Não insista, Toni. Por muita militância que se tenha - a lealdade é uma virtude - ela não pode ser o instrumento da cegueira nem da demagogia.
Portugal vive em crise desde, seguramente, o virar de século, há portanto 10 anos (para ser benévolo). Começámos a endividar-nos e, com isso, a empobrecer (todos os dados estatísticos o referem). A governação política dos últimos 10 anos foi 70% da responsabilidade do PS (estando José Sócrates, quer como ministro, quer como primeiro-ministro, em todos o sete anos socialistas) e 30% da responsabilidade do PSD. Um cada vez menos socialista e o outro cada vez menos social-democrata, porque ambos cada vez mais neoliberais.
Lembra-se dos 10 estádios de futebol? Poderíamos ter feito a festa com seis. Mas o ministro do Desporto quis mais. Creio que sabe quem é. O optimista reinante. Hoje, já não são estádios. A "modernidade que honra Portugal" (o 'soundbite' preferido) reside agora em aeroportos, comboios supersónicos e auto-estradas virtuais.
Alguém há-de pagar... Não o doce e amigo Toni, que já cá não estará.
(Núncio / Portugal Real, comentário a "Sócrates está para a justiça social como a vuvuzela para a música clássica", Expresso on line, 24-7-2010)
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