Terapia política. Introspecção psicossocial. Análise simbólica.

08 maio 2006

[276] "Fast-literature"

Todo este episódio protagonizado pela "rosa" Margarida, cujo epílogo irá ocorrer, lamentavelmente, na sala de audiências de um tribunal judicial, não é mais do que um sintoma da cultura "fast". "Drive fast, live fast".
Se há comida rápida ("fast food"), cursos rápidos (intensivos), relações rápidas (o contrário das "LTR: long-term relationship"), comunicações rápidas ("instant message"), etc., porque não haveria de se criar a "fast-literature"?
É o tempo da natureza biodegradável, do produto descartável, da relativização de valores e sentimentos, da fungibilidade das coisas e, pelos vistos, das pessoas. Tudo é muito "clean" e despojado, simples e directo. Pouco elaborado e muito apimentado!
Nesta era, só mesmo a literatura da Margarida para acompanhar os tempos, que esta vida é uma canseira e não há um minuto a perder com leituras, gastando os neurónios que tanta falta fazem para o ginásio e as saunas, as passagens de moda e as festas em discotecas "übersexual"...

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