Terapia política. Introspecção psicossocial. Análise simbólica.
28 fevereiro 2009
[801] Não sou eu que o digo...
«(...) é grande a responsabilidade dos chefes de Estado e de governo quando, no próximo domingo, se sentarem em Bruxelas na sessão extraordinária do Conselho Europeu convocada para responder aos efeitos da crise global. Uma eventual falta de acordo na sede própria acabaria por legitimar a lógica do "cada um por si" ou dos pequenos grupos sectoriais, enfraquecendo não apenas o papel político, mas também os efeito da acção conjunta dos Estados neste momento crítico da nossa vida colectiva.»
(António Vitorino, "Última oportunidade", DN, 27-2-2009)
27 fevereiro 2009
[800] A minha consagração é tudo!
Nenhuma cimeira de Chefes de Estado e de Governo da União Europeia deveria ser "irrelevante". Se o é, trata-se de má gestão política e financeira, porque as cimeiras têm custos de vária ordem. Se não é irrelevante, como se espera, a delegação portuguesa deve ser presidida pelo Chefe do Governo, uma vez que os assuntos de Estado primam sobre os assuntos partidários, naturalmente.
Aliás, acho intrigante que, ao fim de quatro anos de cimeiras com a presença de JS, seja logo a deste fim-de-semana que é considerada "irrelevante" (o que também não é nada abonatório para o MNE que, por jeitos, só tem capacidade para nos representar em cimeiras "irrelevantes").
(Núncio / Portugal Real, comentário a «Cimeira /Governo: Bloco de Esquerda considera "lamentável" discussão sobre ausência de primeiro-ministro», Expresso on line, 27-2-2009)
26 fevereiro 2009
[799] Boas ideias, boas políticas
(...) é isso que quero deixar aqui para reflexão. As ideias não são boas ou más porque são da doutora x ou do engenheiro y. São boas ou más em si mesmas. Basta.
Por outro lado, temos de habituar-nos a discutir POLÍTICA. Larguem a bola e o sexo! Leiam ensaios políticos e filosóficos. Discutam, de preferência com quem tem ideias diferentes das vossas. Da antítese sai a síntese! Rejeitem o consenso, os preconceitos, a imagem.
(Núncio / Portugal Real, comentário a "Pequenas e médias empresas", Expresso on line, 24-2-2009)
25 fevereiro 2009
[798] Dê-me um martelo e eu faço justiça!
«Segundo dados publicados este mês pela Organização para a Cooperação e para o Desenvolvimento Económico (OCDE), Portugal era, em 2007, dos países da zona euro onde existiam mais processos de cobrança coerciva de impostos, ou seja, dos países onde menos contribuintes pagavam os seus impostos dentro dos prazos legais.
«Os números da OCDE mostravam mesmo que cada português registado fiscalmente tinha, em média, quase 38 processos de execução fiscal e que a dívida cobrada por esta via pelo fisco representava 37,6 por cento da sua cobrança normal. Apesar de a OCDE não ter obtido valores para países como Espanha, Grécia ou Itália, nos dados existentes, Portugal só é ultrapassado pela Eslovénia, em relação ao número de processos por contribuinte, e pela Eslováquia, no que se refere à percentagem de receitas fiscais obtidas através de cobrança coerciva.»
(Público online, 25-2-2009: «Cada juiz dos tribunais tributários tem mais de 1300 processos em mãos»)
*
Se o cidadão "tuga", eleitor e contribuinte, se comporta assim como não haveria de votar nos "chicos-espertos" que o representam? Ataca quem o defende (juízes) e aplaude quem diminui a independência e a autoridade das magistraturas.
Cada povo tem os governantes que merece...
[796] No primeiro dia da quaresma
Que testemunho comovente, sem ser lamechas ["Dos olhos e da alma"]!
