Terapia política. Introspecção psicossocial. Análise simbólica.
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03 janeiro 2015

[1435] Late Saturday afternoon: um novo ano ou um ano novo?

«Muitos (e)leitores, como alguns neste fórum, perguntam, como balanço antecipado da actual legislatura, se estamos melhores hoje do que em Junho de 2011.
Só a mera pergunta é reveladora, sem querer ser indelicado, de uma ignorância ou, pior, de uma inconsciência assustadoras.
Em 2011, a República Portuguesa entrou, dito de uma forma simples, em "insolvência": não tinha tesouraria suficiente para pagar salários, pensões, empréstimos, juros. Não vou discutir aqui nem agora - embora seja importante fazê-lo um dia - se isso se deveu apenas à governação dos últimos seis, dezasseis ou vinte e oito anos... sei que não podemos estar sempre a reviver o passado mais ou menos glorioso, sobretudo como se não tivéssemos nada a ver com isso, como se quem governasse este país não fossem os portugueses, há quase 1000 anos!
Como pode um país tentar sair de uma crise profunda sem dor, sem esforço, sem auto-crítica? Insinuar que, afinal, em 2011 ou em 2009 ou em 2004 é que estávamos bem é quase insultuoso.
No meio dos escombros, convém não esquecer que os bombeiros podem ter deixado a casa inundada, mas quem destruiu os móveis, os quadros, as jóias foi o incendiário!»
(Portugal Real/Núncio, "Tiros no pé presidencial", Rádio Renascença on line, 02-01-2015)

22 novembro 2014

[1434] O lado da verdade


«As detenções dos nossos inimigos são prova do bom funcionamento da Justiça. As dos nossos amigos são exageros de juízes justiceiros e só em caso de perigo de fuga deveriam ocorrer. 
As provas contra os nossos amigos são sempre frágeis. As contra os nossos inimigos são muito fortes. 
Os processos contra os nossos amigos devem permanecer sempre em segredo de justiça para preservação do seu bom nome e da presunção da sua inocência. Nos processos contra os nossos inimigos, o segredo de justiça é manifestamente exagerado e anti-democrático, até porque eles têm meios suficientes de defesa. 
Os nossos amigos não cometem crimes, apenas cometem erros políticos. Os nossos inimigos são criminosos do pior. Os processos contra os nossos amigos não devem ter leituras políticas, porque à Justiça o que é da Justiça. Os processos contra os nossos inimigos justificam a demissão de ministros e até do Governo

(Portugal Real, "A diversidade da fauna e flora", em comentário a "Sócrates: a justiça a mudar ou a exagerar?", Expresso on line, 22-11-2014)

23 abril 2011

[1344] O Director do INE ainda está em funções?

«Esta atualização [do Programa de Estabilidade e Crescimento] prevê uma redução progressiva do défice orçamental, de 7,3%, em 2010, para 1%, em 2014 (Quadro 1) [Fonte: INE e MFAP].»
*
 «INE prevê défice de 8,6% para 2010 e corrige défice de 2009 para 10%: (...) “O INE recebeu uma Visita Diálogo do Eurostat nos dias 17 e 18 de Janeiro deste ano. Esta notificação reflecte, em parte, os resultados deste diálogo. Esse diálogo, entre outros aspectos, teve em termos práticos três efeitos na compilação de alguns agregados das contas nacionais em especial na necessidade de financiamento das Administrações Públicas”.»
*
«O Instituto Nacional de Estatística (INE) reviu hoje em alta o défice de 2010 para 9,1% do Produto Interno Bruto (PIB), resultado do impacto de três contratos de parcerias públicas privadas (PPP).»
("INE revê défice de 2010 para 9,1% do PIB", Exame Expresso on line, 23-4-2011) 

09 dezembro 2010

[1288] As palavras dos outros (99): a legitimidade democrática

«(...) como é que "um governo se considera legítimo quando permitiu que um país chegasse a esta situação (..)"».
(D. Manuel Martins, «Antigo bispo de Setúbal acusa Governo de "estar a matar pela raiz os direitos sociais"», MSN Notícias, 9-12-2010)
*
Teria sido tão importante ter ouvido pessoas como D. Manuel Martins, há um ano.

