferência, a exterminar.
(Núncio, comentário ali)

12 agosto 2010

[1209] Neoesclavagismo

Escraviza-se o trabalhador, fazendo-o penar até não ter nem força nem tempo para mais nada. Para ler, para viajar, para socializar. Para tratar dos netos. Já alguém avaliou a falta que os avós fazem no desenvolvimento das crianças? E no voluntariado social e cultural, muitas vezes assegurado por reformados?
Por outro lado, é inadequado fixar uma idade muito avançada para aposentação/reforma, sem considerar a alta taxa de desemprego dos jovens. Estamos a forçar o trabalho sénior sem proteger o trabalho júnior. E sem atender às diferenças significativas da esperança média de vida entre povos. Um trabalhador sueco ou espanhol que se aposente aos 65 anos tem ainda a esperança de viver mais 16 anos (a média de homens e mulheres); o português viverá apenas mais 13 anos.
Finalmente, um povo esgotado é um pouco apático, que não se ocupa das questões cívicas e democráticas. Mas deve ser isso mesmo que se pretende. Mais idosos, menos jovens. Mais conformismo, menos criticismo.
(Núncio / Portugal Real, comentário a "Alemanha quer passar idade de reforma para 70 anos", Expresso on line, 12-8-2010)

17 abril 2010

[1141] Portugal a ferver (2)

«A função do discurso contra os supostos "direitos adquiridos" (que se deviam chamar "direitos conquistados") é simples: transportar o trabalhador de novo para o século XIX. Mas talvez quando voltarmos todos a trabalhar à jorna e nada nos segurar no desespero do desemprego voltemos a perceber quem são realmente os privilegiados.»
(Daniel Oliveira, "Dividir para reinar", Antes Pelo Contrário, Expresso on line, 12-4-2010)

[1140] Portugal a ferver...

«Au Portugal, plus de 18% des agents de l’Etat sont assimilés à des travailleurs indépendants. Licenciables à tout moment sans indemnités chômage ni congés payés.»
(Libération on line, "Obligation de service précaire", 14-4-2010: cortesia do leitor réprobo)

18 agosto 2009

[948] Não é possível julgar a mesma pessoa duas vezes pelo mesmo crime

Há todo um equívoco neste comentário e em comentários idênticos.
1) MFL nunca foi primeira-ministra, JS já.
2) O Governo (ou, se preferirem, os dois governos) de Abril 2002/Março 2005 já foi/foram julgados. Como já foram os anteriores, os dois de Guterres (PS) e os três de Cavaco (PSD).
3) Quem vai a escrutínio político agora, em Setembro 2009, é o governo de JS. E a oposição, claro. Cada coisa a seu tempo e no seu lugar.
4) Portanto, o que importa é comparar o desemprego de Março 2005 com o de Julho (ou Agosto ou Setembro, se for possível) 2009. Porque é esta legislatura que vamos apreciar. Só. E não é pouco.
(Núncio, comentário a "Emprego: Diferenças entre PSD/PP e PS", O país relativo, 16-8-2009)

16 agosto 2009

[947] Os números, os números...

A taxa de desemprego em Portugal, em Junho de 2009: 9,3%
A taxa de desemprego na UE/27: 8,9%
A taxa de desemprego na UE/25 (sem Roménia nem Bulgária): 9,1%
A taxa de desemprego na UE/15 (sem os dez que entraram de uma vez, em 2004): 9,0%
A taxa de desemprego da UE/Euro: 9,4%.
Significa que a taxa média de desemprego só é maior do que a portuguesa na "zona euro", por uma décima. Mas tomáramos nós estar como a maior parte dos países que a integram! O que é preocupante é a taxa de desemprego dos Estados da nossa dimensão geoeconómica:
Bélgica: 8,1%
Rep. Checa: 6,3%
Dinamarca: 6,2%
Áustria: 4,4%
Holanda: 3,3%
Polónia: 8,2%
Eslovénia: 6,1%
Finlândia: 8,5%.
*
E como era no início da legislatura?
A taxa de desemprego em Portugal, em Março de 2005: 6,9 % (-2,2 % do que agora)
A taxa de desemprego na UE/27: ainda não havia 27
A taxa de desemprego na UE/25: 8,9% (-0,2%)
A taxa de desemprego na UE/15: 8,1% (-0,9%)
A taxa de desemprego da UE/Euro: 8,9% (-0,5%).
Significa que a maior subida da taxa média de desemprego é claramente a portuguesa, no mesmo período (02/2005 e 07/2009). Vamos aos mesmo Estados de há pouco (da nossa dimensão geoeconómica):
Bélgica: 8,0% (-0,1%)
Rep. Checa: 8,3% (+2,0%)
Dinamarca: 9,8% (+3,6%)
Áustria: 4,6% (+0,2%)
Holanda: 5,0% (+1,7%) - Fev. 2005
Polónia: 18,1% (-9,9%)
Eslovénia: 5,8% (-0,3%)
Finlândia: 8,3 % (-0,2%).
Ironicamente, os Estados que tinham, nessa altura, mais desemprego do Portugal têm hoje menos (excepto a Polónia, mas que tem uma descida brutal) e os que já tinham menos, mantém a posição relativa. Portugal piorou, no mesmo período e no mesmo contexto.

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