Terapia política. Introspecção psicossocial. Análise simbólica.

29 dezembro 2010

[1313] Das campanhas e de detergentes

«A propósito do BPN, Cavaco diz-se vítima de uma campanha suja. Quem se lembra do caso das falsas escutas sabe que, nestas matérias, o Presidente sabe do que fala.»
(Daniel Oliveira, "A campanha suja", Antes Pelo Contrário, Expresso on line, 29-12-2010)
*
Estamos em pré-campanha presidencial e, dentro de dias, estaremos em plena campanha.
Daniel Oliveira, no exercício de direitos cívicos e democráticos inatacáveis, apoia expressamente um dos candidatos.
Usar diariamente uma coluna de opinião generalista para, reiterada e descaradamente, fazer campanha contra um dos opositores do seu candidato não me parece nada deontológico, para dizer o mínimo. Pelo contrário, recomendariam as boas práticas jornalísticas e cívicas que, neste período, não usasse o seu palco para assuntos eleitorais, dado que não conseguirá ser isento (é da natureza humana).
E se todos os titulares de colunas de opinião, a começar aqui no Expresso, se lembrassem de a usar diariamente para denegrir os candidatos que não recolhem o seu apoio?
A campanha deve ser feita nos lugares próprios, pelos próprios ou seus apoiantes. Em blogues dos candidatos, em sessões de esclarecimento, nos tempos de antena, etc. Tornar todos os "media" num grande forum de campanha eleitoral parece-me democraticamente desproporcionado, deontologicamente duvidoso e civicamente tortuoso.
(Núncio, comentário ali)

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