Terapia política. Introspecção psicossocial. Análise simbólica.

09 maio 2008

[576] Manel e Manela

Pela leitura dos comentários (remunerados ou gratuitos) que se vão fazendo à candidatura de MFL à presidência do PSD e, por inerência, a S. Bento, percebe-se o [quão] paradoxal é este país!
Apelam à [participação da]s mulheres, mas ridicularizam-nas; querem democracia, mas preferem a opinião das elites; são de Esquerda, mas votam num candidato de Direita...
Se a senhora é feia, insensível, velha e incompetente, porque andam (quase) todos tão aflitos? Com esses defeitos todos, até o Rato Mickey (como diria a Zezinha) lhe ganharia!
(Núncio, comentário deixado aqui)

2 comentários:

Anónimo disse...

A 'senhora' foi uma péssima ministra da Educação, uma 'senhora' que prometeu baixar o défice para os 3% como manda o PEC da UE e quando saiu de funções veio-se a averiguar que o deixou em 7, dois pontos percentuais acima dos 5% guterrianos. Afinal, pergunto-me onde está a seriedade e o rigor da dita ?
Basta-lhe encarnar a continuação do neo-cavaquismo para se constituir em alternativa ao populismo Santanista/Menezismo e automaticamente, com a sua pose de 'Estado' gravis solemnis constituirá um serio perigo ao gang socrático, que qual trojan, invadiu o PS ... ?

Unknown disse...

As opiniões, de facto, são contraditórias quanto aos méritos de MFL como ministra, quer de uma pasta, quer de outra.
Mas um pouco mais de rigor, caro Reprobo.
Em primeiro lugar, MFL não deixou o Governo do PSD/CDS com um défice orçamental de 7% (na verdade, 6,8%), pois quem foi o último ministro das Finanças desse Governo foi Bagão Félix (e, diga-se em abono da verdade, esse défice apurado em Março, aquando da posse do novo Governo do PS, resultou certamente da desmobilização pela demissão de PSL, que, acrescente-se, não deveria ter sido indigitado por Jorge Sampaio).
Em segundo lugar, MFL - com ou sem méritos governativos; não serei eu que lhos atribuirei - tem necessariamente a sua avaliação condicionada pelo facto de ter sido sempre convidada em situações de maior complexidade. A primeira, na Educação, para suceder a Couto dos Santos (ministro muito fraco) e para implementar as propinas no Ensino Superior, o que - 13 anos depois - já não se discute. A segunda, para rectificar o défice orçamental de 5,2% que herdou de Oliveira Martins (e que, em coerência, também acho que se deveu a uma desmobilização do PS em torno de Guterres).
Podemos ter, é um direito nosso, wishful thinking, mas não devemos deixar de ser rigorosos e assertivos.

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