Terapia política. Introspecção psicossocial. Análise simbólica.
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14 outubro 2011

[1373] Janela indiscreta (14): e não se apuram responsabilidades?

«Pode ser grande a origem externa das nossas dificuldades. Mas a verdade é que é isso mesmo o que se pede aos governantes: que prevejam dificuldades, que previnam problemas e que protejam os seus povos durante as tempestades".
«Tivemos exatamente o contrário: as autoridades acrescentaram às dificuldades, não só pelas suas decisões, como também pelo seu comportamento teimoso e abrasivo».

24 abril 2011

[1345] "Se isto não for meu, não será de mais ninguém"

Na democracia não deve haver inimigos, mas adversários. Como no desporto.
É essa a estratégia de homens como Sócrates e Mourinho, que só sabem exercer funções em clima de guerra, incendiando tudo e ferindo todos.
Mas que ninguém se esqueça: a estratégia da terra queimada tem custos e muito altos, sobretudo para quem vier a seguir e deparar-se com a desolação da paisagem física e humana...
(Núncio, comentário a "O melhor vídeo de sempre de José Sócrates", Expresso on line, 24-4-2011)

23 abril 2011

[1344] O Director do INE ainda está em funções?

«Esta atualização [do Programa de Estabilidade e Crescimento] prevê uma redução progressiva do défice orçamental, de 7,3%, em 2010, para 1%, em 2014 (Quadro 1) [Fonte: INE e MFAP].»
*
 «INE prevê défice de 8,6% para 2010 e corrige défice de 2009 para 10%: (...) “O INE recebeu uma Visita Diálogo do Eurostat nos dias 17 e 18 de Janeiro deste ano. Esta notificação reflecte, em parte, os resultados deste diálogo. Esse diálogo, entre outros aspectos, teve em termos práticos três efeitos na compilação de alguns agregados das contas nacionais em especial na necessidade de financiamento das Administrações Públicas”.»
*
«O Instituto Nacional de Estatística (INE) reviu hoje em alta o défice de 2010 para 9,1% do Produto Interno Bruto (PIB), resultado do impacto de três contratos de parcerias públicas privadas (PPP).»
("INE revê défice de 2010 para 9,1% do PIB", Exame Expresso on line, 23-4-2011) 

09 maio 2010

[1157] As palavras dos outros (79): o porte não engana

«[D]aqui a 150 anos, "a história há-de assinalar aos que cá estiverem que aquele Presidente da República foi um dos maiores, senão o maior estadista português do seu tempo".»
(Joaquim Sousa, presidente do conselho de administração do Montepio Rainha D. Leonor, nas Caldas da Rainha, sobre Cavaco Silva: "Portugal precisa de mais exemplos de rigor na gestão e ponderação nas decisões")

16 fevereiro 2010

[1107] As palavras dos outros (69): uma vida própria

"Uma nova geração de políticos já não entendia que governar era apenas governar, cumprir o seu papel institucional, fazer escolhas que também podiam ser criticadas, exercer o seu poder no quadro dos vários poderes — era muito mais. Era ser ungido. Essa geração entende que governar é mais do que isso: interpretam uma missão. São «modernos» num país atrasado; «cosmopolitas» num país que vai aos saldos da Zara; visitaram as cortes europeias e ficaram impressionados.
O que isto significa? Sinceramente, falta de mundo. Mário Soares resistia a todas as críticas (mesmo que se diga que nunca as esquece), porque lhe sobrava mundo; tinha uma vida própria — e biblioteca, e apetites, e vícios amáveis, e amigos — que ultrapassava a vida pública. Cavaco compensava a falta de mundo com a disciplina pessoal e familiar. Mas os políticos para quem toda a vida pessoal foi ocupada em transformar a vida própria em vida pública não têm largueza de sensibilidade, nem escape, nem compensações.
Esses políticos não sabem, simplesmente, que o lugar na História não é decidido agora. Não aprenderam, também, que o poder tem um preço — e que esse preço não é apenas pessoal (porque se sacrifica muito desse espaço pessoal, privado, inviolável); é também público. Exige grandeza para suportar críticas e injustiças. Até injustiças. O poder tem os seus meios institucionais de comunicar, defender, explicar; a imprensa é, justamente, o outro lado. Não se pode estar nos dois lados ao mesmo tempo. E isto é tão válido para um governante como para um jornalista. O poder oferece um mundo de possibilidades, a começar pela direção editorial do Diário da República; se essas não chegam, aí já é um problema mais grave. Há terapias para isso."
(Francisco José Viegas, "Liberdade e etc.", A Origem das Espécies, 14-2-2010: destaques nossos)

13 fevereiro 2010

[1104] O derby político

Tenho pena que a ética, a integridade e o patriotismo sejam postos no meio de um campo de futebol, como se o regime se salvasse com um Benfica-Sporting.
Nós e eles, a verdade e a mentira, a liberdade e a censura, a Esquerda e a Direita, o Governo e a Oposição, o passado e o futuro... ena, tanto maniqueísta por aqui!

