Terapia política. Introspecção psicossocial. Análise simbólica.

21 março 2009

[821] Três anos depois

1 - Prezo muito os direitos e as liberdades, sobretudo de opinião e expressão. Mas também advogo que todo o exercício das liberdades, necessariamente subjectivo, deve ser responsável e ético. O que implica seriedade intelectual.
2 - Cavaco é mais do que um homem sério, é dos poucos Estadistas que a III República gerou. Os sinais do seu Estadismo estão à vista de todos, dado que - desde 1980 - podem ser democraticamente escrutinados. Apenas deixo dois: sai sempre dos cargos da forma como entrou, livre e limpo; não se lhe conhece qualquer aproveitamento financeiro ou profissional dos seus cargos.
3 - O "sábio equilíbrio de poderes" exige que, às vezes, o PR faça de Provedor de Justiça, de Procurador-Geral da República e de Presidente do Tribunal de Contas.
4 - O veto do PR é um dos exemplos desse equilíbrio e não me impressionam nada as resoluções da AR votadas por unanimidade. O discurso do PR, deste e dos antecessores, tem de ser, muitas vezes, o do professor que ensina os discípulos a pensar. É o mais alto magistrado da Nação.
5 - Em matéria de generalidades e banalidades, convido-o a reler os discursos do PM (não só deste), dos ministros, dos reguladores. E olhe que expressar o senso comum já não é pouco, porque muitos nem sequer isso têm... Até pessoas insuspeitas como Vicente Jorge Silva e Vasco Pulido Valente já reconheceram a qualidade dos discursos do PR.
6 - A costela de executivo ainda está lá. Mas nós não temos só uma costela...
(Núncio / Portugal Real, comentário a "Na cabeça de Cavaco", Expresso on line, 21-3-2009)

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