Terapia política. Introspecção psicossocial. Análise simbólica.
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07 setembro 2010

[1228] Angola chique e choque!

«Muitos dos responsáveis pelos interrogatórios, pela tortura e pelos massacres angolanos foram, por sua vez, torturados e assassinados. Muitos outros estão hoje vivos e ocupam cargos importantes. Os seus nomes aparecem frequentemente citados, tanto lá como cá. Eles são políticos democráticos aceites pela comunidade internacional. Gestores de grandes empresas com investimentos crescentes em Portugal. Escritores e intelectuais que se passeiam no Chiado e recebem prémios de consagração pelos seus contributos para a cultura lusófona. Este livro é, em certo sentido, desmoralizador. Confirma o que se sabia: que a esquerda perdoa o terror, desde que cometido em seu nome. Que a esquerda é capaz de tudo, da tortura e do assassinato, desde que ao serviço do seu poder. Que a direita perdoa tudo, desde que ganhe alguma coisa com isso. Que a direita esquece tudo, desde que os negócios floresçam. A esquerda e a direita portuguesas têm, em Angola, o seu retrato. Os portugueses, banqueiros e comerciantes, ministros e gestores, comunistas e democratas, correm hoje a Angola, onde aliás se cruzam com a melhor sociedade americana, chinesa ou francesa.»
(António Barreto, "Angola é nossa!", Público, 13-4-2008, sobre o livro, editado em 2007, "Holocausto em Angola", de Américo Cardoso Botelho, Edições Vega. «O subtítulo diz: 'Memórias de entre o cárcere e o cemitério'. O livro é surpreendente. Chocante». Cortesia do leitor "Réprobo".)

01 setembro 2009

[952] É o "puguesso"!

«Da maneira como o Governo aposta na informática, sem qualquer espécie de visão crítica das coisas, se gastasse um quinto do que gasta, em tempo e em recursos, com a leitura, talvez houvesse em Portugal um bocadinho mais de progresso.
A coroa de todo este novo aparelho ideológico que está a governar a escola portuguesa – e noutras partes do mundo – é o Magalhães. Ele foi transformado numa espécie de bezerro de ouro da nova ciência e de uma nova cultura, que, em certo sentido, é a destruição da leitura.»
(António Barreto, "O Magalhães é o maior assassino da leitura em Portugal", aqui)

10 junho 2009

[893] De Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas: dos melhores e dos maiores

«Mais do que tudo, os portugueses precisam de exemplo. Exemplo dos seus maiores e dos seus melhores. O exemplo dos seus heróis, mas também dos seus dirigentes. Dos afortunados, cujas responsabilidades deveriam ultrapassar os limites da sua fortuna. Dos sabedores, cuja primeira preocupação deveria ser a de divulgar o seu saber. Dos poderosos, que deveriam olhar mais para quem lhes deu o poder. Dos que têm mais responsabilidades, cujo "ethos" deveria ser o de servir.
Dê-se o exemplo e esse gesto será fértil! (...) Dê-se o exemplo de um poder firme, mas flexível, e a democracia melhorará. Dê-se o exemplo de honestidade e verdade, e a corrupção diminuirá. Dê-se o exemplo de tratamento humano e justo e a crispação reduzir-se-á. Dê-se o exemplo de trabalho, de poupança e de investimento e a economia sentirá os seus efeitos.
Políticos, empresários, sindicalistas e funcionários: tenham consciência de que, em tempos de excesso de informação e de propaganda, as vossas palavras são cada vez mais vazias e inúteis e de que o vosso exemplo é cada vez mais decisivo. Se tiverem consideração por quem trabalha, poderão melhor atravessar as crises. Se forem verdadeiros, serão respeitados, mesmo em tempos difíceis.»
(António Barreto,
discurso de abertura das comemorações do 10 de Junho de 2009, em Santarém)


José Malhoa, "Praia das Maçãs", 1918, óleo sobre madeira

09 março 2009

[813] As palavras dos outros (39): nada tens, nada vales

«Na classificação dos valores, a moral, o belo, a verdade e a dignidade não estão à cabeça.»
(António Barreto, Público on line, 8-3-2009)

09 dezembro 2008

[717] As palavras dos outros (25): três troncos podres

«Não avisada, nada sensata e pouco perspicaz, a equipa [ministerial] tomou todos os professores por foras-da-lei e toca a mover-lhes uma guerra sem quartel. Covardemente, aliciou os pais e o país contra o inimigo, mas, quando a batalha parecia ganha, eis que começam a surgir brechas nas forças de assalto. Quando percebem as ideias diabólicas dos generais, o melhor das forças, muda-se para o outro lado da barricada. O resto já se sabe.
Desgraçadamente, perdeu-se outra oportunidade de reformar o ensino público e teremos de trabalhar muito para reconstruir tudo o que uma equipa de celerados teimou em destruir.»
(Carlos Ponte, comentário a "Políticas educativas", in Jacarandá, de António Barreto, 25-11-2008)

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