Era Setembro e o país (ainda) vivia em tons cor-de-rosa. A tempestade aproximava-se, mas a verdade e a honestidade não se deixavam vislumbrar pelo nevoeiro que se abateu na discussão, adensado pelo fumo de campanhas negras contra "a velha".
Afinal, os modernos e tecnológicos amanhãs não cantaram... só se ouve o tom desafinado e cruel da pobreza.
Quem responde por esta ilegítima apropriação do poder, baseada em pressupostos falsos, em discursos manipulados, em cumplicidades vergonhosas?
(Núncio, comentário a "Terra chama... Sócrates (2)", Delito de Opinião, 9-12-2010)

30 novembro 2010

[1283] "É preciso ter topete!" (versão 2)

Acho curioso, para ser diplomático, que hoje (quase) todos se virem para o Presidente da República a implorarem para que actue quando tiveram a oportunidade, há um ano, de escutar a líder da Oposição e de nela confiar. Mas 71%, a maioria absoluta, preferiu ignorá-la e 36% preferiu mesmo a continuidade.
Temos o Governo que a maioria (relativa) quis e vêm agora pedir ao Presidente que faça o trabalho que os eleitores não fizeram?!
(Núncio, comentário a «Cavaco: Serei "ativo e dinâmico" mas "prudente" num segundo mandato», Expresso on line, 29-11-2010)

17 outubro 2010

[1260] Citações do mundo: começar de novo

«Um olhar sobre o passado. E… Lamentares-te?
- Não, que é estéril.
– Aprenderes, que é fecundo.»
(Josemaria Escrivá de Balaguer)

23 setembro 2010

[1235] Um péssimo sinal ou uma verdade inconveniente?

A corda foi partida quando, há precisamente um ano, se gerou um clima comunicacional e jornalístico desfavorável à mudança, que veio a condicionar os resultados eleitorais.
Só agora descobrem que estamos em crise profunda e precisamos de seriedade e rigor? Não ouviram durante 18 meses o que Manuela Ferreira Leite tinha para dizer, até aqui neste mesmo jornal [Expresso], sobre o desemprego, os novos pobres, os investimentos megalómanos e a asfixia democrática?
Tudo, mas tudo, está hoje demonstrado. Não vale a pena agora pedirem perdão, porque quem não ama a verdade e o seu país não o merece.
(Núncio / Portugal Real, comentário a "Um péssimo sinal", Martim Silva, Expresso on line, 23-9-2010)

24 julho 2010

[1200] Office boys

Déjà vu. O mundo global está cheio de moços de recados dos interesses privados, de corporações, das sociedades secretas. Mais do mesmo. Até que venha alguém com força telúrica para refundar o poder.
(Núncio / Portugal Real, comentário a "Passos Coelho: o moço de recados", Aparelho de Estado, Expresso, 24-7-2010)

29 abril 2010

[1147] O povo também se engana, lá na urna onde vota...

Insultada foi a nossa inteligência durante o ano de 2009, que culminou com a maior manipulação eleitoral desde 1974.
Tudo o que foi dito pela líder da Oposição, escarnecida e menosprezada durante dois anos, era a pura VERDADE. Estamos falidos, não podemos fazer TGV nem mais auto-estradas nem terceiras pontes…
E agora, paga a crise quem votou, teimosamente, na continuidade?
(Núncio, comentário a "Pela blogosfera", vida breve, 28-4-2010)

13 março 2010

[1127] A verdade não compensa

A actual crise financeira internacional começou em 2006 (com a chamada "crise do subprime": queda brusca dos preços de imóveis), continuou em 2007 (com a primeira falência de um banco britânico em 150 anos, o Northern Rock) e acentuou-se profundamente no Outono de 2008 (com a falência do Lehman Brothers).
Manuela Ferreira Leite, assim que tomou posse (em Maio desse ano), enfrentou corajosamente o problema, invocando a chamada "emergência social". Estupidamente ignorada, em Setembro de 2009 - no que considero uma autêntica fraude política e eleitoral -, disseram-nos que, afinal, teríamos um futuro brilhante.
Subitamente, na noite de 27/9, começou a crise portuguesa. O mundo já estava mergulhado nela há mais de três anos! E, nesses três anos, o que fizeram os nossos governantes que agora imploram por consensos no OE e no PEC? Mentiram, iludiram, insultaram, desgovernaram.
(Núncio, comentário a "Sair com razão, mas sem glória", Expresso on line, 13-3-2010)

25 fevereiro 2010

[1110] As palavras dos outros (71): o poder invertido

«Seria absolutamente estranho que num país onde toda a gente mente - responsáveis, que não se retratam - passasse a ser quem diz e alerta para as verdades que tivesse de se retratar. Penso que estamos completamente com os valores e o sentido das necessidades do país absolutamente invertidos.»
*
«O que é relevante neste caso não é o que as pessoas sabem, é aquilo que as pessoas, sabendo, dizem que não sabem.»

