Terapia política. Introspecção psicossocial. Análise simbólica.
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28 dezembro 2010

[1310] As palavras dos outros (105): neo-qualquer coisa

«O aumento do desemprego está directamente ligado à politica neo-tonta de Braga de Macedo e Cavaco Silva de um escudo forte a partir de 1993 e posterior adesão ao euro forte.
Está também ligado ao aumento exagerado dos ordenados máximos e não dos minimos na administração pública, iniciada por Cavaco Silva.»
(PMP, comentário a "Um bocadinho de história", O Cachimbo de Magritte", 27-12-2010)
*
Em resumo, Cavaco Silva foi o impulsionador de todos os males que ninguém, depois dele (e já lá vão quatro primeiros-ministros, seis governos e 15 anos!), se atreveu, certamente por deferência, a exterminar.
(Núncio, comentário ali)

26 dezembro 2010

[1308] As palavras dos outros (104): a mansidão do poder instalado

«Cavaco Silva também se habituou a que os católicos reagem de mansinho.»
(D. José Policarpo, cardeal patriarca, DN, 26-12-2010)
*
E os católicos não se habituaram a que V. Ex.ª, Senhor Cardeal Patriarca, reaja muito mansamente aos ataques anti-religiosos do Governo? E à ocupação de lugares-chave por maçons, até mesmo dentro da hierarquia da Igreja?

13 dezembro 2010

[1296] Sete notas desafinadas

"Nunca fui dar o nome à PIDE a dizer que tinha bom comportamento."
(Manuel Alegre, Expresso on line, 12-12-2010)
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1. Debate político com este tipo de argumentário desqualifica o [seu] autor e torna o debate completamente dispensável, reforçando o "incumbente".
2. Manuel Alegre não pode pretender, em 2010, continuar a viver à conta dos juros da sua pretensa actividade de há quarenta ou cinquenta (!) anos.
3. Sobretudo quando essa sua actividade não revelou a coragem e a importância que, vaidosamente, auto-imputa.
4. Cavaco Silva, e isto é um facto sem qualquer valoração, fez TODA a sua carreira política em democracia, sujeitando-se às regras do jogo. Não se lhe conhece qualquer actividade política antes de 1974, período em que só se lhe conhece o currículo académico e profissional.
5. Cavaco Silva não pertence, que se saiba, à Maçonaria, ao Opus Dei ou ao grupo Bildenberg, tendo ascendido social e politicamente apenas com as suas capacidades e defeitos próprios, coisa que muitos não podem dizer.
6. Ao contrário, Manuel Alegre é maçon (o que em si mesmo não é desprestigiante, mas diz muito do perfil), nada fez para se qualificar academicamente, não se lhe conhece obra política relevante (nem sequer no Parlamento, onde permaneceu 30 anos).
7. Finalmente, ser (bom ou mau) poeta não qualifica ninguém para o mais alto cargo da Nação.
(Núncio, idem)

28 novembro 2010

[1277] Janela indiscreta (12): os infiltrados (2)

«Ao longo dos últimos 30 anos, o pensamento político de Francisco Sá Carneiro desapareceu no PSD, apesar de as sucessivas lideranças invocarem constantemente o legado do fundador do partido. Mas terá sido nos governos de Cavaco Silva (1985/1995) que a mensagem política de Sá Carneiro foi completamente banida. Em 10 anos, assistiu-se à acentuada alteração da "matriz ideológica" do PSD, à "destruição do pensamento estratégico" do antigo primeiro-ministro da AD e à "mudança da natureza sociológica" do partido. Um retrato muito pouco simpático de Cavaco Silva e do consulado cavaquista consta do livro "O meu Sá Carneiro - Reflexões sobre o seu pensamento político" (D. Quixote), do advogado José Miguel Júdice (...)».
*
«Marques Mendes admitiu ter ficado “surpreendido” com “críticas tão negativas” de alguém que aceitou integrar a Comissão de Honra da recandidatura do Presidente da República. “É uma incoerência de quem quer estar com todos e contra todos ao mesmo tempo”, disse, acrescentando que “há pessoas assim em Portugal”.»

24 setembro 2010

[1238] Dúvida metódica

Esta "auscultação" não vem tarde? É que o corpo está moribundo.
[E c]omo quer[em] que o PR dê murros na mesa e expulse a "má moeda" se o povo teve oportunidade de o fazer há precisamente um ano e resolveu antes "pôr paninhos quentes" em cima do moribundo?
(Núncio / Portugal Real, comentário a "Última Hora - Cavaco chama partidos a Belém", Expresso on line, 24-9-2010)

09 maio 2010

[1157] As palavras dos outros (79): o porte não engana

«[D]aqui a 150 anos, "a história há-de assinalar aos que cá estiverem que aquele Presidente da República foi um dos maiores, senão o maior estadista português do seu tempo".»
(Joaquim Sousa, presidente do conselho de administração do Montepio Rainha D. Leonor, nas Caldas da Rainha, sobre Cavaco Silva: "Portugal precisa de mais exemplos de rigor na gestão e ponderação nas decisões")