Mais do que políticos, atletas, cientistas (muitas vezes brilhantes, mas sentados na sua confortável cadeira Philippe Starck ou calçados nos seus hipersónicos Nike Zoom Structure Triax), admiro imenso professores, assistentes sociais, voluntários, médicos, enfermeiros. Sobretudo estes. E sinto-me tão pequeno e ridículo quando comparo o que eles e eu fazemos pelo bem-estar do mundo...
24 fevereiro 2009
[795] Mesmo no Carnaval, é para levar a mal!
Se, em vez de distribuirem computadores para idiotas, distribuíssem enciclopédias, livros de arte, ensaios filosóficos, colecções de música clássica teriam muito mais resultados educativos... e sem martelar as estatísticas!
Curiosamente, Courbet [autor do quadro reproduzido na capa de um livro apreendido numa feira pela PSP de Braga] era anarquista. Também anda por aí uma pseudo-socióloga que diz que o é. Quelle diférence!
(Núncio / Portugal Real, comentário a «PSP apreende livros por considerar capas "pornográficas"», Expresso online, 23-2-2009)
22 fevereiro 2009
[791] As palavras dos outros (35): o vazio da "modernidade"
«(...) E claro que há ainda o gritante oportunismo político destas opções pelo "liberalismo moral" como lhe chamou Medina Carreira no seu Dever da Verdade. São, como ele disse, a escapatória tradicional quando se constata o "fracasso político-económico" do regime. O regime que Sócrates e Almeida Santos protagonizam chegou a essa fase. Discutem a morte e a ausência da vida por serem incapazes de cuidar dos vivos.»
(Mário Crespo, O horror do vazio, Opinião, JN, 16-2-2009)
21 fevereiro 2009
[790] Comradery
"Gostamos de receber aqui quem trabalha e quem trabalha bem", disse, desejando ao primeiro-ministro que "não lhe falte a força e a diligência".
(Ribau Esteves, «Aveiro: Ribau Esteves (PSD) refere-se a José Sócrates como "um dos nossos"», Expresso on line, 20-2-2009)
*
"Um dos nossos?" O visado não é autarca, não é da Beira Litoral, não é militante do PSD. Que terão em comum Ribau e Sócrates?
(Núncio / Portugal Real, idem)
[789] Tenho convicções... quando me dá jeito!
«Não tento "evangelizar" ninguém porque prezo a liberdade de opinião e expressão. Mas só há liberdade na responsabilidade. E só poderemos ser responsáveis pelos nossos actos e opiniões se formos esclarecidos, independentes.
Pessoas ou povos manipulados por demagogos ou populistas nunca poderão ser livres nem esclarecidos.»
(comentário a "O prós e contras sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo", (A)variações, 17-2-2009)
*
«As convicções não têm oportunidade... são intemporais!»
(idem)
17 fevereiro 2009
[788] As palavras dos outros (34): Ditador, eu?!
«A segunda morte é institucional. Como já aqui escrevi várias vezes, Portugal não tem um regime político com freios e contrapesos. O partido da maioria, seja ele qual for, controla todas as instituições do regime; vivemos numa espécie de 'ditadura conjuntural' do partido da maioria. Por outro lado, Portugal é um Estado de direito falhado: a nossa Justiça é um embaraço confrangedor.»
(Henrique Raposo, O regime que morreu três vezes, Expresso on line, 17-2-2009)
15 fevereiro 2009
[787] Quem tem medo do Ministério Público?
«As pressões e intimidações que têm recaído sobre os magistrados titulares desses inquéritos [delicados em função das matérias ou dos visados], com o intuito de os atemorizar e diminuir na sua acção e capacidade de determinação na condução das investigações, e bem assim de condicionar os que com a Justiça querem colaborar, têm várias origens e envolvem poderosos meios de contra-informação só disponíveis, por norma, aos serviços de 'inteligence'.
«As fugas vêm muitas vezes donde menos se espera, donde não seria suposto, lançadas pelos visados, numa tentativa de controle e minimização dos danos próprios, por um lado, de desacreditação da investigação e da justiça, por outro, e, finalmente, de tentativa de desviar a atenção do essencial para o acessório.
