«(...) se a chegar ao Governo, a dra. Ferreira Leite extinguirá o pagamento especial por conta que a dra. Ferreira Leite criou em 2001; a primeira-ministra dra. Ferreira Leite alterará o regime do IVA, que a ministra das Finanças dra. Ferreira Leite, em 2002, aumentou de 17 para 19%; promoverá a motivação e valorização dos funcionários públicos cujos salários a dra. Ferreira Leite congelou em 2003; consolidará efectiva, e não apenas aparentemente, o défice que a dra. Ferreira Leite maquilhou com receitas extraordinárias em 2002, 2003 e 2004; e levará a paz às escolas, onde o desagrado dos alunos com a ministra da Educação dra. Ferreira Leite chegou, em 1994, ao ponto de lhe exibirem os traseiros.»
(Manuel António Pina, "Tempo de autocrítica", JN, 28-8-2009)
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Manuel António Pina equivoca-se e o leitor anónimo faz mal em reproduzir, acriticamente, esse equívoco.
1. Não foi MFL que criou, por lei, o PEC em 2001 (aliás, uma cuidada e imparcial análise constataria que nesse ano era ministro das Finanças Pina Moura, tendo MFL tomado posse em Abril de 2002).
2. MFL subiu efectivamente a taxa legal do IVA para 19%, mas não foi com ela que se atingiu o valor mais alto, tendo a taxa subido ainda mais (para 21%) com o actual governo.
3. Não foram todos os salários dos funcionários públicos "congelados", foram aqueles cujo montante era superior a 1000 euros.
4. Todos os anos económicos da actual legislatura tiveram receitas orçamentais extraordinárias, não sendo as do período 2002/2004 nada excepcionais.
5. Não foi perante MFL que alguns jovens baixaram as calças e exibiram os traseiros, foi perante Couto dos Santos.
Cinco imprecisões em dez linhas é obra! Mais cuidado a subscrever artigos, caro leitor...
(Núncio, comentário a "Leitura recomendada", Jamais, 4-9-2009)
2 comentários:
Engana-se! Foi de facto a Manuela Ferreira Leite que os estudantes baixaram as calças. Ela propria comentou isso há algum tempo. Mas ja nos habituamos às imprecisoes precisas quando se trata de obsessivamente defender MFL
A obsessão será certamente sua, pois é falso que tenha sido MFL a visada pelo acto que viria a servir para Vicente Jorge Silva chamar aos envolvidos a "geração rasca".
O visado, reafirmo-o, foi Couto dos Santos, em 1993.
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