A 2.ª [questão: "Sócrates tem outros colos, é homossexual"] é meramente do foro privado (por muito que uns tontos gritem aos quatro ventos o que fazem na cama, a sexualidade é aspecto da nossa intimidade mais reservada) e ser gay não deve tirar nem dar votos. É completamente irrelevante, do ponto de vista político, a menos que o exercício dessa sexualidade esteja ligada a comportamentos ilícitos ou censuráveis.
A 3.ª [questão: "Bacharelato – Licenciatura - Mestrado"] diz muito sobre o carácter de um político que, sendo deputado, secretário de Estado e ministro, não se importa de se formar numa Universidade de duvidosa credibilidade académica só para ter um canudo, alinhando em esquemas que, sendo da responsabilidade administrativa e pedagógica do estabelecimento de ensino, não deveriam ser aceites por um aluno médio, muito menos um aluno sob escrutínio democrático.
A 4.ª [questão: "Não é engenheiro, mas assina projectos de engenharia] é uma imposição legal e estatutária. Advogado é o licenciado em Direito que foi aceite na Ordem dos Advogados, Farmacêutico é o licenciado em Farmácia que foi aceite na Ordem dos Farmacêuticos, Engenheiro é o licenciado em Engenharia que foi aceite na Ordem dos Engenheiros.
A 1.ª e a 5.ª [questões: investidas "Freeport" (camp. eleitoral 2005 e 2009)] são do foro jurisdicional (suspeitas de corrupção) e político (independentemente do resultado do processo criminal, há uma actuação política censurável, que decorre do facto de um Conselho de Ministros ter aprovado legislação e regulamentação que viola normas comunitárias e nacionais, à pressa, no exercício de funções de mera gestão, 3 dias depois de um acto eleitoral que derrotou o partido que suportava esse governo).
(Núncio, comentário a "Sócrates garante que não conhece Charles Smith", Expresso online, 24-1-2009)
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