Terapia política. Introspecção psicossocial. Análise simbólica.
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13 dezembro 2010

[1296] Sete notas desafinadas

"Nunca fui dar o nome à PIDE a dizer que tinha bom comportamento."
(Manuel Alegre, Expresso on line, 12-12-2010)
*
1. Debate político com este tipo de argumentário desqualifica o [seu] autor e torna o debate completamente dispensável, reforçando o "incumbente".
2. Manuel Alegre não pode pretender, em 2010, continuar a viver à conta dos juros da sua pretensa actividade de há quarenta ou cinquenta (!) anos.
3. Sobretudo quando essa sua actividade não revelou a coragem e a importância que, vaidosamente, auto-imputa.
4. Cavaco Silva, e isto é um facto sem qualquer valoração, fez TODA a sua carreira política em democracia, sujeitando-se às regras do jogo. Não se lhe conhece qualquer actividade política antes de 1974, período em que só se lhe conhece o currículo académico e profissional.
5. Cavaco Silva não pertence, que se saiba, à Maçonaria, ao Opus Dei ou ao grupo Bildenberg, tendo ascendido social e politicamente apenas com as suas capacidades e defeitos próprios, coisa que muitos não podem dizer.
6. Ao contrário, Manuel Alegre é maçon (o que em si mesmo não é desprestigiante, mas diz muito do perfil), nada fez para se qualificar academicamente, não se lhe conhece obra política relevante (nem sequer no Parlamento, onde permaneceu 30 anos).
7. Finalmente, ser (bom ou mau) poeta não qualifica ninguém para o mais alto cargo da Nação.
(Núncio, idem)

28 março 2009

[828] Ópera bufa

Lendo os contributos para este forum, como o desta noite erudita, os mais jovens percebem como foi possível os portugueses submeterem-se durante 48 anos ao dono do país.
O masoquismo genético deve explicar muita coisa e o respeitinho institucionalizado explica o resto: dirigentes e elites que, voluntariamente, fazem o que delas se espera, obediente e zelosamente. Políticos que nem precisam de falar para serem brilhantes. Um povo que nutre uma relação de amor-ódio com todos o que exerçam funções públicas.
(Núncio / Portugal Real, comentário a "Sócrates e Fernanda Câncio vaiados no CCB", Expresso on line, 27-3-2009)

14 agosto 2006

[343] As palavras dos outros (4): florestas (queimadas) de enganos...

"Nós não temos uma democracia: temos um regime de regras formais que permitem a democracia."
(Mário Pinto, PÚBLICO, 14-08-2006)
*
Como permitirão outro regime qualquer, porque a forma nunca prejudica a substância... E não andamos longe dessoutro, paradoxalmente tão desejado por muitos "tugas"! Perdeu-se, no código genético, a audácia e a mundividência dos avós renascentistas... Resta a bandeira à janela e o cravo na lapela!

13 agosto 2006

[341] As palavras dos outros (3): em dia de 80.º aniversário

"Não é normal é que Fidel Castro continue a ser celebrado, apesar do legado trágico dos seus 47 anos no poder."
(José Manuel Fernandes, PÚBLICO, 13-08-2006: sublinhado nosso)
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Esta tragédia é filha da desonestidade intelectual daqueles para quem continua a haver ditaduras "boas" e ditaduras más... e foi ela que permitiu tal celebração de um regime tão opressor, tão centralizador, tão empobrecedor, em nome de uma suposta simpatia caridosa pela resistência do povo cubano. Qual resistência?

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