Terapia política. Introspecção psicossocial. Análise simbólica.
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22 novembro 2014

[1434] O lado da verdade


«As detenções dos nossos inimigos são prova do bom funcionamento da Justiça. As dos nossos amigos são exageros de juízes justiceiros e só em caso de perigo de fuga deveriam ocorrer. 
As provas contra os nossos amigos são sempre frágeis. As contra os nossos inimigos são muito fortes. 
Os processos contra os nossos amigos devem permanecer sempre em segredo de justiça para preservação do seu bom nome e da presunção da sua inocência. Nos processos contra os nossos inimigos, o segredo de justiça é manifestamente exagerado e anti-democrático, até porque eles têm meios suficientes de defesa. 
Os nossos amigos não cometem crimes, apenas cometem erros políticos. Os nossos inimigos são criminosos do pior. Os processos contra os nossos amigos não devem ter leituras políticas, porque à Justiça o que é da Justiça. Os processos contra os nossos inimigos justificam a demissão de ministros e até do Governo

(Portugal Real, "A diversidade da fauna e flora", em comentário a "Sócrates: a justiça a mudar ou a exagerar?", Expresso on line, 22-11-2014)

12 junho 2010

[1176] Pode dar o exemplo, sff?

José Pacheco Pereira, embora estudioso e sério, cansa. Como cansam Marcelo Rebelo de Sousa, António Vitorino, Carlos Abreu Amorim e tantos outros. Portugal não precisa de mais comentadores. Precisa de exemplos. Precisa de coragem.

10 junho 2009

[892] As palavras dos outros (46): "Extremado, eu? Cadê os outros?"

«(...) desses 736 deputados eleitos entre quinta-feira e domingo, um total de 36 são de extrema-direita, oriundos de (e eleitos por) partidos de treze países, que têm nos seus programas a xenofobia, o racismo, o anti-islamismo, a homofobia, o anti-semitismo, etc. Foi em nome desses “valores” que foram eleitos. A democracia tem destas coisas.
(...) Os votos de protesto costumam dar nisto!»
(Eduardo Pitta, "Sinais muito preocupantes", Da Literatura, 9-6-2009)
*
Tem razão Eduardo Pitta e todos os cidadãos atentos e democratas para se preocuparem e eu partilho sinceramente da sua preocupação.
Mas uma análise menos comprometida teria também chamado a atenção para o facto de, em Portugal e não só, ter ocorrido um importante voto de protesto de extrema-... esquerda!
Por vezes, tendemos a esquecer as raízes histórico-politicas e ideológicas dos dois partidos que, juntos, tiveram agora cerca de 21,3% dos votos e 22,7% dos mandatos (deputados ao PE), algo só comparável ao período de 1974/79.
Do facto de tais cartilhas terem sofrido um "lifting" (na sua imagem) e um "upgrade" (no nível social e intelectual de discussão) não resulta que as suas convicções e os seus modelos de sociedade tenham sido expurgados e que, à mínima oportunidade, não sejam recuperados. Aliás, como os modelos destes partidos da extrema-direita a que se refere Eduardo Pitta e que vão criando o caldo que queimará a Europa.
Por outro lado, em vez de nos chocarmos com tais resultados extremados no espectro político, entre dois goles de Möet et Chandon e duas idas rápidas a Paris, que tal saírmos do nosso sofá Chateau D'Ax e agir? Poderíamos começar por votar, coisa que parece ter-se tornado numa maçada, e escrutinar melhor os nossos representantes. Ou vamos continuar a aplaudir gente ética e profissionalmente desqualificada, só porque são giros e alegres?

28 maio 2009

[872] As palavras dos outros (41): geração "marketista"?

«(...) Na verdade pensar que Sócrates merece ser chamado de fascista até é um elogio, dá a entender que ele é alguma coisa que termine em ista, e que vem de uma coisa que termina em ismo. Fascista, comunista, socialista, alguma coisa que implique um conjunto ordenado de posições, isso não é com ele, nem com a sua geração. Há demasiado ensino a martelo, demasiadas juventudes partidárias, demasiada carreira intra-partidária, demasiado yuppismo (bom, neste caso é um ismo...) para ser alguma coisa de ideológico.
Sócrates a quem este “momento Chávez” correu mal, saiu pela porta dos fundos às pressas porque não é muito da escola de Mário Soares e não confronta as situações, logo perde-as sempre. Soares que foi mais feito pela vida do que pela propaganda era, para adoptar a peculiar linguagem “artística” da Escola António Arrioio, “coragista”, tinha “coragismo”. Sócrates é “marketista”, tem “marketismo”. Espero que da próxima vez que for à escola António Arroio, os “artistas” da casa em vez de lhe chamar “fascista” que é uma asneira e um abuso, lhe chamem “marketista” que é uma verdade como um punho. Como aquele que havia no símbolo do PS antes da rosa.»
(J. Pacheco Pereira, Opinião, "Governo fascista é a morte do artista", Sábado on line, 28-5-2009)

13 janeiro 2009

[754] Por que será...

... que Eduardo Pitta (EP), que até tem um blogue relativamente interessante, mundividente e actualizado (que leio muito regularmente), quando toca em matérias mais "ideológicas" é decepcionantemente parcial e "biased"?
A ética ou a justiça têm côr?
*
Como EP bem sabe, não há tratamento de igualdade na injustiça ou na ilegalidade. Se é injusto ou ilegal, é-o e denuncia-se ou corrige-se. Seja quem for o beneficiário!

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