Terapia política. Introspecção psicossocial. Análise simbólica.

06 janeiro 2007

[407] Deputada, mas pouco...

"Jerónimo, não seja ingénuo nem nos faça de ingénuos.
Não se trata de manter a palavra dada numa declaração assinada. Trata-se de aferir a legalidade e a legitimidade de tal declaração, que pode muito bem ser inválida.
Os deputados, embora em listas partidárias (ou, nalgumas eleições, em listas independentes), são eleitos pessoalmente. É o candidato A que é eleito, atendendo ao número de votos da sua lista. Por isso mesmo, não é indiferente estar em primeiro ou em último lugar da lista. Foi Luísa Mesquita, concretamente, que foi eleita por Santarém e a boa fé na relação entre eleitos e eleitores exige que, salvo ocorrência extraordinária (como o falecimento ou a incompatibilidade de exercício), se mantenha no cargo durante toda a legislatura, que foi para isso que foi eleita, ela e os restantes 229 deputados.
Se fosse indiferente ser o candidato A, B ou C, os partidos nomeavam os seus representantes parlamentares. Ora, isto não é uma nomeação, é uma eleição!"
(Núncio, comentário deixado aqui: "Jerónimo de Sousa teme acordo entre PS e PSD para mudar leis eleitorais", Público On Line, 6-1-2007)

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