Terapia política. Introspecção psicossocial. Análise simbólica.

14 fevereiro 2010

[1106] O estado da arte popular

«Só acredita no contrário quem acredita mais em 2 ou 3 magistrados desconhecidos, ocultos, não eleitos, não escrutináveis, não responsáveis políticos face ao povo e à governação, de quem se desconhece vínculos partidários (…)», Adolfo Contreiras.
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1. Os magistrados não são modelos nem artistas para serem conhecidos do “grande público”.
2. O facto de não serem “mediáticos” não faz dele ocultos. Oculto são todos os pedreiros que se infiltraram na Justiça, na Política, na Economia, no Desporto, para servirem a sua “causa”, em vez de servirem o interesse público. Ocultos são os poderes que nos governam.
3. Obviamente que os magistrados titulares de processos não são eleitos nem escolhidos. Nunca ouviu falar do juiz natural, que é uma das maiores garantias do Estado de Direito?
4. Todo o trabalho de um juiz é escrutinável pelos órgãos disciplinares e de avaliação da Magistratura, órgão de soberania deste Estado. A não ser que defenda que seja o primeiro-ministro a escrutinar e avaliar o trabalho dos juízes. Mas o Governo não é o único órgão de soberania desta democracia, por muito que custe a alguns adeptos do regime venezuelano.
5. Os juízes não fazem política, por isso não têm responsabilidade perante os políticos nem têm (não devem ter) quaisquer vínculos partidários e, ainda que alguns o tenham, isso é completamente irrelevante, a não ser que tal vinculo os impeça de exercer com independência e autonomia a sua função.
N.B. Raramente li tanto disparate em tão poucas linhas. Mas foi pedagógico. Assim percebo melhor o nível dos apoiantes deste status quo.

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