«Que outros o façam, percebe-se. Que no seio do Ministério Público haja quem colabore, ainda que por inércia, já não é admissível.
«É igualmente urgente que se alerte a Procuradoria-Geral da República para as consequências negativas que as posições públicas podem assumir para o Ministério Publico e todos os seus magistrados, sobretudo quando elas são susceptíveis de revelarem protagonismos exacerbados, falta de isenção e de rigor, e importam, como já aconteceu, a desresponsabilização pública ou prognósticos quanto ao desfecho de processos e investigações ainda em curso.»
(excertos da moção apresentada pelos 50 delegados do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, na reunião de Tomar, 14-2-2009)
[786] Sondagem: O PS e o PSD deveriam fundir-se?
Damos por terminada hoje mais uma consulta, na qual participaram 61 leitores, a quem agradecemos. Embora se renovem os avisos habituais (não é uma sondagem fidedigna, por não se connhecer a representatividade da amostra, etc.), os resultados são muito claros. Dos 70 votos (os votantes poderiam escolher mais do que uma opção, pois elas não se anulavam):
- 45,7 % defendem que todo o sistema partidário deveria ser refundado;
- 17,1 % acham que as diferenças ainda são muitas para que PS e PSD se fundam;
- 15,7 % concordam com a fusão de PS e PSD e outros tantos com a de PSD e CDS/PP;
- 5,7 % acham que o PS deveria antes fundir-se com o BE.
Em suma, 82,8 % dos leitores participantes entendem que, com fusões ou refundações, o sistema partidário tem de ser revisto.
14 fevereiro 2009
[785] As notas dos candidatos (ficha técnica)
Avaliamos hoje a actuação dos líderes dos principais partidos (no caso de Garcia Pereira e de Manuel Monteiro, não tendo os partidos que chefiam assento parlamentar, entendemos que são, com pouca controvérsia, aqueles com mais relevo político e social), candidatos a primeiro-ministro (1).
A avaliação teve por base critérios e ponderações idênticos aos da avaliação dos ministros, com algumas nuances. São eles:
- (2) competência profissional (0-7 valores);
- (3) autoridade política e ética (0-6 val.);
- (4) discurso político (0-4 val.); e
- (5) poder comunicacional (0-3 val.).
Por competência profissional entende-se a capacidade revelada na sua área de actuação. A autoridade ética e política vê-se na conduta pessoal e política. Os outros dois critérios respeitam à consistência e densidade do discurso político e à capacidade de comunicação com os eleitores/cidadãos.
A pontuação total (6) corresponde à soma dos pontos obtidos nos quatro critérios, na escala habitual (0-20 valores).
A pontuação total (6) corresponde à soma dos pontos obtidos nos quatro critérios, na escala habitual (0-20 valores).
Dadas as explicações, vejamos os resultados mais salientes:
- dos 7 líderes (3 à direita e 4 à esquerda), nenhum se destaca verdadeiramente, sendo MFL (direita) e FL (esquerda) os melhores;
- todos os outros resultados são sofríveis, até com uma negativa (MM);
- os pontos fortes: de MFL, a competência e autoridade; de FL, a competência e o discurso; de JoS, o poder comunicacional; de GP, a competência; de PP, o poder comunicacional; de JeS, a autoridade; e de MM, o poder de comunicação.
- dos 7 líderes (3 à direita e 4 à esquerda), nenhum se destaca verdadeiramente, sendo MFL (direita) e FL (esquerda) os melhores;
- todos os outros resultados são sofríveis, até com uma negativa (MM);
- os pontos fortes: de MFL, a competência e autoridade; de FL, a competência e o discurso; de JoS, o poder comunicacional; de GP, a competência; de PP, o poder comunicacional; de JeS, a autoridade; e de MM, o poder de comunicação.
