Afinal, não é só o português que é muito criativo.
Os turcos cunharam a nova lira turca, em circulação desde o início do ano.
"Por coincidência", a moeda de uma lira é quase idêntica à de dois euros. Valendo um quinto...
Terapia política. Introspecção psicossocial. Análise simbólica.
27 dezembro 2007
26 dezembro 2007
25 dezembro 2007
07 dezembro 2007
[525] Todos indiferentes, todos iguais
A propósito do filme "The Invasion" (EUA, 2007), de Oliver Hirschbiegel, com Nicole Kidman, Daniel Craig e Jeremy Northam (por sinal, remake dispensável do "The Invasion of the Body Snatchers", de Don Siegel, 1956), é de lembrar que, ao contrário do que a ficção científica gosta de projectar, não será preciso nenhum exército de extra-terrestres para vir domesticar-nos, tornando-nos covardes, manipuláveis, desumanos ou pelo menos indiferentes.
O PREC (Projecto de Racionalização Em Curso) do século XXI encarregar-se-á disso em pouco tempo: globalização, harmonização, integração, indiferenciação.
[524] Natal real
«Embora seja uma ideia inteligente e generosa, o bom mesmo seria substituir símbolos ("árvore de Natal") por atitudes.»
(Núncio, comentário a "Isto é ser empresário!", Tiago Carneiro, Democracia em Portugal, 6-12-2007)
(Núncio, comentário a "Isto é ser empresário!", Tiago Carneiro, Democracia em Portugal, 6-12-2007)
06 dezembro 2007
[523] Normalization is stupid!
«(...) o argumento de que ele [Rodrigues dos Santos] não pica o ponto e trabalha pouco é ridículo. O segredo da gestão de pessoas não é tratar todas da mesma maneira – é procurar retirar de cada uma o que de melhor tem para dar. No caso de um bom pivô, o valor que representa para uma estação não são as horas que possa passar ou não passar na redacção – é o seu desempenho perante as câmaras. A exigência a todos do cumprimento dos mesmos horários (por vezes desadequados à função) leva à burocratização das redacções e à perda de criatividade e eficácia.
O segredo das grandes redacções não é a imposição de uma disciplina militar – essa é a lei dos medíocres; o segredo das grandes redacções é exigir trabalho de qualidade e bons desempenhos em todas as áreas. É esta a disciplina que hoje interessa. Num trabalho manual, a produtividade de um trabalhador está directamente relacionada com o número de horas que passa na fábrica; no jornalismo, a produtividade não tem nada que ver com o número de horas passadas na redacção. Um jornalista pode passar muito tempo na redacção e não produzir nada de jeito, e outro pode lá estar pouco tempo e ser um trunfo da estação. Para os telespectadores, o que interessa é o desempenho de Rodrigues dos Santos a apresentar o Telejornal – não são os seus horários. É essa a sua mais-valia para a televisão pública. Que estupidamente a RTP vai perder.»
O segredo das grandes redacções não é a imposição de uma disciplina militar – essa é a lei dos medíocres; o segredo das grandes redacções é exigir trabalho de qualidade e bons desempenhos em todas as áreas. É esta a disciplina que hoje interessa. Num trabalho manual, a produtividade de um trabalhador está directamente relacionada com o número de horas que passa na fábrica; no jornalismo, a produtividade não tem nada que ver com o número de horas passadas na redacção. Um jornalista pode passar muito tempo na redacção e não produzir nada de jeito, e outro pode lá estar pouco tempo e ser um trunfo da estação. Para os telespectadores, o que interessa é o desempenho de Rodrigues dos Santos a apresentar o Telejornal – não são os seus horários. É essa a sua mais-valia para a televisão pública. Que estupidamente a RTP vai perder.»
(José António Saraiva, Política a Sério, "O valor de um pivô", 24-11-2007, Sol online)
*
Sou funcionário público vai para 14 anos. Já exerci funções técnicas e dirigentes. Toda a minha vida tem sido dedicada, modesta, mas empenhadamente, ao serviço público, afirmando a força das políticas públicas, rejeitando a excessiva procedimentalização, estimulando a autonomia, flexibilizando horários e relativizando "formatos".
Acho absolutamente estúpida a obsessão pelo "correcto" (política, social ou administrativamente), a redução de toda a actividade a regulamentos e manuais de procedimentos, o controlo do acessório (indumentária) e do quantitativo (tempo) em vez da apreciação do principal (honestidade) e do qualitativo (competência). Prejudica a diferença; afecta a complementaridade; institui a normalização de produtos, atitudes, pessoas; nivela à mediocridade, alimenta o tráfico de influências.
Quando vamos deixar de ser estúpidos?
02 dezembro 2007
[521] Serviço público (7): diversão múltipla
Coordenado pelo sapateador Michel, o novo espaço cultural e artístico de Lisboa, na Fábrica de Braço de Prata: Pétaouchnök.
Todas as quintas, sextas e sábados: espectáculos, concertos e exposições.
[520] Serviço público (6): Natal é isto
Cada saco com embalagens e medicamentos fora de uso recolhido pela Valormed representa euros para a Ajuda de Berço.
01 dezembro 2007
[518] Um povo triste, uma governação sem alma
«(...) A solução final vem aí. Com a lei, as políticas, as polícias, os fiscais, os inspectores, a imprensa e a televisão. Niguém, deste velho mundo, sobrará. Quem não quer funcionar como uma empresa, quem não usa os computadores tão generosamente distribuídos pelo país, quem não aceita as receitas harmonizadas, quem recusa fornecer-se de produtos e matérias-primas industriais, quem não quer ser igual a toda a gente está condenado.
Estes exércitos da liquidação são poderosíssimos: têm estado-maior em Bruxelas (...) e agem através do pessoal da ASAE, a organização mais falada e odiada do país, mas certamente a mais amada pelas multinacionais da gordura, pelo cartel da ração e pelos impérios do açúcar. (...)
Tudo isto, como é evidente, para nosso bem. Para proteger a nossa saúde. Para modernizar a nossa economia. Para apostar no futuro. (...) E não tenhamos dúvidas: um dia destes, as brigadas vêm, com estas regras, fiscalizar e ordenar as nossas casas. Para nosso bem, pois claro.»
(António Barreto, Retrato da Semana, "Eles estão doidos", Público, 25-11-2007, p. 45)
[517] Também queremos saber onde e com quem se divertem os governantes!
(Público online, 1-12-2007)
*
Considero este tipo de operações um exagero total e anti-democrático, não respeitam a privacidade dos cidadãos, mais parece uma operação do tempo do Estado Novo = PIDE.
Eu vivo na Holanda-Amsterdam e nunca vi tal coisa, e isto numa cidade como Amsterdam, que como dizem tem muita criminalidade. Este tipo de operação nunca seria aceite pelos cidadãos dos países que aí em Portugal consideram desenvolvidos ao ponto de até quererem usar esses países, como a Holanda, como exemplo para o que se deve fazer em Portugal.
Cabe na cabeça de alguém cercarem/fecharem acessos, ainda mais numa zona central da cidade de Londres ou Amsterdam para identificarem (!?) quem são os cidadãos que frequentam certos bares, etc! Isto seria uma loucura nestes países! Em Portugal infelizmente ainda temos muitas características do tempo fascista e anti-democrático em que vivemos durante muito tempo. É um dos muitos atrasos culturais que temos e vamos continuar a ter, e um abuso do poder, etc!
(Paulo Machado, Amsterdão, Holanda, em comentário à notícia)
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