Comemorar é homenagear o passado, dignificando o futuro.
Terapia política. Introspecção psicossocial. Análise simbólica.
Mostrar mensagens com a etiqueta 25/4. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta 25/4. Mostrar todas as mensagens
25 abril 2007
03 maio 2006
[266] Insuspeita, mas tardia, adesão?
"Não tenho dúvidas em declarar que este primeiro discurso de Cavaco Silva é o discurso estrategicamente mais bem concebido da história dos discursos presidenciais no dia 25 de Abril, e tenho presente os mais importantes de Ramalho Eanes em 1977 e 1978, e o de Jorge Sampaio em 2003. Mário Soares nunca pretendeu traçar um caminho político através desse meio."
(José Medeiros Ferreira, "A inspiração presidencial", DN, 2-5-2006: sublinhado nosso)
*
Para além do desonesto "age issue" (Cavaco inicia o mandato presidencial com 66 anos, apenas mais 4 do que Soares quando o iniciou, e, se por acaso, este foi considerado "jovem" na última campanha eleitoral, tal deve-se ao facto do candidato apoiado por JMF ter 82 anos!), registo a moderação e até adesão (parcial) ao discurso do Presidente, a contrastar com os violentos e despropositados ataques que este "bicho carpinteiro", acolitado pela mocita Amaral Dias, desferiu no Professor e até na mandatária médica-fadista.
Afinal, o que se ganha em golpes destes?
26 abril 2006
[248] Late night: adesão surpreendente
«Não votei em Cavaco Silva, mas não me lembro de um discurso presidencial dos últimos dez a quinze anos que tivesse posto assim o dedo na maior ferida portuguesa. Só por isso - e não é dizer pouco - fizeram sentido estes 32 anos do 25 de Abril.»
(Vicente Jorge Silva, "25 de Abril: as surpresas de Cavaco", DN, 26-4-2006)
25 abril 2006
[246] A encruzilhada
«Cavaco Silva sublinhou que, 32 anos após a revolução, "Portugal continua numa encruzilhada entre o passado e o futuro, continua a ser um país fortemente marcado pelo dualismo do seu desenvolvimento", lembrando as desigualdades entre o interior e o litoral e, sobretudo, as desigualdades sociais.»
(O Presidente da República, no discurso na 32.ª sessão solene comemorativa da revolução de 25 de Abril de 1974: sublinhado nosso)
*
Estar numa encruzilhada não seria demasiado preocupante (dado o contexto histórico, social e financeiro), se houvesse liderança e missão (e por liderança não entendo a voz de nenhum homem providencial; pode ser, o que nunca ocorre a ninguém, a liderança de uma equipa).
Não nos devemos esquecer que, em menos de um século, Portugal teve um duro revés histórico e económico (o Ultimatum), sofreu três revoluções ("orgulhosamente" não sanguinárias), assitiu à queda da monarquia de quatro dinastias e oito séculos, implantou três repúblicas, suportou um Estado Novo autoritário e um PREC destrambelhado, conduziu uma guerra colonial inglória e muito sofrida (embora tenha evitado, para o bem e para o mal, a II Grande Guerra) e, last but but least, aderiu ao "clube dos ricos" (sendo um remediado)...
O sinal mais preocupante, quanto a mim, desta encruzilhada e a razão por não termos, provavelmente, saído dela há mais tempo, é dado pelos protagonistas institucionais, cujos rostos - no poder político (central e local), económico, financeiro (sobretudo a Banca), sindical, social (as mesmas obras de sempre) e cultural (incluindo artístico) - continuam a ser, na maioria, os mesmos de há 30 anos atrás. Sem "recauchutagem" nem formação profissional...
Basta ver os autarcas "dinossáurios" (sem ofensa) por esse país fora e os sindicalistas "cristalizados" por essas associações fora... Atente-se no leque de titulares de cargos políticos (incluindo a Madeira, claro), onde raramente se encontra um "novo rosto" (excepção, curiosamente, para o Primeiro-Ministro, o qual, no entanto, vai beber na mesma fonte dos seus pares).
Nada disto seria grave se, ao menos, tivéssemos uma "sociedade civil" pujante, esclarecida, entusiasmada...
[245] E depois do clamor...
25/4 (1974): neste dia, o blogger, inocente, perguntava: "mas hoje não há pão?". Houve, e também paz e liberdade... embora intermitente e, por vezes, aparente.
*
Quis saber quem sou
O que faço aqui
Quem me abandonou
De quem me esqueci
Perguntei por mim
Quis saber de nós
Mas o mar
Não me traz
Tua voz.
Em silêncio, amor
Em tristeza e fim
Eu te sinto, em flor
Eu te sofro, em mim
Eu te lembro, assim
Partir é morrer
Como amar
É ganhar
E perder...
Tu vieste em flor
Eu te desfolhei
Tu te deste em amor
Eu nada te dei
Em teu corpo, amor
Eu adormeci
Morri nele
E ao morrer
Renasci.
E depois do amor
E depois de nós
O dizer adeus
O ficarmos sós
Teu lugar a mais
Tua ausência em mim
Tua paz
Que perdi
Minha dor que aprendi
De novo vieste em flor
Te desfolhei...
E depois do amor
E depois de nós
O adeus
O ficarmos sós!
(música: José Calvário; letra: José Niza; intérprete: Paulo de Carvalho)
Subscrever:
Mensagens (Atom)