Terapia política. Introspecção psicossocial. Análise simbólica.

08 dezembro 2005

[76] Eu durmo descansado, mas tirem esta tragicomédia do écran!

«Há dias, o dr. Soares esclareceu que aceitaria a legitimidade do prof. Cavaco, “desde que as eleições sejam limpas”. Como se admitisse a possibilidade de o prof. Cavaco ganhar por fraude. Como se estivéssemos em 1958».
(Rui Ramos, in "As forças do passado")
Leio e releio, belisco-me e receio estar num processo de pré-loucura.
"Aceitaria"? Mas houve alteração na presidência da Comissão Nacional de Eleições e eu não vi, não li nem ouvi? Está o candidato mandatado pela CNE para escrutinar o processo eleitoral?
"Eleições limpas"? Mas as eleições só são "limpas" quando os resultados nos agradam? E podem não o ser em Portugal, no ano de 2006 d.C., 32 anos após a alvorada do sonho num país mais justo e livre?
"Fraude"? Mas pode algum eleitor sancionar, com o voto, uma doutrina destas?

Sem comentários:

Arquivo do blogue

Seguidores