Terapia política. Introspecção psicossocial. Análise simbólica.

09 setembro 2006

[349] Pactos e factos

"Os diagnósticos estão feitos. O que os Portugueses esperam dos seus representantes, cada um com a sua própria responsabilidade, é acção, mais acção. (...)
Há seguramente domínios onde podem e devem ser procurados entendimentos alargados entre Governo e oposição e mesmo com organizações da nossa sociedade civil. É por tudo isto que me atrevo a deixar perante esta Câmara e perante os portugueses cinco grandes desafios (...).
(...)
O terceiro desafio é o da criação de condições para o reforço da credibilidade e eficiência do sistema de justiça.
(...)
A justiça constitui um valor superior da ordem jurídica, um fim irrenunciável do Estado e a primeira e última garantia dos direitos e liberdades das pessoas. Constitui responsabilidade inadiável das forças políticas, ouvindo os operadores judiciários, gerar os consensos indispensáveis para se poder assegurar o funcionamento de um sistema de justiça eficaz, caracterizado pela qualidade, pela certeza e pela responsabilidade das suas decisões.
É uma responsabilidade de todos contribuir activamente para que, em Portugal, tenhamos uma justiça que inspire a confiança dos cidadãos quanto à defesa dos seus direitos e interesses legalmente protegidos, que reprima as violações da legalidade e não seja obstáculo ao desenvolvimento equitativo do País.
O Presidente da República dará sempre o seu apoio às mudanças que se mostrem necessárias ao fortalecimento da legitimação democrática das instituições judiciárias, à garantia da sua independência, ao prestígio dos seus titulares e à eficácia da imprescindível função que a Constituição lhes atribui.
O quarto desafio diz respeito à sustentabilidade do sistema de segurança social. (...)"
*
O Presidente da República a cumprir, discreta e superiormente, a sua missão. Se dúvidas houvesse sobre a sua forte autoridade e "statesmanship"...
Segue-se a segurança social? Leia-se, a propósito, Paulo Gorjão.

3 comentários:

Anónimo disse...

Sinuosa essa sua maneira de entender a política.
Talvez seja dessa forma que se adquire a notoriedade perdida(?),ainda que seja num minoritário sector da blogosfera...
É inquietante a sua leitura da génese do pacto.
Com efeito, ao lê-lo até parece que a cereja no bolo foi lá colocada pelo PR...
Quando somos tendenciosos, sucede que a desconstrução do que quer que analisemos se torna sobejamente primitiva, ainda que em abono da nossa tese se cite o Monsenhor Gorjão.
Probeza franciscana...

Anónimo disse...

Eu só gostava de chegar aos 70 e poder parar de trabalhar e ter uma reforma digna, afinal estou a descontar para isso. É disso que esses senhores estão a tratar, não é?

Unknown disse...

Joca,
mas quer mesmo trabalhar até aos 70? E as viagens? E o sol? E os netos? E os romances? E a música clássica? E o gourmet?
Vá lá, páre aos 60... e não se deixe impressionar pelo jargão pseudo-técnico da "insustentabilidade"!

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