[784] As notas dos candidatos
(1) Candidatos / (2) Compet. / (3) Autoridade / (4) Discurso / (5) Comunic. / (6) Total
Manuela Ferreira Leite / 5.0 / 4.5 / 2.5 / 1.0 / 13.0
Francisco Louçã / 5.0 / 3.5 / 3.0 / 1.5 / 13.0
*
José Sócrates / 4.0 / 3.0 / 1.5 / 3.0 / 11.5
Garcia Pereira / 4.5 / 3.5 / 2.0 / 1.0 / 11.0
Paulo Portas / 4.0 / 3.0 / 2.0 / 2.0 / 11.0
Jerónimo de Sousa / 3.0 / 5.0 / 1.0 / 2.0 / 11.0
*
Manuel Monteiro / 3.5 / 3.0 / 1.0 / 2.0 / 9.5
Manuela Ferreira Leite / 5.0 / 4.5 / 2.5 / 1.0 / 13.0
Francisco Louçã / 5.0 / 3.5 / 3.0 / 1.5 / 13.0
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José Sócrates / 4.0 / 3.0 / 1.5 / 3.0 / 11.5
Garcia Pereira / 4.5 / 3.5 / 2.0 / 1.0 / 11.0
Paulo Portas / 4.0 / 3.0 / 2.0 / 2.0 / 11.0
Jerónimo de Sousa / 3.0 / 5.0 / 1.0 / 2.0 / 11.0
*
Manuel Monteiro / 3.5 / 3.0 / 1.0 / 2.0 / 9.5
[783] E quem avalia os políticos?
Sabe o que quer dizer avaliar? Presumo que não, mas eu ajudo.
Avaliar é "determinar a valia ou o valor de; apreciar o merecimento de; aquilatar, reconhecer a força de, a grandeza de; estimar, prezar". Qualquer bom dicionário lhe apresentará esta ou outra definição sinónima.
Nada do que está a ser feito em Portugal, aos professores, aos juízes, aos funcionários dos ministérios é avaliar. Pelo contrário, o que se tem feito nos últimos anos é depreciar, apoucar, fragilizar, desmerecer, denegrir, humilhar. Quem disser o contrário é masoquista ou desonesto.
(Núncio/Portugal Real, comentário a "Coitada da Sô Dona Manuela", do leitor cjours do Expresso)
[782] A falsa moeda
De umas boas chicotadas parece gostar o "tuga". Deve ser difícil encontrar povo mais masoquista (tirando talvez o chinês). Gosta de apanhar e de ser enganado.
Infelizmente, a lei de Gresham foi aprendida ao contrário pelos portugueses. É a má moeda que está a expulsar a boa moeda da política e da comunidade. E a emigração a subir a um nível que já não se via há 30 anos... Porque será?
(Núncio/Portugal Real, comentário a "O PSD precisa de uma chicotada psicológica", do leitor Musoko do Expresso)
09 fevereiro 2009
[780] Os pontos das pastas (ficha técnica)
No próximo dia 20, passam quatro anos após as últimas eleições legislativas (o que implicaria, não fosse uma alteração constitucional incompreensível, que fôssemos a votos ainda neste trimestre, sem necessidade de qualquer táctica de antecipação).
Na sequência do que fizemos aquando do 1.º ano da actual legislatura, e em jeito de balanço, avaliamos hoje a actuação dos ministros do XVII Governo Constitucional (1) com base nos mesmíssimos critérios e ponderações. São eles (entre parêntesis, e uma vez que não pondero os quatro critérios da mesma forma, indica-se a escala a ter em conta), a saber:
- (2) competência técnica (0-7 valores);
- (3) capacidade de execução (0-6 val.);
- (4) discurso político (0-4 val.); e
- (5) poder comunicacional (0-3 val.).
Por competência técnica entende-se o conhecimento que o ministro revela dos assuntos que tutela e a aptidão para analisá-los e discuti-los. A capacidade de execução aprecia o poder de concretização das políticas desenhadas e dos objectivos definidos. Os outros dois critérios respeitam a duas qualidades que se reputam essenciais num ministro: a consistência e profundidade do discurso político (releva a coerência entre a "cartilha" e a praxis e não a concordância ou discordância pessoais) e a capacidade de comunicação com os eleitores/cidadãos.
