« (...) ao longo destas décadas, muitos portugueses puseram de lado as suas ideologias de direita e ajudaram a eleger candidatos de esquerda. Passou-se sempre assim. Não se pode por isso, em nome da Democracia, cair na mera indignação quando se prefigura a possibilidade de pessoas de esquerda, que o foram toda a vida, ajudarem a eleger o candidato da direita. A alternância democrática, que já se vira nas legislativas e nas autárquicas, pode ocorrer agora nas Presidenciais.
« (...) Hoje falta memória à esquerda. Provavelmente porque foram os próprios políticos de esquerda que confundiram e misturaram tudo numa amálgama ideológica.
« (...) Cavaco tem o condão de conseguir reunir numa qualquer mesa de jantar de apoio à sua candidatura Silva Graça, autor do livro "Lisboa–Cidade Abril", e Joaquim Veríssimo Serrão, saudoso do Estado Novo.»
(Luíz Carvalho, Cartas Digitais: "A esquerda e o candidato da direita", 13-12-2005)
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