"O Estado social tem de ser adequado às receitas que temos. Deve ser selectivo: melhor para quem precisa e muito pior para quem não precisa", disse [Medina Carreira].
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E não teríamos muito mais receitas com um sistema de tributação mais justo e mais eficiente? Ou já se esqueceram dos modelos sueco e finlandês?
2 comentários:
Meu caro, parece que ainda não percebeu que além das diferenças culturais entre os tugas e os escandinavos, existe um dado histórico incontornável : Portugal regressou ao ciclo do demoliberalismo político um ano a seguir ao Grande Choque Petrolífero de 1973 e consequentemente em processo socio-político em contra ciclo com o resto do mundo ocidental desenvolvido. Em parte devido a esse facto nunca pôde ostentar políticas fortemente redistributivas como as seguidas pelos socialistas democráticos escandinavos ( e nunca destruídas pelos partidos 'burgueses' de centro-direita escandinavos). Em 1979 chegou ao poder em Downing Street, a Dama de Ferro e pitonisa dos neo-liberais ...
Como tal a maioria dos políticos tugas ditos de centro que se reclamam do espectro social-democrático são-no 'de boca', Mero adjectivo que já rendeu mais nos 70's e 80's perante a investida neoliberal conservadora. Se não foi possível (nem desejado pelos tais "sociais-democratas" lusitanos ...) construir o Welfare State nos anos 70 e 80 como fazê-lo perante um cenário de declarado declínio demografico e competição desenfreada suscitada pela entrada da China na OMC no novo milénio...?
Agradeço o seu comentário, Reprobo, que subscrevo na generalidade.
A referência ao modelo escandinavo era irónica, para o caso de lhe ter escapado...
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