A Confeitaria Colombo é um dos mais tradicionais espaços da memória da "belle époque" do Rio de Janeiro. Seus amplos e elegantes salões foram, desde o final do século XIX, freqüentados por artistas, intelectuais e políticos, bem como por boêmios, damas e “cocotes”.
Inaugurada em 17 de setembro de 1894, sofreu grande reforma de 1914 a 1918, recebendo os atuais móveis e a decoração interna da autoria de Antônio Borsoi. O salão de chá em estilo Luís XVI, no segundo andar, foi inaugurado em 1922. A abertura oval entre os dois andares, a clarabóia com vitral e a grande área de espelhos belgas nas paredes laterais conferem ao espaço interno um ambiente requintado e agradável.
Ainda é possível sentir o clima do Rio Antigo em uma das mesas da tradicional Confeitaria Colombo, no centro do Rio. A centenária casa foi aberta pelos portugueses Joaquim Borges de Meirelles e Manoel José Lebrão. Hoje, tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Estado do Rio de Janeiro, ela é o símbolo máximo do que representou a "belle époque" na vida da cidade. São quatro andares com três amplos salões, todos com decoração art nouveau, de 1913. No salão da confeitaria, uma decoração rica em detalhes é mantida em perfeito estado desde sua criação. Oito espelhos bisotados, todos emoldurados em jacarandá, foram trazidos da Bélgica, cada um pesando uma tonelada e meia. Bancadas de mármore italiano e um mobiliário sofisticado. Cinco cristaleiras abrigam grande variedade de doces e tortas, além de louças do princípio do século e taças de cristal bordadas a ouro. No quarto andar, coroando o teto, uma clarabóia em mosaicos coloridos, banha todo o restaurante com luz natural. Tudo isso é comparável ao que existe de mais típico e representativo dessa época nos salões europeus.
A "belle époque" carioca, vivenciada pela alta sociedade nos séculos XIX e XX, continua intacta na charmosa confeitaria que abriu suas portas em 1894 e que teve como clientes nomes como Chiquinha Gonzaga, Rui Barbosa e Olavo Bilac. Além dos doces e salgados que seguem as receitas de outrora.
(Matheus e Roland Steiner, em 27-4-2007: cortesia do leitor "Paulo Sérgio")