Que dia horrível!
Esta manhã soube que um amigo, alemão, tentou suicidar-se pelo mesmo meio do malogrado Enke. Está em situação clínica crítica e deixa a mulher e os dois filhos perplexos e confusos.
Acabo de ler esta notícia do menino transmontano, episódio que considero muito grave, intolerável. Como é possível permitirmos que se desestruture, à nossa frente, a família, esta sociedade, um povo? A crueldade do "bullying", a indiferença de pais e professores, o desprezo político pela escola, a relatividade da vida...
A desregulação dos costumes e, ao mesmo tempo, a hiper-regulação procedimental do quotidiano é um paradoxo marcado pelo desprezo do indivíduo. Nada importa a não ser uma certa ideia de progresso que mais não é do que um cemitério de valores e afectos...
(Núncio, comentário a "Criança que se lançou ao rio Tua era há algum tempo agredida verbal e fisicamente", Público on line, 4-3-2010)
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