Terapia política. Introspecção psicossocial. Análise simbólica.

28 agosto 2010

27 agosto 2010

[1217] A canícula também afecta a Justiça

«Não cometa o erro (frequente) de (muitos) outros: férias judiciais NÃO são férias de juízes nem de procuradores nem de oficiais de justiça. São férias, digamos, processuais. Ou seja, os processos NÃO urgentes é que ficam parados. Os operadores judiciários (palavrão que inclui aqueles três e mais os advogados, solicitadores e afins) continuam a trabalhar e muitas vezes é o período das férias judiciais que permite pôr o trabalho em dia.
Eu sei que NÃO tem culpa do erro porque a desinformação é muita.»
(Núncio / Portugal Real, comentário a "Cavaco já promulgou diploma sobre regime de férias judiciais", Expresso on line, 27-8-2010)

14 agosto 2010

[1214] Fotografia do mundo: a frescura numa tarde de Verão




Um ex-surfista havaiano, nascido na Califórnia, dedica-se agora a fotografar as ondas dentro delas. Clark Little, de 41 anos, teve a ideia quando a sua mulher manifestou o desejo de decorar com uma foto a parede de um quarto da casa do casal, no Havai. Desde 2007, vive do dinheiro que ganha com a venda das fotos. "O mar é minha segunda casa e eu amo o que faço", disse Little.
Para obter as melhores imagens, Clark utiliza uma câmara capaz de tirar dez fotos por segundo. As ondas que ele enfrenta variam entre 90 cm e 4,5 m. Já chegou a ser arremessado até 10 m de distância.
(cortesia da leitora : por email)

[1213] Serviço público (41): primeiro, os cidadãos

[1212] Civismo e cidadania no mundo: o exemplo finlandês

A IEA, International Association for the Evaluation of Educational Achievement - uma organização científica internacional sem fins lucrativos - tem conduzido vários estudos comparativos, o último dos quais, em 2009, o INTERNATIONAL CIVIC AND CITIZENSHIP EDUCATION STUDY (ICCS), o Estudo Internacional sobre Educação Cívica e da Cidadania, cuja população-alvo foi definida como sendo o aluno com oito anos de escolaridade, desde que com idade acima de 13,5 anos, ou com nove anos, se mais novo.
Segundo o Helsinki Times (edição de 5/11-8-2010, n.º 31, a pp. 4), os jovens finlandeses estão entre os mais conhecedores das questões sociais (na sequência dos excelentes resultados nos testes PISA: 1.º lugar mundial em 2006), mas também os menos interessados numa participação activa. Só os jovens sul-coreanos demonstram menos interesse geral nos partidos políticos (apenas 13%, contra 27% dos finlandeses e 48% da média internacional) e apenas os belgas e checos têm menos interesse em aderir a um partido político (12% dos finlandeses e 27% da média internacional).
No entanto, os finlandeses depositam uma elevada confiança nas suas instituições, como a polícia e as forças de defesa e segurança (90%, muito acima da média internacional), o governo (82%, contra 62% dos jovens dos outros países representados), a comunicação social (80%, face aos 60% da média internacional), os partidos políticos (61%, comparados com os 41% das restantes nacionalidades). As instituições que merecem menos confiança dos jovens finlandeses são o mercado e as comunidades religiosas.
A coordenadora finlandesa do estudo é da opinião que falta responsabilidade social aos jovens finlandeses e que essa cabe à escola estimular e desenvolver.
Portugal, embora seja membro institucional da IEA (representado pelo GAVE, do Ministério da Educação), não participou neste estudo.

