Terapia política. Introspecção psicossocial. Análise simbólica.

24 maio 2009

[871] O cartão de visita

Os políticos são os representantes dos seus povos. Não se pode exigir que sejam melhores do que eles, pois frequentaram as mesmas escolas, comeram os mesmos pratos, conviveram com as mesmas pessoas.
A maioria dos portugueses aprecia gente "esperta" e expedita. Gente que ultrapassa pela faixa da direita, que declara sempre auferir o salário mensal mínimo e que não vai ao teatro porque é caro, mas vai à cervejaria comer marisco.
(...) gostaria de pensar que honro os meus antepassados e sou digno de algum apreço e consideração. Tenho 25 anos de estudos básicos e superiores. Fiz dezenas de exames escritos e orais, em provas públicas e salas abertas. Fui trabalhador-estudante e nunca me foi concedida a oportunidade de fazer exames em casa e nunca tive o mesmo professor a mais do que duas cadeiras. Sou pós-graduado e mestrando. Falo várias línguas estrangeiras.
Não é por isso que sou candidato a deputado ou primeiro-ministro. Não tenho militância partidária nem sindical. Mas certamente se fosse, algum "politólogo" ou comentador iria achar que não sou bonito nem esbelto e que não tenho currículo académico ou profissional suficientes. Porque ser maçon, da Opus Dei ou de Bildenberg é recomendação bastante.
(Núncio / Portugal Real, comentário a "Ferreira Leite: "É impossível transformar Sócrates em Obama", 24-5-2009)

Sem comentários:

Arquivo do blogue

Seguidores