10 março 2010

[1121] As palavras dos outros (75): bom carácter, mau carácter

«Os cargos políticos são efémeros, mas o carácter dos homens é duradouro.»
(Cavaco Silva, Presidente da República, RTP, 10-3-2010)

10 outubro 2009

[1035] As palavras dos outros (60): contra a corrente

«Em alguns jornais perdeu-se o pudor.
(...) em períodos de campanha, os jornais evitavam dar à estampa pretensos escândalos de contornos duvidosos, recusando o papel de correias de transmissão de interesses partidários. Mas esse pudor desapareceu. (...)
Este lamentável episódio [das escutas] não colocou mal o Presidente da República – que, atacado em toda a parte com uma ferocidade e uma violência nunca vistas, soube manter a compostura e agir com dignidade. (...)
Cavaco – repito – mostrou-se sereno. A nossa intelligentsia, pelo contrário, deu uma triste imagem de si própria. Deixou-se manipular, instrumentalizar, mostrou falta de memória e de ponderação, inexplicável nervosismo, irresponsabilidade extrema. (...)
Não está na cara que, mesmo aqueles que não gostam de Cavaco, não têm a mínima vantagem numa fragilização do Presidente, que é o único garante de um certo pluralismo?
O certo é que, nestes tempos difíceis em que o sectarismo campeia, ninguém mais, além do Presidente da República, está em condições de só ter em vista o interesse comum
(José António Saraiva, "Está tudo doido em Portugal?", Política a Sério, Sol, 9-10-2009)

09 junho 2009

[889] As palavras dos outros (45): a mim ninguém me demite, ouviram?!

... e que tal, já que o Parlamento não tem dignidade suficiente, a pedido do Senhor P.R.?

[888] "Cala-te e lê o meu discurso"

Durante 6 mandatos e 3 presidentes da República, o mais alto magistrado da Nação foi inatacável, ainda que confiasse pouco no Parlamento (Ramalho Eanes), se assumisse explicitamente como contra-poder do Governo (Mário Soares) ou conduzisse as crises políticas de 2001/02 e 2004 de forma desastrada (Jorge Sampaio).
Cavaco Silva, que até "coopera estrategicamente" com um Governo de côr política diferente da sua, não faz o bastante para alguns. Para tal, teria de ser a "Rainha de Inglaterra" e deixar resvalar o regime para um parlamentarismo puro.
(Núncio / Portugal Real, comentário a "Cavaco veta lei do financiamento dos partidos", Expresso on line, 9-6-2009)

21 março 2009

[821] Três anos depois

1 - Prezo muito os direitos e as liberdades, sobretudo de opinião e expressão. Mas também advogo que todo o exercício das liberdades, necessariamente subjectivo, deve ser responsável e ético. O que implica seriedade intelectual.
2 - Cavaco é mais do que um homem sério, é dos poucos Estadistas que a III República gerou. Os sinais do seu Estadismo estão à vista de todos, dado que - desde 1980 - podem ser democraticamente escrutinados. Apenas deixo dois: sai sempre dos cargos da forma como entrou, livre e limpo; não se lhe conhece qualquer aproveitamento financeiro ou profissional dos seus cargos.
3 - O "sábio equilíbrio de poderes" exige que, às vezes, o PR faça de Provedor de Justiça, de Procurador-Geral da República e de Presidente do Tribunal de Contas.
4 - O veto do PR é um dos exemplos desse equilíbrio e não me impressionam nada as resoluções da AR votadas por unanimidade. O discurso do PR, deste e dos antecessores, tem de ser, muitas vezes, o do professor que ensina os discípulos a pensar. É o mais alto magistrado da Nação.
5 - Em matéria de generalidades e banalidades, convido-o a reler os discursos do PM (não só deste), dos ministros, dos reguladores. E olhe que expressar o senso comum já não é pouco, porque muitos nem sequer isso têm... Até pessoas insuspeitas como Vicente Jorge Silva e Vasco Pulido Valente já reconheceram a qualidade dos discursos do PR.
6 - A costela de executivo ainda está lá. Mas nós não temos só uma costela...
(Núncio / Portugal Real, comentário a "Na cabeça de Cavaco", Expresso on line, 21-3-2009)

08 janeiro 2009

[751] Fique, por favor fique!

