Terapia política. Introspecção psicossocial. Análise simbólica.
31 julho 2009
26 julho 2009
[916] Corpo em acção
Ironicamente, num tempo tão anti-corporativo, o GBLT tornou-se na maior e mais poderosa corporação que nenhum primeiro-ministro rosa poderia ignorar...
(Núncio, comentário a "Da coerência e do tacho", SIMplex, 26-7-2009)
[915] Ministério do quê?
Estas políticas culturais erráticas e desconxavadas devem-se, em parte, à teimosa e parola existência de um "Ministério" da Cultura. Tirando talvez Teresa Patrício Gouveia e Manuel Maria Carrilho, algum dos governantes da área deixou "marca", como agora se diz?
(Núncio, comentário a "Museu da Viagem?", SIMplex, 26-7-2009)
21 julho 2009
[914] LisBOA ALIANÇA
«(…) definição de “posturas” estratégicas [que] transformará, à luz de um pragmatismo cego, os partidos em plataformas formais de negociação no acesso ao poder, destituindo-os das suas identidade ideológicas…»
Gosto desta frase, reflexo de uma boa análise de quem está atenta aos perigos do acesso ao poder, em si mesmo, sem missão nem visão.
Mas não é o “acordo coligatório” (grrrr!) em Lisboa o resultado de um pragmatismo cego, apenas com um objectivo: que determinado candidato não vença, custe o que custar?
(...) acha natural (e desejável) que uma candidatura agrege tantas correntes e movimentos que se torne quase impossível definir os seus traços identitários e a sua linha programática?
E não, não me diga que é tudo “Esquerda” porque ambos sabemos que não é resposta. Se fosse, teríamos o sistema partidário norte-americano, só dois partidos.
(...) não tendo nenhum prazer em acertar previsões, temo que uma aliança tripartida (PS+Lisboa é Gente+Cidadãos com Lisboa, sem esquecer o “independente” Salgado e os apoios tão extremos como Saramago e Júdice) se torne num projecto sem consistência, sem identidade.
E, lembro, uma candidatura tão “versátil” sobre a qual ainda paira essa dúvida: que fará Costa (e, sucessivamente, Roseta) se o PS entrar em sucessão directiva mais cedo do que o previsto? O n.º 1 e a n.º 2 abandonam a CML?!
Gosto de António Costa, mas acho que, desta vez, a reconhecida sensatez e habilidade política foram cegadas pela obsessão anti-PSL.
(Núncio, comentários a "A gravidade do risco democrático", Ana Paula Fitas, Eleições 2009, 18-7-2009)
20 julho 2009
[913] Corrupção política, disse ele!
O Loureiro ou o Carvalho cometeram essas alegadas fraudes (se é que as cometeram, não sabemos ainda) no exercício de funções públicas? Eram ministros ou secretários-gerais ou deputados e, nessa qualidade, assinaram contratos ou autorizaram despesas públicas? Integravam ou representavam os órgãos dirigentes do PSD? Ou foi no mero plano totalmente privado, na gestão de negócios seus?
Se, de hoje para amanhã, os cidadãos Ruben de Carvalho ou Bernardino Soares ou Helena Roseta ou Cipriano Justo praticarem irregularidades ou ilegalidades na compra e venda de bens móveis ou imóveis ou em quaisquer negócios que, a título individual e privado, celebrarem, devem ser os partidos ou movimentos a que pertencem responsabilizados e enxovalhados? Ou os vossos amigos, pessoais ou políticos? Devem Carlos Carvalhas, Jorge Sampaio ou António Costa e o PCP, o PS ou os “Cidadãos por Lisboa” ser equiparados a arguidos ou suspeitos?
Creio que ambos[, caro Cipriano] sabemos a resposta a estas perguntas…
(Núncio, comentário a "Mais um", Cipriano Justo, Eleições 2009, 20-7-2009)
19 julho 2009
[910] Vá, percam lá. Também quero jogar!
«Tenho muita expectativa de que o PSD consiga encontrar, quanto mais não seja pela lei da gravidade política, o caminho certo e o discurso certo daqui até às eleições.
(...) tenho um projecto que podia caracterizar como de mobilização e de prosperidade relativamente ao futuro do país. Continuarei a defendê-lo hoje e se houver no futuro necessidade de as voltar a protagonizar ao nível do PSD, não estou diminuído na possibilidade de me voltar a candidatar a presidente do PSD.»
(Pedro Passos Coelho, "PSD tem de ter as mesmas condições que teve o PS", DN, 18-7-2009)
*
«Será que PPC prefere uma vitória de JS, neste meio tempo enquanto não é líder, a uma vitória do seu próprio partido? Poderá ser-se assim tão calculista?»
(Núncio, comentário a "Legislativas (5)", Delito de Opinião, 19-7-2009)
[909] True lies
«Qual é a sua relação com Manuela Ferreira Leite?
Manuela Ferreira Leite é uma amiga de família e eu tenho muito apreço pessoal por ela.»
Manuela Ferreira Leite é uma amiga de família e eu tenho muito apreço pessoal por ela.»
(João Tiago Silveira, "Sou amigo pessoal de Ferreira Leite", DN, 18-7-2009)
*
Bem, já se sabia que a política era a "arte do possível", mas parece quase impossível garantir amizade a alguém que, nas palavras quase diárias do próprio, ali pela hora do telejornal, "falta à verdade" sobre quase tudo. Ou será que a falta não é de verdade, mas de vergonha na cara?
12 julho 2009
[908] Qualificar ou mistificar?
O trabalho precário combate-se politica e eticamente. Não se combate certificando qualificações que as pessoas não detêm nem criando a ilusão de que se pode detê-las em 6 meses.
Ser qualificado ou culto dá muito trabalho: são meses, anos, uma vida de leitura, de reflexão, de formação, de investigação.
É muito triste ler o texto de, supostamente, um académico (doutorado?) em que, contra ele próprio, desvaloriza o esforço, a persistência, a qualidade.
(Núncio, comentário a "As Novas Oportunidades contra o imobilismo social", Carlos Santos, O Valor das Ideias, 11-7-2009)
05 julho 2009
[907] As palavras dos outros (49): diz-me que maquilhagem usas, dir-te-ei quem és...
«O pressuposto é o de que a governação se define através das aparências, ou do "estilo", e que um novo "estilo" fatalmente conduzirá os eleitores a uma nova avaliação da governação.»
(Alberto Gonçalves, "O menino de ouro da SIC", DN, 21-6-2009)
03 julho 2009
[906] As palavras dos outros (48): "solidários até à medula"
"O amor ao próximo não tem passaporte."
(José Cura, Pavilhão Atlântico, 2-7-2009)
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