Terapia política. Introspecção psicossocial. Análise simbólica.
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26 dezembro 2010

[1308] As palavras dos outros (104): a mansidão do poder instalado

«Cavaco Silva também se habituou a que os católicos reagem de mansinho.»
(D. José Policarpo, cardeal patriarca, DN, 26-12-2010)
*
E os católicos não se habituaram a que V. Ex.ª, Senhor Cardeal Patriarca, reaja muito mansamente aos ataques anti-religiosos do Governo? E à ocupação de lugares-chave por maçons, até mesmo dentro da hierarquia da Igreja?

18 janeiro 2009

[756] As palavras dos outros (30): quanto mais alto se está, maior é a responsabilidade

«Não é aceitável, por exemplo, que uma alta figura da Igreja recomende cautela aos matrimónios inter-religiosos, mas aceita-se que imãs possessos preguem diariamente a extinção dos infiéis. Não é aceitável a influência da Igreja na sociedade, mas simpatiza-se com diversos Estados estritamente submetidos ao Alcorão. Não é aceitável que a Igreja subalternize simbolicamente as mulheres e discrimine simbolicamente os homossexuais, mas ignora-se que a sharia reduza à animalidade as primeiras e execute os segundos. Não é aceitável que um responsável clerical revele eventuais indícios de xenofobia ou racismo, mas promovem-se insultos ao "estado hebraico" (sic) em manifestações e lamentos, implícitos ou explícitos, de que Hitler tivesse visto a sua obra interrompida. Não é aceitável impor limites à liberdade individual, mas impõe-se censura atenta aos críticos do "multiculturalismo", que sob o verniz ecuménico é um óbvio princípio totalitário e um monte de sarilhos que Alá sabe onde acabam.»
(Alberto Gonçalves, "Alá, o cardeal e os sarilhos", Dias Contados, DN, 18-1-2009: sublinhado nosso)

24 março 2005

[6] Fracturas e colagens

De acordo com o Cardeal Patriarca, referendar o abort(ament)o vai dividir a sociedade portuguesa ao meio.
Não creio que vá; ela já está muito dividida.
Sabemos que esta é uma questão díficil, complexa, dolorosa. Mas tornou-se ainda mais delicada porque vem 50 anos atrasada. Para quem - como eu - viu o filme "Vera Drake", isto é claro.
Hoje, não se desconhecem os métodos contraceptivos. Nem eles são inacessíveis.
Hoje, a mulher não está, felizmente, só nem desamparada e o homem não é, felizmente, "o macho".
Hoje, não há taxas de natalidade elevadas. Pelo contrário, carecemos de estímulos à procriação, porque isso traduz rejuvenescimento, alegria, choque cultural, compaixão, amor pelo outro, legado.
Vamos ser paradoxalmente conservadores, descriminalizando algo tão repugnante, ou vamos ser humanistas e, por isso, definir uma política da família, da sexualidade e da criança?
Vamos criar ainda mais fracturas sociais e culturais ou vamos ajudar a colar os pedaços de uma comunidade?

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