«Soares faz sempre questão de se mostrar como um homem culto e de apresentar Cavaco Silva como um mero contabilista. No entanto, as ideias de Soares dificilmente podem ser consideradas as ideias de um homem culto. Um homem culto deveria ser capaz de produzir um pensamento organizado e fundamentado a partir da informação dispersa de que dispõe. Ou pelo menos, deveria ser capaz de identificar as questões relevantes a partir da informação disponível evitando dizer demasiadas asneiras. Mas Soares não é capaz de fazer isso a propósito dos temas que lhe são mais queridos, sejam eles os Estado Unidos, os Oceanos ou a Globalização.
«Sobre os Estados Unidos, tem um pensamento que mais não é do que uma reacção pavloviana ao grande capital e ao imperialismo ianque típica da esquerda. Demonstra desconhecer as peculiaridades da política americana, caindo demasiadas vezes no lugar comum e no provincianismo. É totalmente incapaz de perceber o fenómeno das religiões protestantes nos Estados Unidos chegando mesmo a ser ofensivo quando mete tudo no saco do fundamentalismo religioso.
«Os Oceanos são para Soares uma bandeira política sem qualquer conteúdo substantivo. Soares não parece ter nenhum interesse pelos aspectos estratégicos, científicos, ambientais ou políticos dos Oceanos. Só mostra interesse pelos Oceanos enquanto bandeira politicamente correcta legitimadora da sua persona política. Preocupa-se com os oceanos como se poderia preocupar com a igualdade de género ou com o lince da Serra da Malcata. Os detalhes não interessam, o que interessa é que esteja na moda e fique bem.
«Sobre a Globalização, Soares não tem qualquer pensamento próprio. O que diz não resultou de qualquer esforço intelectual. O que diz é o que qualquer jovem inconsciente sem a experiência nem a biblioteca de Soares poderia dizer. Soares é incapaz de perceber que a Globalização é um processo que não é controlável por uma autoridade central e que por isso está para além da política. E também não percebe que a Globalização favorece precisamente aqueles que ele quer proteger da Globalização.
«Soares, como muito boa esquerda, usa a cultura como arma de arremesso político. Mas quem o faz não precisa de ser culto. Alguma falta de modéstia costuma ser suficiente. De resto, falta a Soares aquilo que falta a muitos que se auto-intitulam cultos. Falta-lhe cultura suficiente para perceber porque é que quem é verdadeiramente culto não precisa de se auto-intitular como tal.»
«Sobre os Estados Unidos, tem um pensamento que mais não é do que uma reacção pavloviana ao grande capital e ao imperialismo ianque típica da esquerda. Demonstra desconhecer as peculiaridades da política americana, caindo demasiadas vezes no lugar comum e no provincianismo. É totalmente incapaz de perceber o fenómeno das religiões protestantes nos Estados Unidos chegando mesmo a ser ofensivo quando mete tudo no saco do fundamentalismo religioso.
«Os Oceanos são para Soares uma bandeira política sem qualquer conteúdo substantivo. Soares não parece ter nenhum interesse pelos aspectos estratégicos, científicos, ambientais ou políticos dos Oceanos. Só mostra interesse pelos Oceanos enquanto bandeira politicamente correcta legitimadora da sua persona política. Preocupa-se com os oceanos como se poderia preocupar com a igualdade de género ou com o lince da Serra da Malcata. Os detalhes não interessam, o que interessa é que esteja na moda e fique bem.
«Sobre a Globalização, Soares não tem qualquer pensamento próprio. O que diz não resultou de qualquer esforço intelectual. O que diz é o que qualquer jovem inconsciente sem a experiência nem a biblioteca de Soares poderia dizer. Soares é incapaz de perceber que a Globalização é um processo que não é controlável por uma autoridade central e que por isso está para além da política. E também não percebe que a Globalização favorece precisamente aqueles que ele quer proteger da Globalização.
«Soares, como muito boa esquerda, usa a cultura como arma de arremesso político. Mas quem o faz não precisa de ser culto. Alguma falta de modéstia costuma ser suficiente. De resto, falta a Soares aquilo que falta a muitos que se auto-intitulam cultos. Falta-lhe cultura suficiente para perceber porque é que quem é verdadeiramente culto não precisa de se auto-intitular como tal.»
(João Miranda, A Blasfémia)
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