Terapia política. Introspecção psicossocial. Análise simbólica.

30 dezembro 2008

[739] Nótulas sobre uma crise constitucional

Tendo o PR a razão jurídica e constitucional do seu lado desde o início, surpreende que um homem experiente e prudente como Cavaco Silva seja tão ingénuo e quase amador na abordagem a esta questão. Em política não há amigos. Há órgãos, legitimidades, poderes, competências que se exercem no tempo e pela forma adequados.
Nunca seria o PR o derrotado. Como ele referiu, e bem, a questão não afecta o actual Presidente, mas os que se lhe seguirão. E mais do que pôr em causa o PR, ficam prejudicados os equilíbrios constitucionais. Não é por acaso que o sistema político não é o parlmentar...
Veremos nos próximos dias e meses a quem interessou esticar a corda!
(Núncio/Portugal Real, comentários a «Ricardo Costa: "Foi a mensagem mais violenta que um Presidente fez nos últimos anos"», Expresso online, 29-12-2008)
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Post scriptum: mais uma vez Ramalho Eanes a mostrar de que é feito. Nem uma palavra se ouviu dos dois Presidentes que lhe sucederam. Numa questão desta natureza, não só era legítimo como da mais elementar solidariedade que todos os ex-PR se pronunciassem em favor da posição de Cavaco Silva, que é a da defesa do órgão.

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