07 fevereiro 2010

[1094] A senhora que poucos quiseram ouvir

«(...) essa senhora frágil que todos atacam e que disse sempre as coisas certas para Portugal, sem qualquer vantagem pessoal e política, pagando um preço elevado por o ter feito num país de irresponsabilidade optimista, outro nome para o desperdício (...)»
(Pacheco Pereira, "A queda da casa de Sócrates", Abrupto, 7-2-2010)

30 janeiro 2010

[1089] As palavras dos outros (67): o verdadeiro casamento

«Eles [o governo de José Sócrates] tinham uma relação com a verdade, mas esta fugiu de casa em consequência dos maus tratos.»
(Luís M. Jorge, comentário a "Escrevam mais uma cartinha às agências de rating", Vida Breve, 28-1-2010)
*
O paternalismo é próprio duma cidadania menor e característico de regimes populistas ou autoritários. Afinal, não foi o Estado Novo o expoente do paternalismo?
Os representantes vão até onde os representados permitem. E se não chegarem os meios da democracia indirecta (representativa), há outros, como a democracia participativa e os recursos da sociedade civil. O problema é que ninguém sabe onde esta mora…
(Núncio, comentário a "Enfim, o legado", idem, 29-1-2010)

06 setembro 2009

[962] "Realpolitik" ou "shameless diplomacy"?

"A presença de Luís Amado [nas comemorações dos 40 anos da revolução liderada por Kadhafi] envergonhou-nos."
(Ana Gomes, deputada do PS ao Parlamento Europeu, DN, 6-9-2009)
*
«(...) o Magrebe é uma região de crescente importância para Portugal. E dentro do Magrebe a Líbia é o país cuja relação bilateral apresenta maiores oportunidades de crescimento nos próximos anos.»
(Paulo Gorjão, "Amado na Líbia", Vox Pop, 1-9-2009)

01 março 2009

28 fevereiro 2009

[801] Não sou eu que o digo...

«(...) é grande a responsabilidade dos chefes de Estado e de governo quando, no próximo domingo, se sentarem em Bruxelas na sessão extraordinária do Conselho Europeu convocada para responder aos efeitos da crise global. Uma eventual falta de acordo na sede própria acabaria por legitimar a lógica do "cada um por si" ou dos pequenos grupos sectoriais, enfraquecendo não apenas o papel político, mas também os efeito da acção conjunta dos Estados neste momento crítico da nossa vida colectiva.»
(António Vitorino, "Última oportunidade", DN, 27-2-2009)

27 fevereiro 2009

[800] A minha consagração é tudo!

Nenhuma cimeira de Chefes de Estado e de Governo da União Europeia deveria ser "irrelevante". Se o é, trata-se de má gestão política e financeira, porque as cimeiras têm custos de vária ordem. Se não é irrelevante, como se espera, a delegação portuguesa deve ser presidida pelo Chefe do Governo, uma vez que os assuntos de Estado primam sobre os assuntos partidários, naturalmente.
Aliás, acho intrigante que, ao fim de quatro anos de cimeiras com a presença de JS, seja logo a deste fim-de-semana que é considerada "irrelevante" (o que também não é nada abonatório para o MNE que, por jeitos, só tem capacidade para nos representar em cimeiras "irrelevantes").

22 janeiro 2009

[759] Tal como cá!

"Durante este período de emergência económica, as famílias estão a apertar os cintos e Washington devia fazer a mesma coisa", disse Obama ao dar as boas-vindas aos seus colaboradores da Casa Branca, um dia depois de ter tomado posse. "É por isso que vou decretar um congelamento dos salários aos meus colaboradores seniores da Casa Branca".

30 novembro 2008

[715] Os povos têm os políticos que merecem...

«Nestes tempos de alguma militância anti-americana, sobretudo nas "elites" europeias, é quase irónico ver que é do outro lado do oceano que continuam, contra tudo e contra todos, a surgir políticos com algum talento e Estadismo.
E é quase deprimente ter de ouvir a Esquerda e a Direita europeias a dissertarem banalidades, enredadas numa burocracia e tecnocracia infindáveis, mescladas com corrupção q.b.
Mas será que merecemos isto?»
(Núncio, "Complexos e preconceitos", em comentário a "Uma lição de democracia", (A)Variações, 5-11-2008)

14 setembro 2006

[350] Estadismo ou tacticismo?

«Nada disto teria acontecido se Sócrates tivesse uma visão estratégica das reformas que pretende fazer (ou de que só assumiu a necessidade depois de ter tomado posse como chefe do Governo) e não uma visão meramente táctica e instrumental da acção política que oscila em função das circunstâncias - e da qual já fez refém o seu próprio partido.
(...) era preciso que Sócrates tivesse a força de convicção e um genuíno sentido da necessidade de pactuar essas reformas para além de um horizonte de poder a curto/médio prazo, por considerá-las fundamentais para superar os bloqueios do País. Isso exigia, sobretudo, uma espessura de estadista com visão do futuro e não apenas empenhado em preservar, tão duradouramente quanto possível, a sua sobrevivência política.»
(Vicente Jorge Silva, DN, Opinião, 13-9-2006)

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