Pela leitura dos comentários (remunerados ou gratuitos) que se vão fazendo à candidatura de MFL à presidência do PSD e, por inerência, a S. Bento, percebe-se o [quão] paradoxal é este país!
Apelam à [participação da]s mulheres, mas ridicularizam-nas; querem democracia, mas preferem a opinião das elites; são de Esquerda, mas votam num candidato de Direita...
Se a senhora é feia, insensível, velha e incompetente, porque andam (quase) todos tão aflitos? Com esses defeitos todos, até o Rato Mickey (como diria a Zezinha) lhe ganharia!
(Núncio, comentário deixado aqui)
2 comentários:
A 'senhora' foi uma péssima ministra da Educação, uma 'senhora' que prometeu baixar o défice para os 3% como manda o PEC da UE e quando saiu de funções veio-se a averiguar que o deixou em 7, dois pontos percentuais acima dos 5% guterrianos. Afinal, pergunto-me onde está a seriedade e o rigor da dita ?
Basta-lhe encarnar a continuação do neo-cavaquismo para se constituir em alternativa ao populismo Santanista/Menezismo e automaticamente, com a sua pose de 'Estado' gravis solemnis constituirá um serio perigo ao gang socrático, que qual trojan, invadiu o PS ... ?
As opiniões, de facto, são contraditórias quanto aos méritos de MFL como ministra, quer de uma pasta, quer de outra.
Mas um pouco mais de rigor, caro Reprobo.
Em primeiro lugar, MFL não deixou o Governo do PSD/CDS com um défice orçamental de 7% (na verdade, 6,8%), pois quem foi o último ministro das Finanças desse Governo foi Bagão Félix (e, diga-se em abono da verdade, esse défice apurado em Março, aquando da posse do novo Governo do PS, resultou certamente da desmobilização pela demissão de PSL, que, acrescente-se, não deveria ter sido indigitado por Jorge Sampaio).
Em segundo lugar, MFL - com ou sem méritos governativos; não serei eu que lhos atribuirei - tem necessariamente a sua avaliação condicionada pelo facto de ter sido sempre convidada em situações de maior complexidade. A primeira, na Educação, para suceder a Couto dos Santos (ministro muito fraco) e para implementar as propinas no Ensino Superior, o que - 13 anos depois - já não se discute. A segunda, para rectificar o défice orçamental de 5,2% que herdou de Oliveira Martins (e que, em coerência, também acho que se deveu a uma desmobilização do PS em torno de Guterres).
Podemos ter, é um direito nosso, wishful thinking, mas não devemos deixar de ser rigorosos e assertivos.
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