Terapia política. Introspecção psicossocial. Análise simbólica.
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21 setembro 2013

[1414] As palavras dos outros (115): o valor da palavra

"Andebol - Benfica reclama contra árbitro que assume ser portista" (Sapo Desporto, 20-09-2013).
Não, senhor jornalista, o Benfica - de quem não sou advogado de defesa, muito menos da sua Direcção - reclamou de árbitro que assume ser anti-benfiquista e que se diverte com expressões desse sentimento numa rede social, pública por natureza.
Seria como um juiz do Tribunal Constitucional se divertisse a invectivar ou ridicularizar, nos seus tempos livres, membros do Governo ou do Parlamento (autores das leis que aprecia). Ou se um juiz titular do processo sobre o BPN se desse ao direito, fora dessas vestes, de exprimir juízos depreciativos sobre os administradores do Banco ou os depositantes lesados.
Não é assim tão claro? Custa tanto ser rigoroso e isento? A factualidade é uma palavra vã?

03 maio 2011

[1351] Falta a seriedade das peixeiras no debate político

Sobre peixeiradas e lateralidades não vou pronunciar-me.
Apenas gostaria de contribuir para a discussão democrática (que se quer elevada) com três notas:
1. Surpreende-me que se confunda "programa eleitoral" com "programa de Governo", sobretudo tratando-se de uma especialista na matéria.
2. Confunde-me que se argumente que esta é a maior crise internacional depois de uma série de eventos, a gosto (da crise do petróleo de 1973, da 2.ª Guerra Mundial, da Grande Depressão de 1929, etc.) e não se explique por que é que, sendo tão severa, "só" três Estados tiveram necessidade de um resgaste financeiro, se estima que Portugal seja o único Estado da UE (e da OCDE) a ter crescimento negativo pelo menos em 2011/12 e seja também Portugal o Estado da UE que menos cresce (e mais divergiu da média europeia), desde há, seguramente 10 anos (muito antes, portanto, da crise do "subprime").
3. Choca-me que as vozes que agora pedem clemência na avaliação do Executivo por não ter atingido os objectivos do seu "programa de Governo" (agora sim) - dado que eram impossíveis de alcançar, não por erros políticos, económicos e financeiros próprios, mas em virtude da referida crise - tenham calado a falaciosa campanha eleitoral de Setembro de 2009, toda ela feita no pressuposto de que a grave crise não tinha chegado a Portugal (o que até tinha permitido um dos maiores aumentos dos vencimentos da Função Pública nos últimos 30 anos) e tenham colaborado na humilhação pública da única pessoa que anunciou, à época, que estávamos endividados.
Certamente não é por não estarmos endividados que estamos agora a ser financeiramente resgatados.
(Núncio, comentário a "Mais do mesmo, diz uma espécie de voto nulo", Aspirina B, 28-4-2011)

05 março 2010

[1119] As palavras dos outros (73): só as minhas paixões são legítimas

«Todos nós temos paixões políticas e clubísticas e ideológicas, filosóficas e religiosas. Eles [os magistrados] também as têm.»
(Marinho Pinto, Bastonário da Ordem dos Advogados, "Poder judicial está empenhado em derrubar o primeiro-ministro", Jornal de Negócios on line, 5-3-2010)
*
E as suas paixões quais são, Sr. Bastonário? E serão confessáveis? Olhe que não, olhe que não...

06 fevereiro 2010

[1092] O abismo cavado pelos outros

«(...) todos sabemos que a situação não é famosa. Não é a que os bloggers da direita queriam que fosse, mas está longe do paraíso. Basta ouvir gente séria, não comprometida com o efeito media (estou a pensar em Silva Lopes e Daniel Bessa, por exemplo, omitindo os amigos por razões óbvias), para perceber que corremos a passos largos para o turning point
(Eduardo Pitta, "Jogar à macaca", Da Literatura, 6-2-2010)
*
Nem uma palavra sobre as razões por que a "situação não é famosa". Quem lesse alguns textos de Eduardo Pitta, até ficaria convicto de que nada do que está a acontecer por estes dias é resultado dos últimos cinco ou dez anos, de Pina Moura a Mário Lino, de José Sócrates I a José Sócrates II. Incluindo o interregno de 2002/05, que não passou de um fait divers.
As lutas intestinas dentro da maçonaria, a decadência do Opus Dei, a submissão da Igreja Católica, o crescente poder político "alternativo" (Elza Pais, Miguel Vale de Almeida, Ricardo Rodrigues, etc.): dicas que aqui deixo, de barato.
P.S. E Cavaco Silva só tem crédito quando desilude os seus apoiantes (esquecendo que o Presidente da República, assim que é nomeado, deixa de ter apoiantes) ou elogia Teixeira dos Santos. Que nada tem a ver com isto, pois só é ministro desde Junho de 2005...

24 janeiro 2010

[1087] Prémio José Francisco Viegas: a qualidade linguística

Conversa de trocas de favores para aplicação de um processo sumaríssimo a Liedson e para arquivamento do «caso camisola rasgada», entre palavrões e insultos ao roupeiro do Sporting e a José Eduardo Bettencourt, então director desportivo do SCP.
(telefonema de Pinto da Costa a Valentim Loureiro, em 2-2-2004, após o Sporting, 1 - Porto, 1 da véspera, segundo gravação tornada pública aqui)

03 agosto 2009

[929] Me engana, que eu gosto

«(...) muita gente anda incomodada com a (aparente) sintonia entre Belém e MFL, nos temas em que qualquer cidadão médio revelaria a mesmíssima sintonia (como a diarreia legislativa). Mas não se incomodaram com a (descarada) sintonia entre Belém e o Largo do Rato quando [se] dissolveu a AR, escolhido que estava o Grande Líder.
Podemos (e devemos) ter convicções políticas e militância partidária, mas ser intelectualmente desonesto e reiterada e conscientemente parcial é que não está nas regras de um bom debate.»
(Núncio, comentário a "Admitir a verdade", SIMplex, 3-8-2009)

13 janeiro 2009

[754] Por que será...

... que Eduardo Pitta (EP), que até tem um blogue relativamente interessante, mundividente e actualizado (que leio muito regularmente), quando toca em matérias mais "ideológicas" é decepcionantemente parcial e "biased"?
A ética ou a justiça têm côr?
*
Como EP bem sabe, não há tratamento de igualdade na injustiça ou na ilegalidade. Se é injusto ou ilegal, é-o e denuncia-se ou corrige-se. Seja quem for o beneficiário!

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