13 agosto 2010

[1211] Na season, um momento nada silly

«Ao longo da carreira, encontrei vários tipos de adeptos (...). Mas (...) não encontrei nenhuns com a genuína paixão dos Benfiquistas. É quase inexplicável. Sente-se olhando fundo nos olhos das pessoas. Sente-se nas manifestações espontâneas nas ruas, nos restaurantes, no estádio. Sente-se nas cartas que recebemos (...).
Quem já passou pelas mesmas situações - em países diferentes, com clubes diferentes e adeptos diferentes - sabe distinguir claramente os sentimentos. Aqui é distinto. Garanto!
O Benfica é um clube muito especial. (...) foi-me conquistando e convencendo com factos. É daqueles clubes que te surpreende dia após dia. Quando conto isto a alguns colegas de outros clubes, eles estranham. Como é que alguém que passou pelo Real Madrid ou pelo Barcelona se pode surpreender? A explicação é simples. O Real ou o Barça são como teatros gigantescos e nós, os jogadores, somos os actores principais de uma grandiosa encenação. No Benfica é outra coisa, mais ligada ao sentimento, ao povo, à paixão. Vem das raízes, é genuíno.
(...) No meio das montanhas [durante o estágio na Suíça], num local que nem vem no mapa, havia centenas de Benfiquistas a apoiar-nos. Após o primeiro treino, liguei à minha mãe e disse:"Mãezita, este clube é impressionante!"».
(Javier Saviola, aqui)

12 agosto 2010

[1210] It's the culture, man!

Os computadores são hoje, para o ensino, uma espécie de "3 in 1": máquina de escrever, calculadora e atlas. E, já nesses tempos idos, quem tivesse essas três ferramentas nunca seria um bom aluno se soubesse apenas manuseá-las. Continuava a ser preciso que escrevesse bem, que soubesse história, filosofia, lógica, ciências e línguas.

[1209] Neoesclavagismo

Escraviza-se o trabalhador, fazendo-o penar até não ter nem força nem tempo para mais nada. Para ler, para viajar, para socializar. Para tratar dos netos. Já alguém avaliou a falta que os avós fazem no desenvolvimento das crianças? E no voluntariado social e cultural, muitas vezes assegurado por reformados?
Por outro lado, é inadequado fixar uma idade muito avançada para aposentação/reforma, sem considerar a alta taxa de desemprego dos jovens. Estamos a forçar o trabalho sénior sem proteger o trabalho júnior. E sem atender às diferenças significativas da esperança média de vida entre povos. Um trabalhador sueco ou espanhol que se aposente aos 65 anos tem ainda a esperança de viver mais 16 anos (a média de homens e mulheres); o português viverá apenas mais 13 anos.
Finalmente, um povo esgotado é um pouco apático, que não se ocupa das questões cívicas e democráticas. Mas deve ser isso mesmo que se pretende. Mais idosos, menos jovens. Mais conformismo, menos criticismo.
(Núncio / Portugal Real, comentário a "Alemanha quer passar idade de reforma para 70 anos", Expresso on line, 12-8-2010)

10 agosto 2010

[1208] Autónomo, mas pouco

A «autonomia externa de "mão estendida"» a que se refere, e bem, Maria José Morgado não é figura de retórica judiciária nem soundbite publicitário. É a mais realista e desconsolada descrição do Ministério Público português.
A guia de transporte ainda não foi emitida? Pede-se à funcionária da contabilidade. É preciso um telemóvel para um procurador? Telefona-se ao chefe de divisão. Falta um computador num gabinete? Contacta-se o director de serviços. A aplicação informática está muito pesada? Fala-se com o subdirector-geral. A sala de audiências é desajustada? Solicita-se a intervenção do director-geral. O novo regulamento não trouxe melhorias? Roga-se ao secretário de Estado. O subsídio de compensação está desactualizado? Tenta convencer-se o ministro.
O MP de mão estendida perante a Administração Pública. Cuja hierarquia é o Governo, chefiado pelo Primeiro-Ministro.

[1207] Humor estival: fruta ou chocolate?

Uma senhora entra numa confeitaria e pede uma torta "Negra Maluca" (uma especialidade da doçaria brasileira). O empregado, embaraçado, diz à cliente que, hoje em dia, pode ser mal interpretada, devido às novas normas penais, civis e administrativas ligadas ao comércio justo, à Ética do Consumidor e aos Direitos Humanos.
- Mas já a minha avó fazia a torta com esse nome. Então, como é que se chama agora?
- Torta da Afro-descendente com Distúrbio Neuro-psiquiátrico.
(enviada por e-mail: cortesia do leitor "papasierra")

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