Terapia política. Introspecção psicossocial. Análise simbólica.

22 dezembro 2008

[734] Força, PM! Estamos consigo! Vá em frente!

Devemos ter (e é, muitas vezes, um acto cívico) convicções políticas. Podemos até ter (e a democracia vive disso) militância partidária ou participação associativa. Mas não podemos, de todo, ser intelectualmente desonestos. Muito menos um jornal chamado de referência!
MFL não será a líder mais entusiasmante do espectro partidário. Nem será sequer o candidato mais evidente a primeiro-ministro. Mas nada justifica a campanha destrutiva, de que esta secção é exemplo reiterado, que está em curso. Curiosamente alimentada, em parte, por muitos dos que defendiam que só a credibilidade e honestidade de MFL poderiam impedir a falência do PSD. Lembram-se?
Se repararem, MFL - que não governa - está sistematicamente em "baixa". Ora porque calou, ora porque falou. Para uma certa imprensa, nada do que diz ou faz é acertado. Nada! Como se de quem governa se pudesse dizer coisa muito diferente...
A ironia (pelos vistos, a imprensa nem sequer distingue uma figura de estilo) é que nenhum outro líder teria apreciação positiva, por isso nem vale a pena o PSD (ou outro partido da oposição) mudar. Para a imprensa, está tudo bem como está.
(Núncio/Portugal Real, "Basta": comentário a «Altos e baixos - de Mário Soares a Manuela Ferreira Leite», de João Garcia, Expresso online, 22-12-2008)
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Adenda:
Não posso acreditar que o eleitorado, pelo menos o atento e esclarecido, se convença que alguém que foi consultora do Banco de Portugal, líder da bancada parlamentar, secretária de Estado do Tesouro, ministra da Educação, ministra das Finanças, deputada, conselheira de Estado e sei lá mais o quê só diga disparates e tonterias!
Note-se que diria o mesmo de figuras de outros partidos e movimentos e que, estranhamente ou não, também têm "baixa cotação" na imprensa. Por exemplo, não admiro particularmente Paulo Portas (CDS/PP), Manuel Maria Carrilho (PS), Boaventura Sousa Santos (BE) ou Vital Moreira (PS). Mas não cometo a injustiça de achar que são uns tontos ou que só dizem disparates. Pelo contrário, acho, sobretudo nos 2.º e 4.º exemplos, que são estudiosos e dedicados. Apenas não me convencem, nada mais...
(Núncio/Portugal Real, "Basta": resposta a comentário de leitor)

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