Terapia política. Introspecção psicossocial. Análise simbólica.

14 agosto 2010

[1212] Civismo e cidadania no mundo: o exemplo finlandês

A IEA, International Association for the Evaluation of Educational Achievement - uma organização científica internacional sem fins lucrativos - tem conduzido vários estudos comparativos, o último dos quais, em 2009, o INTERNATIONAL CIVIC AND CITIZENSHIP EDUCATION STUDY (ICCS), o Estudo Internacional sobre Educação Cívica e da Cidadania, cuja população-alvo foi definida como sendo o aluno com oito anos de escolaridade, desde que com idade acima de 13,5 anos, ou com nove anos, se mais novo.
Segundo o Helsinki Times (edição de 5/11-8-2010, n.º 31, a pp. 4), os jovens finlandeses estão entre os mais conhecedores das questões sociais (na sequência dos excelentes resultados nos testes PISA: 1.º lugar mundial em 2006), mas também os menos interessados numa participação activa. Só os jovens sul-coreanos demonstram menos interesse geral nos partidos políticos (apenas 13%, contra 27% dos finlandeses e 48% da média internacional) e apenas os belgas e checos têm menos interesse em aderir a um partido político (12% dos finlandeses e 27% da média internacional).
No entanto, os finlandeses depositam uma elevada confiança nas suas instituições, como a polícia e as forças de defesa e segurança (90%, muito acima da média internacional), o governo (82%, contra 62% dos jovens dos outros países representados), a comunicação social (80%, face aos 60% da média internacional), os partidos políticos (61%, comparados com os 41% das restantes nacionalidades). As instituições que merecem menos confiança dos jovens finlandeses são o mercado e as comunidades religiosas.
A coordenadora finlandesa do estudo é da opinião que falta responsabilidade social aos jovens finlandeses e que essa cabe à escola estimular e desenvolver.
Portugal, embora seja membro institucional da IEA (representado pelo GAVE, do Ministério da Educação), não participou neste estudo.

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