14 fevereiro 2010

[1105] O pomar secou?

«Bruno Alves diz que as "arbitragens não têm favorecido nada". Eu diria: este ano talvez não, mas um dos objectivos apregoados pelos tutores da iniciativa 'pela verdade desportiva' é vencer sem favorecimentos, suponho.
Afinal de contas, em 30 anos, algum dia os árbitros teriam de se equivocar e prejudicar o FC Porto (quanto mais não fosse para quebrar a rotina).»
(David Marques, "Entraram com tudo... menos com a bola", Record, 14-2-2010: destaques nossos)

07 fevereiro 2010

[1094] A senhora que poucos quiseram ouvir

«(...) essa senhora frágil que todos atacam e que disse sempre as coisas certas para Portugal, sem qualquer vantagem pessoal e política, pagando um preço elevado por o ter feito num país de irresponsabilidade optimista, outro nome para o desperdício (...)»
(Pacheco Pereira, "A queda da casa de Sócrates", Abrupto, 7-2-2010)

30 janeiro 2010

[1089] As palavras dos outros (67): o verdadeiro casamento

«Eles [o governo de José Sócrates] tinham uma relação com a verdade, mas esta fugiu de casa em consequência dos maus tratos.»
(Luís M. Jorge, comentário a "Escrevam mais uma cartinha às agências de rating", Vida Breve, 28-1-2010)
*
O paternalismo é próprio duma cidadania menor e característico de regimes populistas ou autoritários. Afinal, não foi o Estado Novo o expoente do paternalismo?
Os representantes vão até onde os representados permitem. E se não chegarem os meios da democracia indirecta (representativa), há outros, como a democracia participativa e os recursos da sociedade civil. O problema é que ninguém sabe onde esta mora…
(Núncio, comentário a "Enfim, o legado", idem, 29-1-2010)

19 dezembro 2009

[1076] Magic, this Christmas and always

(cartão virtual recebido do leitor gcobarros, a quem agradeço, sentido,
e que dedico a todos os leitores)

19 setembro 2009

[1007] A palavra dos outros (57): a mentira é a verdade

«Não é fácil viver quatro anos de mentiras sem nos tornarmos, também nós, um país de mentirosos.»
(João Pereira Coutinho, CM, 19-9-2009)

12 setembro 2009

[987] Política de verdade

Prefiro a verdade, ainda que não a minha, a verdade subjectiva, enquanto visão genuína e autêntica de alguém, do que a mentira, a visão ardilosa, manipuladora, fantasiosa.
É toda uma diferença política e, sobretudo, cívica. A que reside na seguinte pergunta:
"Prefere um governante de quem discorde, mas em quem confie, ou um governante em quem não confie, mesmo que pareça concordar com o que ele diz?"

10 setembro 2009

[982] Curriculum vitae

Não vale a pena andarmos aqui na blogosfera com panegíricos, insultos, encómios ou vitupérios. Além de ser redudante num caso e deselegante no outro, é inútil.
A vida das pessoas fala por si.
(Núncio, comentário a "MFL/Louçã (1)", A Natureza do Mal, 6-9-2009)

[981] Charada de fim de regime: quem é quem?

Há quem diga mentiras caridosas.
Há quem diga meias verdades.
Há quem minta compulsivamente.
E há mesmo quem diga a verdade.

19 julho 2009

[909] True lies

«Qual é a sua relação com Manuela Ferreira Leite?
Manuela Ferreira Leite é uma amiga de família e eu tenho muito apreço pessoal por ela.»
(João Tiago Silveira, "Sou amigo pessoal de Ferreira Leite", DN, 18-7-2009)
*
Bem, já se sabia que a política era a "arte do possível", mas parece quase impossível garantir amizade a alguém que, nas palavras quase diárias do próprio, ali pela hora do telejornal, "falta à verdade" sobre quase tudo. Ou será que a falta não é de verdade, mas de vergonha na cara?

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