Um comentário pouco sério [o de Rodrigo Moita de Deus, aqui].
Cavaco Silva fartou-se tanto que ficou 10 anos (no que é, em democracia, o mandato mais longo) e agora é Presidente da República!
António Guterres, ainda assim, esteve seis anos e só saiu porque antecipou, inteligentemente, que o PS já não o queria (a começar pelo actual secretário-geral). Talvez regresse um dia e se instale em Belém... se o PS deixar!
Durão Barroso foi hipnotizado pela ambição e objecto de uma grande jogada ainda hoje pouco explicada pelos "media"... Ou acham que a coligação negativa e oportunista que não se opôs à sua nomeação se juntou por acaso?
O que o Rodrigo não disse, e deveria ter dito, é que, se fossem seguidos os mesmos critérios de Jorge Sampaio para a dissolução do Parlamento, a presente legislatura já teria terminado por idênticas ou outras "trapalhadas"...
(Núncio, comentário a "um homem feliz", 31 da Armada, 7-1-2009)

30 dezembro 2008

[739] Nótulas sobre uma crise constitucional

Tendo o PR a razão jurídica e constitucional do seu lado desde o início, surpreende que um homem experiente e prudente como Cavaco Silva seja tão ingénuo e quase amador na abordagem a esta questão. Em política não há amigos. Há órgãos, legitimidades, poderes, competências que se exercem no tempo e pela forma adequados.
Nunca seria o PR o derrotado. Como ele referiu, e bem, a questão não afecta o actual Presidente, mas os que se lhe seguirão. E mais do que pôr em causa o PR, ficam prejudicados os equilíbrios constitucionais. Não é por acaso que o sistema político não é o parlmentar...
Veremos nos próximos dias e meses a quem interessou esticar a corda!
(Núncio/Portugal Real, comentários a «Ricardo Costa: "Foi a mensagem mais violenta que um Presidente fez nos últimos anos"», Expresso online, 29-12-2008)
*
Post scriptum: mais uma vez Ramalho Eanes a mostrar de que é feito. Nem uma palavra se ouviu dos dois Presidentes que lhe sucederam. Numa questão desta natureza, não só era legítimo como da mais elementar solidariedade que todos os ex-PR se pronunciassem em favor da posição de Cavaco Silva, que é a da defesa do órgão.

29 dezembro 2008

[738] Na quadra natalícia, a Bíblia revisitada

Por três vezes o Parlamento (e o partido maioritário) negou a evidência. Não cantou o galo, mas falou o Presidente da República. Tal como na cena bíblica (Mateus, 26:69-74), alguém traíu porque está com medo de ser (politicamente) morto.
*
E.T. (...) havia um tempo em que a palavra era a moeda de homens bons. E os homens bons de hoje (sim, ainda existem alguns...) não deixaram de acreditar, ingenuamente, na honestidade intelectual dos seus interlocutores, sobretudo se forem titulares de órgãos do Estado.
Mas como acreditar na palavra de gente que se forma em universidades de duvidosa reputação, titulares de diplomas emitidos ao domingo?
(Núncio, comentário a "Estatuto dos Açores", Homem ao Mar, 30-12-2008)

20 dezembro 2008

[732] Eu estou aqui!

Paulo Portas sempre detestou Cavaco (basta reler o Independente). Apoiá-lo em 2006 foi uma inevitabilidade, porque apoiar (por acção ou omissão) Alegre ou Soares seria demais. Mas haveria de surgir a oportunidade de demarcar-se.
E surgiu: ontem, ao somar os seus 11 deputados aos do PS, PCP, BE e Verdes (e a dois do PSD), o CDS/PP lembrou ao PR que "o outro pequeno partido" que o apoiou não hesitará, sempre que quiser e puder, em fazer estragos à estratégia presidencial. Permitindo a maioria qualificada (dois terços) na (re)aprovação do projecto de Estatuto Político dos Açores, o sinal é evidente. E não é a favor da autonomia regional!
Convém posicionar-se para, se possível, voltar ao poder em Outubro de 2009...

11 junho 2008

[605] Que raça de gaffe!

Por estar associada ao anterior regime político, a expressão utilizada pelo PR pode ser equívoca e ferir a sensibilidade de alguns portugueses. Mas ainda mais equívoco pode ser o silêncio que se lhe seguiu.
Cavaco, para o bem e para o mal, fala pouco e sempre com um critério, embora coerente, muito pessoal. Mas haja algum assessor, ou a Maria, que lhe diga que, em determinadas situações (como esta), calar pode ser bem mais embaraçoso do que pedir desculpa ou esclarecer.
Fale, homem! Explique-se.
*
P.S. Conviria, já agora, desconstruir este conceito de democracia "palaciana" mais próprio do Iluminismo e que parece tão caro aos dois ocupantes dos Palácios de Belém e S. Bento.
Em regimes democráticos, livres e "modernos" (como gosta o segundo de dizer), os assuntos não se debatem atrás dos panos nem se remete toda a discussão para dentro de portas. Ou as matérias são reservadas (e esse elenco constitucional e legal está feito) ou não são. E não sendo, os cidadãos, contribuintes e eleitores, têm o direito não só de opinar sobre elas como de conhecer o pensamento dos titulares do poder político.
A menos que a escuridão dos gabinetes sirva para disfarçar a falta de opinião...

26 abril 2008

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