Não conhecia esse episódio, mas não me surpreeende nem um pouco. Fui aluno do Prof. JM e, apesar de uma excessiva atitude paternalista para uma academia, conheço bem as suas qualidades pessoais e intelectuais. É um constitucionalista emérito, um homem isento, um humanista e de elevado sentido ético e público.
Dito isto, não creio que esteja em causa, neste desagradável episódio da escolha do Provedor de Justiça, as qualidades de JM, como certamente não estiveram as de Laborinho Lúcio ou de António Arnaut (se é que estes nomes foram apresentados na negociação).
Julgo que se trata, na esteira do que sugere Paulo Gorjão, mais de uma questão pessoal entre JS e MFL, cujas relações parece estarem a tornar-se insuportáveis. Nenhum sai bem na fotografia, sobretudo JS que, tendo aqui oportunidade de mostrar que Nascimento Rodrigues ("Eles comem tudo e não deixam nada") não foi imparcial, acaba por confirmar a imagem de obstinação e de poder absoluto que se tem construído.
(Núncio, comentário a "Outlier: Jorge Miranda", Pedro Magalhães, Margens de Erro, 22-3-2009)
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