Terapia política. Introspecção psicossocial. Análise simbólica.

27 maio 2008

[589] Verde desmaiado?

«O Sporting, sem estar sozinho, apresenta-se nesta encruzilhada. Em Alvalade, o futebol pouco ou nada se discute. Nos últimos anos, o foco das conversas está nas nuances dos projectos financeiros, dos passivos, das negociações com os bancos, dos serviços das dívida, das taxas de juro, das operações de venda de património, sob a falácia de que tudo isso é necessário para não comprometer (ainda mais) a capacidade competitiva dos plantéis que, neste ambiente, são tratados como uma minudência. E uma grande chatice.
Há quem assuma, em círculos fechados, que os mais velhos têm de se conformar com as novas realidades. Adeus, Sporting. Foste uma grande instituição. Atlética e ecléctica. Virada para os seus técnicos e atletas. Agora, são os negócios e a engorda do monstro SAD que há-de rebentar de tanto comer. Uns vão ficar ainda mais ricos, potenciando a riqueza dos seus parceiros ou patrões e hão-de retirar-se na hora certa, convictos de que cumpriram o seu dever, cansados, afinal, de tantas incompreensões e críticas.
Por este andar, não é só a despedida de uma ideia de “devoção e glória”. É o prenúncio da extinção. Histórica.»
(Rui Santos, "Adeus, Sporting", Record on line, 27-5-2008)

2 comentários:

Anónimo disse...

Lá vai comentário :-P

Estive ontem na Assembleia Geral do Sporting. O novo e o velho misturado...

O velho, eram os senhores de cabelo grisalho, com 40 e 50 anos de sócios, orgulhosos dos boletins que lhes davam direito a 19, 22, 25votos cada um.

O novo, os "mecitos" do Juve Leo aos gritos, de mochila às costas, com boletins de 1 voto, a defenderem a propriedade dos terrenos de Alcochete.

O velho, era a costumeira dificuldade de organização do povo português, sempre sem entender o que se passa em volta mas sempre pronto a dar palpites do que ignora.

O novo, a apresentação em Power Point com a explicação de que, para haver dinheiro, tem de haver bancos, orçamentos e projectos exequíveis.

o velho, as minorias que aos gritos rodeadas de peixeiras e motoqueiros, chamam sem qq respeito, os nomes todos que lhes passam pela cabeça sem lerem, nem saberem ler, o que está em aprovação.

O novo, uma maioria educada, culta, informada, como poucas vezes tenho visto em Assembleias de mais de mil pessoas neste país, que deu uma larga maioria à direcção - 63%

O velho, os comentaristas da imprensa, ignorantes como só em Portugal o são, convencidos de que a balda e as negociações mafiosas com os "tais" agentes de jogadores é tudo o que interessa ao futebol.

O novo é que clubes como o Manchester United que ganham a Chapions, têm donos, orçamentos, planos e boas equipas, sem deixarem de ter milhões de adeptos pelo mundo, dentro e fora do Reino Unido.

Anónimo disse...

Comentário maroto:

A páginas tantas, dizia um amigo meu à saida do pavilhão - comentando os modos e os gritos de uma minoria, encabeçada por um Dias da Cunha de camisola preta à Berardo e de braço dado com o major Vasco Lourenço - mas aquilo são sportinguistas à benfica pá!!! LOL

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