Terapia política. Introspecção psicossocial. Análise simbólica.

20 dezembro 2009

[1078] As palavras dos outros (66): as palhaçadas que nos envergonham

«O palhaço escuta as conversas dos outros e diz que está a ser escutado. (...)
O palhaço porta-se como um labrego no Parlamento, como um boçal nos conselhos de administração e é grosseiro nas entrevistas. O palhaço está nas escolas a ensinar palhaçadas. E nos tribunais. Também. (...)
O palhaço faz mal orçamentos. E depois rectifica-os. E diz que não dá dinheiro para desvarios. E depois dá. Porque o mandaram dar. E o palhaço cumpre. E o palhaço nacionaliza bancos e fica com o dinheiro dos depositantes. Mas deixa depositantes na rua. Sem dinheiro. A fazerem figura de palhaços pobres. O palhaço rouba. Dinheiro público. (...)
O palhaço é inimputável. Porque não lhe tem acontecido nada desde que conseguiu uma passagem administrativa ou aprendeu o inglês dos técnicos e se tornou político. Este é o país do palhaço. Nós é que estamos a mais. E continuaremos a mais enquanto o deixarmos cá estar. A escolha é simples.
Ou nós, ou o palhaço.»
(Mário Crespo, "O palhaço", JN online, 14-12-2009)

1 comentário:

Reprobo disse...

Sobre palhaçadas, caro Núncio sugiro-lhe o seguinte post do, para mim, algo socrático blog (depende de quem escreve ...) :

http://aregradojogo.blogs.sapo.pt/230664.html

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