- (2) competência técnica (0-7 valores);
- (3) capacidade de execução (0-6 val.);
- (4) discurso político (0-4 val.); e
- (5) poder comunicacional (0-3 val.).
Por competência técnica entende-se o conhecimento que o ministro revela dos assuntos que tutela e a aptidão para analisá-los e discuti-los. A capacidade de execução aprecia o poder de concretização das políticas desenhadas e dos objectivos definidos. Os outros dois critérios respeitam a duas qualidades que se reputam essenciais num ministro: a consistência e profundidade do discurso político (releva a coerência entre a "cartilha" e a praxis e não a concordância ou discordância pessoais) e a capacidade de comunicação com os eleitores/cidadãos.
A pontuação total (6) corresponde à soma dos pontos obtidos nos quatro critérios, na escala habitual (0-20 valores).
Houve, entretanto, remodelação da composição governativa. O ponto de comparação (7) é, naturalmente, a avaliação do antecessor.
Houve, entretanto, remodelação da composição governativa. O ponto de comparação (7) é, naturalmente, a avaliação do antecessor.
Dadas as explicações, vejamos os resultados mais salientes:
- dos 17 ministros que compõem o governo, só seis têm avaliação positiva e só dois melhoram a sua avaliação de 2006;
- há mesmo três descidas acentuadas, entre os três e os sete valores (Ambiente, Educação e Saúde);
- mantém-se a apreciação muito negativa dos titulares das pastas dos Assuntos Parlamentares, Justiça e Cultura (sendo que, neste caso, parece não ter trazido nenhum benefício a mudança de titular);
- finalmente, a situação particular do primeiro-ministro que, nestes três anos, perdeu claramente em competência e capacidade de execução.
08 fevereiro 2009
[779] Os pontos das pastas (II)
(1) Ministros / (2) Compet. / (3) Cap. execução / (4) Disc. / (5) Comun. / (6) Total / (7) Obs.
Mariago Gago / 6.0 / 4.0 / 2.5 / 1.0 / 13.5 / - 1.0
Teixeira dos Santos/ 5.0 / 3.0 / 2.0 / 2.0 / 12.0 / + 1.5
Vieira da Silva / 4.0 / 3.5 / 2.5 / 2.0 / 12.0 / 0.0
José Sócrates / 3.5 / 4.5 / 1.0 / 2.5 / 11.5 / - 2.0
Rui Pereira / 4.5 / 3.0 / 2.0 / 1.5 / 11.0 / - 0.5
Manuel Pinho / 3.5 / 3.0 / 2.0 / 2.0 / 10.5 / 0.0
*
Severiano Teixeira / 4.5 / 2.0 / 1.5 / 1.5 / 9.5 / 0.0
Mário Lino / 3.5 / 3.0 / 0.5 / 2.0 / 9.0 / + 0.5
Jaime Silva / 4.0 / 2.0 / 1.5 / 1.5 / 9.0 / 0.0
Nunes Correia / 4.0 / 3.0 / 1.5 / 0.5 / 9.0 / - 3.0
Alberto Costa / 2.0 / 5.0 / 0.5 / 0.5 / 8.0 / 0.0
Pedro Silva Pereira / 3.0 / 2.5 / 1.5 / 1.0 / 8.0 / - 1.0
Mariago Gago / 6.0 / 4.0 / 2.5 / 1.0 / 13.5 / - 1.0
Teixeira dos Santos/ 5.0 / 3.0 / 2.0 / 2.0 / 12.0 / + 1.5
Vieira da Silva / 4.0 / 3.5 / 2.5 / 2.0 / 12.0 / 0.0
José Sócrates / 3.5 / 4.5 / 1.0 / 2.5 / 11.5 / - 2.0
Rui Pereira / 4.5 / 3.0 / 2.0 / 1.5 / 11.0 / - 0.5
Manuel Pinho / 3.5 / 3.0 / 2.0 / 2.0 / 10.5 / 0.0
*
Severiano Teixeira / 4.5 / 2.0 / 1.5 / 1.5 / 9.5 / 0.0
Mário Lino / 3.5 / 3.0 / 0.5 / 2.0 / 9.0 / + 0.5
