José Pacheco Pereira, embora estudioso e sério, cansa. Como cansam Marcelo Rebelo de Sousa, António Vitorino, Carlos Abreu Amorim e tantos outros. Portugal não precisa de mais comentadores. Precisa de exemplos. Precisa de coragem.
Terapia política. Introspecção psicossocial. Análise simbólica.
Mostrar mensagens com a etiqueta Pacheco Pereira. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Pacheco Pereira. Mostrar todas as mensagens
12 junho 2010
13 fevereiro 2010
[1100] A Pacheco o que é de Pacheco
É justo, e oportuno, lembrar que, primeiro de todos e muito antes do tempo, José Pacheco Pereira descreveu, analisou, advertiu, interpretou, esmiuçou. Foi ignorado, quando não ridicularizado. A resposta está aí. Para quem souber ver, ouvir e ler.
28 maio 2009
[872] As palavras dos outros (41): geração "marketista"?
«(...) Na verdade pensar que Sócrates merece ser chamado de fascista até é um elogio, dá a entender que ele é alguma coisa que termine em ista, e que vem de uma coisa que termina em ismo. Fascista, comunista, socialista, alguma coisa que implique um conjunto ordenado de posições, isso não é com ele, nem com a sua geração. Há demasiado ensino a martelo, demasiadas juventudes partidárias, demasiada carreira intra-partidária, demasiado yuppismo (bom, neste caso é um ismo...) para ser alguma coisa de ideológico.
Sócrates a quem este “momento Chávez” correu mal, saiu pela porta dos fundos às pressas porque não é muito da escola de Mário Soares e não confronta as situações, logo perde-as sempre. Soares que foi mais feito pela vida do que pela propaganda era, para adoptar a peculiar linguagem “artística” da Escola António Arrioio, “coragista”, tinha “coragismo”. Sócrates é “marketista”, tem “marketismo”. Espero que da próxima vez que for à escola António Arroio, os “artistas” da casa em vez de lhe chamar “fascista” que é uma asneira e um abuso, lhe chamem “marketista” que é uma verdade como um punho. Como aquele que havia no símbolo do PS antes da rosa.»
11 maio 2008
[580] A virtuosa autenticidade
"Por tudo isto, agradeço aqui ao realizador da entrevista da RTP que não sei quem é. Fez a melhor das propagandas, mais rara, a mais difícil de fazer, a que não se encomenda, a que não se coreografa, a que não se imita. Fez da fragilidade uma força imensa."
(Pacheco Pereira, "A face", aqui)
21 abril 2007
[476] As palavras dos outros (10): a nova doutrina do "politicamente cínico"
«(...) eu não defendo qualquer salomónica condenação do megacinismo, defendo a liberdade de se ter e defender ideias, mesmo que me sejam repulsivas. É ela a essência da liberdade de expressão e repito-o pela milésima vez: é o direito do outro pensar de uma forma que me parece no limite obscena e vergonhosa. Mas é assim a liberdade e qualquer criminalização do pensar e do dizer é liberticida.
A obsessão actual de criar sociedades "limpas" da violência, da mentira, da crueldade, do racismo, da xenofobia é um dos aspectos mais liberticidas em curso nas democracias ocidentais e tem vindo a agravar-se nos EUA e na Europa.
Do tabaco ao Holocausto, da pornografia ao fast food, dezenas de leis nos protegem do mal. Pode-se dizer que criminalizar a negação do Holocausto não é a mesma coisa que proibir fumar em público. De facto não é, é mais grave. Mas a atitude geral é a mesma absurda, prepotente, liberticida obsessão que nos chega do Estado e dos governos em obrigar-nos a "viver bem" e a "pensar bem", ou a ir para a prisão.»
(J. Pacheco Pereira, "Um mau caminho para a liberdade", Público, 21-4-2007)
23 setembro 2006
29 abril 2006
[254] Os blogues dos outros: tácticas abruptas
«(...) o Governo cedeu à tentação de dizer que o que estava a fazer era uma luta contra os "privilégios" de muitas classes profissionais e com isso deslegitimou-os na sua respeitabilidade social.
«Hoje sabemos o efeito dessa táctica comunicacional: deixou cada grupo profissional de per si, socialmente isolado, face a uma opinião pública hostil, mas azedou irremediavelmente o ambiente dentro de cada corporação e grupo entrincheirados contra o Governo. Fez as corporações e os grupos profissionais fracos por fora e fortes por dentro. Uma segunda vaga ainda mais dura de medidas de austeridade e contenção vai dar origem a conflitos sociais mais tenazes. Os comportamentos desesperados vão ser mais comuns, a resistência maior.»
(José Pacheco Pereira, "Quem paga a crise?", in Público, via Abrupto, 27-4-2006)
*
Já aqui se disse (posts mais recentes sobre o assunto: [227] "Exclusivamente juízes e deputados!"; [219] "Modelo nórdico ou latino?"; [206] "Sábado à tarde: a imbecilidade [201], parte II"; [198] "Early night: entre dois pingos de chuva..."), provavelmente sem o brilho de JPP, que esta hostilização ou esta "domesticação" de certas carreiras ou classes é errada, injusta e contraproducente.
Em primeiro lugar, trata-se de carreiras cuja independência (magistrados ou jornalistas) ou auto-gestão (docentes ou médicos) é essencial, nuns casos, e útil, noutros, à democracia social e ao "Estado moderno" (embora não goste muito desta designação).
Em segundo lugar, qualquer reestruturação dessas carreiras - nos seus aspectos relativos a recrutamento, remunerações e abonos, aposentação, métodos e instrumentos de trabalho, etc. - só será (plenamente) eficaz com a compreensão e adesão dos próprios. A menos que se queiram impor pela força totalitária!
Em terceiro lugar, os governos existem para resolver os problemas das populações e dignificar o Estado... não para criar (mais) problemas, afrontando cidadãos e ofendendo categorias profissionais ou sociais!
Subscrever:
Mensagens (Atom)