Terapia política. Introspecção psicossocial. Análise simbólica.

19 dezembro 2005

[107] A esperança de uns é o desespero de alguns...

«Os presidentes que precederam Cavaco não chegaram a Belém com o peso de uma promessa precisa. De Eanes, que apesar de tudo carregou o maior peso, só se esperava que não entregasse o Exército à extrema-esquerda ou à extrema-direita e que metesse a tropa nos quartéis. De Soares só se esperava que "salvasse a liberdade" de um revanchismo largamente imaginário e que liquidasse, de caminho, a insuportável aventura do PRD. De Sampaio, no fundo, no fundo, só se esperava que ele não deixasse continuar o "cavaquismo" por outros meios, cometendo a improvável proeza de ser eleito.
«Mas de Cavaco toda a gente hoje espera a recuperação da economia portuguesa, a reaproximação de Portugal do nível médio de "Europa", uma drástica diminuição do desemprego, um crescimento de, pelo menos, três por cento (como a Espanha) e o definitivo reequilíbrio das finanças. Sem talvez se aperceber, Cavaco prometeu o pacote inteiro, com entusiasmo, com zelo, como fervor. Pior: com suficiência. Ele sabe, ele cumpre.»
(Vasco Pulido Valente, Público, link indisponível)
Por tudo isto e porque é de competência, Estadismo, ousadia, reformismo e confiança que Portugal precisa, CS tem estado muito à frente dos seus quatro adversários "oficiais" (aproveito para repudiar, por profundamente anti-democrática, a estratégia da comunicação social de só dar voz aos candidatos "parlamentares").
Vasco Pulido Valente, então, bem poderia, em coerência, expressar total discordância com a tese do seu candidato preferido de que CS nada diz e nada vale. Pelos vistos, VPV entende que CS vale muito e diz demais...

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