Jaime Silva / 4.0 / 2.0 / 1.5 / 1.5 / 9.0 / 0.0
Nunes Correia / 4.0 / 3.0 / 1.5 / 0.5 / 9.0 / - 3.0
Alberto Costa / 2.0 / 5.0 / 0.5 / 0.5 / 8.0 / 0.0
Pedro Silva Pereira / 3.0 / 2.5 / 1.5 / 1.0 / 8.0 / - 1.0
*
Augusto Santos Silva/ 2.5 / 2.5 / 2.0 / 0.5 / 7.5 / - 1.0
Luís Amado / 3.0 / 2.0 / 1.0 / 1.0 / 7.0 / - 2.5
Mª Lurdes Rodrigues/ 2.5 / 3.5 / 0.5 / 0.5 / 7.0 / - 4.0
Ana Jorge / 3.0 / 1.5 / 1.0 / 1.5 / 7.0 / - 7.0
Augusto Santos Silva/ 2.5 / 2.5 / 2.0 / 0.5 / 7.5 / - 1.0
Luís Amado / 3.0 / 2.0 / 1.0 / 1.0 / 7.0 / - 2.5
Mª Lurdes Rodrigues/ 2.5 / 3.5 / 0.5 / 0.5 / 7.0 / - 4.0
Ana Jorge / 3.0 / 1.5 / 1.0 / 1.5 / 7.0 / - 7.0
Pinto Ribeiro / 2.0 / 1.5 / 1.5 / 1.0 / 6.0 / - 0.5
[778] Late night whisper
Será que a inquietação dos Monteiro se deve a terem percebido que não lhes calhou nenhuma fatia do bolo de quatro milhões?
[777] 32 anos depois, ainda não entendeu...
"Portugal já tem idade
para entender o que é a Liberdade"
(Ary dos Santos/Fernando Tordo, Os Amigos, 1977)
para entender o que é a Liberdade"
(Ary dos Santos/Fernando Tordo, Os Amigos, 1977)
[776] Poesia do mundo: liberdade, esse bem raro...
Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O sol doira
Sem literatura.
*
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa...
*
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!
*
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...
(Fernando Pessoa, "Liberdade", 1935)
07 fevereiro 2009
[775] Late Friday evening: lege artis
No tribunal.
Advogado: Senhor Doutor, antes de fazer a autópsia, verificou o pulso da vítima?
Perito: Não.
Advogado: E mediu a tensão arterial?
Perito: Não.
Advogado: Verificou a respiração?
Perito: Não.
Advogado: Então, é possível que a vítima ainda estivesse viva quando a autópsia começou?
Perito: Não.
Advogado: Como é que pode estar tão certo?
Perito: Porque o cérebro do paciente estava num jarro ao lado da mesa de autópsias.
Advogado: Mas ele poderia ainda estar vivo?
Perito: Sim, é possível que estivesse vivo, a estudar Direito na faculdade onde V. Ex.ª se formou!
01 fevereiro 2009
[774] Ei, você aí, me dá um dinheiro aí!
Segundo o Diário da República (dos dias 6/6/2007, a pp. 15720, e de 18/10/2007, a pp. 30115), a Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP), dirigida por Albino Almeida, foi financiada pelo Gabinete da Ministra da Educação.
Conhecem alguma pessoa, singular ou colectiva, pública ou privada, que diga mal de quem a sustenta? É assim que se alimenta a independência, o espírito crítico, a liberdade de opinião e expressão? A notas de €uro?
(referência ao DR: cortesia do leitor jotadt)
[771] As palavras dos outros (33): um errozito aqui, um lapso ali...
«(...) os interesses ocultos instalados em cada Governo ou maioria política fazem do 'legislador' um mero executor de acertos cozinhados nos bastidores.»
(Eduardo Dâmaso, Correio da Manhã, 1-2-2009)
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