Terapia política. Introspecção psicossocial. Análise simbólica.

17 abril 2007

[472] Santo da casa...

O Benfica preparou para esta época, sob a direcção técnica de Fernando Santos, um "plantel" de futebol de 28 jogadores, que - reajustado a meio da temporada - ficou com 24.
Jogo após jogo (cerca de 40, no total), o treinador reduziu o campo de recrutamento dos "titulares" a 14. Os restantes 10 - quase uma equipa! - não tiveram qualquer participação relevante, nem negativa nem positiva. Para que foram contratados? Que rendimento proporcionam?
A equipa arrasta-se digna, mas penosamente até à parte decisiva da época. Santos esgotou-a. Jogadores esforçados, voluntariosos, empenhados (salvo raras excepções, como Derlei). Mas nenhum plantel de apenas 14 jogadores consegue, em parte nenhuma do mundo, aguentar uma época emocional e fisicamente desgastante (com presenças consecutivas na Liga dos Campeões e na Taça UEFA).
A equipa técnica tem, sozinha, mais de um terço dos elementos desse mini-plantel. Para quê? Treinos macios, pouca rotatividade, nenhum discurso inovador ou motivador ...
O SLB tem hoje, diga-se, uma gestão financeira e patrimonial de qualidade apreciável. Mas começam a ser incompreensíveis os erros sucessivos na gestão administrativa, comunicacional e, sobretudo, desportiva. Falta um director em quem o Presidente delegue a gestão do futebol. Alguém muito competente, discreto e totalmente dedicado.
O SLB deveria aprender a lição que a gestão de José Roquette, homem respeitável e trabalhador, deixou no Sporting: um clube desportivo não é uma empresa clássica. Os resultados que (mais) importam não são os da tesouraria, são os títulos...
*
Estive no estádio e considero-me um benfiquista inevitavelmente parcial, mas lúcido e exigente. Acho espantoso que o Público faça uma crónica do jogo desta noite sem dedicar uma única linha ao anti-jogo bracarense (a meio da 1.ª parte já havia jogadores caídos no relvado com "cãimbras" e "lesões") e à arbitragem muito pouco caseira de João Ferreira. Os jornalistas desportivos não têm curiosidade de ir analisar estatisticamente os resultados dos jogos do Benfica ajuízados por árbitros alegadamente simpatizantes deste clube (João Ferreira, Pedro Proença, Pedro Henriques, etc.)? Talvez se deparassem com surpresas interessantes...
(comentário do blogger à citada notícia do Público online)
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A coisa não está famosa e sou o primeiro a ser muito crítico. Mas, no fundo, acho que muitos preferem a "chico-espertice" sofisticada do PC à simplicidade desconcertante de LFV. [O provincianismo é isto...]
(comentário do blogger deixado aqui)

1 comentário:

MBA disse...

Até que enfim alguém que percebeu que a culpa não é dos jogadaores, mas sim da má gestão da direcção técnica e desportiva.

Mas também há que reconhecer uma coisa: temos tido uma enorme dose de azar. Dois exemplos: o jogo com o Boavista e com o Porto (lá e cá). Basta somar esses pontos perdidos (2 com o Boavista cá, 3 contra o Porto) para se perceber que estaríamos bem mais acima na classificação.

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