Terapia política. Introspecção psicossocial. Análise simbólica.
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27 setembro 2011

[1370] Verde plástico

Na fila do supermercado, o empregado diz a uma cliente idosa:
- A senhora deveria trazer os seus próprios sacos de compras, uma vez que os sacos de plástico não são amigos do meio ambiente.
A senhora, envergonhada, pediu desculpas e disse:
- Não havia essa onda verde no meu tempo. Sabe, eu já tenho 75 anos...
O empregado respondeu:
- Esse é exatamente o nosso problema, minha senhora. A sua geração não se preocupou o suficiente com o meio ambiente.
- Você está certo - responde a velha senhora. A nossa geração não se preocupou suficientemente com o meio ambiente. Na minha época, as garrafas de leite, refrigerante e cerveja eram entregues na loja para serem devolvidas à fábrica, onde eram lavadas, esterilizadas e reutilizadas.
Realmente não nos preocupámos com o meio ambiente no nosso tempo. Subíamos e descíamos as escadas, pois não havia escadas rolantes nas lojas e nos escritórios. Caminhávamos pelas ruas, ao invés de usar o nosso carro de 300 cavalos de cada vez que precisamos ir à mercearia a dois quarteirões.
Mas tem razão. Não nos preocupávamos com o meio ambiente. As fraldas dos bebés eram lavadas, porque não havia fraldas descartáveis. As roupas secavam não nestas máquinas bamboleantes de 220 volts. A energia solar e eólica é que realmente secava as nossas roupas. Os meninos usavam as roupas que tinham sido dos irmãos mais velhos e não roupas sempre novas, compradas todos os anos.
Mas é verdade: não havia nenhuma preocupação com o meio ambiente. Naqueles dias só tínhamos uma TV ou um rádio em toda a casa e não um aparelho em cada divisão. E a TV tinha um ecran do tamanho de um lenço, não um do tamanho de um estádio, que depois será reciclado como?
Na cozinha, tínhamos de bater tudo com as mãos porque não havia máquinas eléctricas, que fazem tudo por nós. Quando embalávamos algo um pouco frágil para o correio, usávamos jornal amachucado para protecção, não envelopes de plástico que duram cinco séculos para começar a degradar. Naqueles tempos não se usava um motor a gasolina para cortar relva, era utilizado um cortador que exigia músculos. O exercício era extraordinário e não precisávamos de ir ao ginásio andar em esteiras que gastam electricidade.
Mas tem razão, rapaz: não havia nenhuma preocupação com o meio ambiente. Bebíamos directamente da fonte, quando estávamos com sede, em vez de usar copos de plástico e embalagens tetrapack que agora enchem os oceanos. Recarregávamos as canetas com tinta vezes sem conta, ao invés de comprar uma todos os meses. Afiávamos as navalhas, e vez de deitar fora todos os aparelhos descartáveis e poluentes só porque a lámina ficou sem corte.
Na verdade, tivemos uma onda verde naquela época. As pessoas andavam de eléctrico ou autocarro e os meninos iam de bicicleta ou a pé para a escola, não usavam a mãe como um serviço de táxi 24 horas. Tínhamos só uma tomada em cada quarto e não um quadro de tomadas em cada parede para alimentar uma dúzia de aparelhos. E nunca precisámos de um GPS que recebe sinais de satélites a milhas de distância no espaço só para encontrar a pizzaria mais próxima.
Então, rapaz, não é irónico que a sua geração fale tanto em meio ambiente, mas não quer abdicar de nada e viver um pouco como na minha época?
(autor desconhecido; cortesia do leitor Panfúcio)

20 dezembro 2009

[1077] Serviço público (31): “Dê uma tampa à indiferença”

A Associação de Encarregados de Educação dos Alunos da Escola Secundária Rainha D. Leonor, em colaboração com o Rotary Club de Sintra, está a desenvolver um projecto de solidariedade social em que a instituição beneficiária é o Centro Social e Paroquial de São João de Brito, que se situa na área daquela escola (Bairro de Alvalade, Lisboa).
O projecto consiste na recolha de tampas de plástico que, posteriormente, são remetidas a uma empresa de reciclagem. Por cada tonelada recolhida é possível adquirir uma cadeira de rodas. O objectivo é oferecer uma cadeira de rodas àquele Centro até ao final do corrente ano lectivo; por isso, é necessária a colaboração de todos para concretizar este objectivo.
O Rotary Club de Sintra deu início a este projecto em 2005 e, até ao momento, já entregou 270 cadeiras de rodas a diversas instituições e particulares do município de Sintra.
Não fique indiferente, colabore com este projecto!

21 maio 2006

[304] Serviço público: o esforço particular

Verdadeira marca de cidadania é a que J. M. Ferreira de Almeida deixa em http://planeardireito.blogspot.com/ e http://conservardireito.blogspot.com/. Portugal avança com uma academia, uma sociedade civil, um espírito democrático deste nível!

[303] Serviço público: o PNPOT

De 17 de Maio a 9 de Agosto, os cidadãos têm a oportunidade (para não dizer o dever) de participar na discussão pública da proposta técnica do PNPOT - Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território, coordenado pelo Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional.
O sítio http://www.territorioportugal.pt/ tem todas as informações necessárias e, no conforto de nossas casas, nas universidades, nos cafés cibernéticos e nos "hotspots" por esse país afora, podemos deixar as nossas opiniões, convicções, pareceres, sugestões, tudo em nome de um território mais protegido, equilibrado, harmonioso, ordenado. Todo o desenvolvimento e toda a coesão nacionais passam por aí (v. o que se disse, mais recentemente, em "[295] Pobretes, mas alegretes", "[292] Portugal para todos" e "[289] Sete palmos de terra").
E reitero aqui o que já tive ocasião de dizer, no âmbito profissional, à comissão de redacção da proposta e de que também deixei nota em http://quartarepublica.blogspot.com/2006/05/um-importante-debate-pblico.html: não há qualquer razão para que a Justiça esteja quase desconsiderada neste Programa, uma vez que - o que me parece indiscutível - os equilíbrios institucionais, sociais e económicos decorrentes da aplicação da Justiça dependem também de adequadas circunscrições judiciárias e compaginadas com o modelo de ordenamento do território.

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