Chegar ao fim de 2010, menos de 40 anos após a instauração de um regime democrático, e assistir a um debate tão pobre, tão banal e tão inconsequente só pode deixar-nos perplexos ou deprimidos.
Reduzida capacidade de expressão gestual, oral e telegénica (aqui com alguma desvantagem para Nobre, que fala muito baixo e por vezes é pouco fluente). Argumentos repetidos de outros debates, resumidos a uma mão de clichés (as utopias, a salvação nacional fora do sistema, a regionalização, o BPN e pouco mais), fraquíssima consciência do papel do Chefe de Estado (Defensor não consegue sequer explicar por que se candidata) e, pior, umas pitadas de demagogia e pouca honestidade intelectual (na base da defesa de Defensor).
Pela sua autenticidade e simpatia e por ter-se demarcardo de ataques insultuosos, ainda assim Nobre marcou mais pontos.
Defensor de Moura: 3,5 - Fernando Nobre: 4,5.
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