Terapia política. Introspecção psicossocial. Análise simbólica.

27 setembro 2014

[1432] Os pontos das pastas (VI): terceira (e última?) avaliação do Governo actual

Avançamos para a terceira avaliação do XIX Governo Constitucional (1), em funções há três anos (feitos em 20.06.2014). Os critérios e as ponderações são as de sempre: (2) competência técnica (de 0 a 7 val.), (3) capacidade de execução do programa (de 0 a 6), (4) densidade do discurso político (de 0 a 4) e (5) poder comunicacional (de 0 a 3).
A pontuação total (6) corresponde à soma dos pontos obtidos nos quatro critérios, na escala habitual (0-20 valores= 7+6+4+3).
*
(1) Ministros   / (2) Compet. / (3) Execução / (4) Discurso / (5) Comun. / (6) Total / (7) Obs.
Paulo Macedo .......5.5 ............... 4.5 .............2.5 .......... 1.5 ......... 14.0
Aguiar Branco ...... 4.5 ............... 5.0 ............ 2.5 .......... 1.0 ......... 13.0
J. Moreira da Silva.. 4.5 ............. 3.5 ............ 2.0 .......... 1.5 .......... 11.5
Miguel P. Maduro... 4.0 .............. 3.0 ............ 3.0 .......... 1.5 .......... 11.5      (+)
Pires de Lima....... 4.0 ............... 3.5 ............ 2.0 .......... 1.5 ......... 11.0       (+)
Paulo Portas ........ 4.0 ............... 3.0 ............ 2.0 .......... 2.0 ........  11.0        
Nuno Crato ......... 4.5 ............... 2.5 ............ 2.5 .......... 1.0 ......... 10.5       (-) (R)
Maria Luís A. ........ 4.0 ...............3.5 ............ 1.0 ...........2.0 ......... 10.5      (+)
P. Passos Coelho ... 3.5 .............. 3.5 ............ 1.5 .......... 1.5 ......... 10.0 
Paula T. da Cruz ... 3.5 ............... 3.0 ...........  2.5 .......... 1.0 ......... 10.0       (-) (R)
Assunção Cristas ... 3.0 .............. 3.0 ............ 1.5 .......... 2.0 .......... 09.5
Marques Guedes.... 3.5 .............. 3.5 ............ 1.0 .......... 1.0 .......... 09.0     
Rui Machete..........3.5 .............. 3.5 ............ 1.0 .......... 0.5 ......... 08.5
Miguel Macedo ..... 3.0 ...............3.0 ............ 1.5 .......... 1.0...........08.5
Mota Soares ........ 3.0 .............. 3.0 ............. 1.0 .......... 1.5  .........08.5       
       
*
O campo das Observações (7) regista a perspectiva, positiva (+) ou negativa (-), para a próxima avaliação ("R" significa "remodelável"), se a houver (eleições na Primavera?).
Em resumo, quatro avaliações negativas, cinco sofríveis, Paulo Macedo e Aguiar Branco continuam na cabeça do pelotão e há duas estrelas ascendentes, Poiares Maduro e Maria Luís.  Vítor Gaspar não resistiu mesmo à falta de "mundo real" e a Justiça e a Educação, pese embora tenham titulares reconhecidos, parecem não resistir à inabilidade política para reformas técnicas.

[1431] Janela indiscreta (21): a quem interessa uma cidadania por «castas»?

Alguns parecem esquecer que a verdadeira cidadania não distingue os seus membros entre políticos e não políticos. Isso era no tempo da polis, em que a "democracia ateniense" apenas acolhia homens adultos e livres, logo afastando mulheres, estrangeiros e escravos.
O corolário dessa isonomia é a igualdade de todos perante a Lei, o Direito e a Justiça. E essa igualdade leva-nos à questão dos deveres e dos direitos. Os cidadãos que, em representação dos seus pares, exercem cargos ou funções públicos, gozam das mesmas prerrogativas próprias de um Estado de Direito, como o direito ao bom nome, a presunção de inocência (da qual decorre a regras de que quem acusa é que tem de provar) ou o direito à reserva da sua privacidade. 
Qualquer outra interpretação só seria legítima num Estado neocorporativo, oligárquico ou até oclocrático. Os políticos, que - pelo menos em República - exercem funções temporariamente, são do povo e governam pelo povo e para o povo. E eu não quero fazer parte de um povo "voyeurista", maniqueísta, alienado ou menorizado.
Parece que, muitas vezes, demasiadas vezes, nos esquecemos de que, num Estado de Direito democrático, não há "eles" e "nós" e de que, dada a mobilidade social, a plena capacidade eleitoral activa e passiva e a limitação de mandatos, (quase) todos podem vir, mais cedo ou mais tarde, a estar no lugar "deles", ou seja, hoje somos representados por pares nossos, amanhã poderemos vir a representá-los, com a plenitude dos nossos direitos e deveres cívicos.
Pressupor que um concidadão, por estar na política, é vigarista ou aldrabão é exactamente o mesmo que atribuir a outras classes de concidadãos (professores, diplomatas, comerciantes, magistrados, empresários e muitos outros) todos os vícios da humanidade. E coitados daqueles que tiverem mais do que uma actividade ou profissão...

[1430] Portugal é mais do que futebol (72): e a pequena bola continua a saltar...

Portugal é já uma das quatro melhores selecções europeias de ténis de mesa, sem chineses. Parabéns, João Monteiro, Marco Freitas e Tiago Apolónia!

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