Esta noite, debateram, literalmente, Cavaco Silva e Francisco Lopes. Um debate por vezes áspero, em parte pela agressividade de Chico Lopes, por duas vezes no limite da honestidade intelectual: primeiro, ao esquecer que, bons ou maus, aos governos do primeiro-ministro Cavaco Silva já se sucederam outros seis (!), quatro do PS e dois do PSD/CDS; depois, ao confundir Cavaco com Oliveira e Costa - se mesmo um arguido se presume inocente até prova em contrário, o que se dirá do Presidente da República sobre quem não impende nenhuma acusação de qualquer natureza!
Aliás, esta obsessão de Francisco Lopes e de Manuel Alegre pelo passado (às vezes longíquo) torna, paradoxalmente, Cavaco Silva cada vez mais presente e futuro.
Embora nem sempre totalmente eficaz nem inequívoco, Cavaco mostrou-se combativo e mais veemente do que é habitual. E mais compenetrado do papel presidencial, cujas vestes ficou claro que não servem a Francisco Lopes, ao não conseguir responder como é que, enquanto Presidente, mudaria as políticas do governo ou imporia externamente a soberania nacional.
Atendendo aos três critérios definidos (expressão, argumentação e preparação), Cavaco Silva: 5,5 - Francisco Lopes, 4.
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