"(...) Antigamente, rapazes e raparigas entendiam-se como se entendem hoje. Não tinham era o à vontade que há hoje. Você não faz ideia do pavor que era namorar! Vocês hoje não têm a mínima noção disso. Vocês vivem no paraíso! Mas a grande revolução foi a pílula. Não estou a falar por mim que eu nunca tomei essa porcaria. Detesto isso.
Eu sou contra o aborto. Eu não acho bem que se prendam as pessoas, mas sou contra o aborto. Eu sou a favor da Natureza. A Natureza não é a favor do aborto.
Há pessoas que não podem criar os filhos? Isso é conversa! Sim, tudo se cria. Tem em mim o exemplo. Eu, sem dinheiro nenhum, sem emprego nenhum, tenho 8 filhos. Isso é conversa, isso é uma cobardia que esses gajos instigam. Não, não misture as coisas. O referendo não é a favor do aborto. Eu desisti um bocadinho da política porque fui lá de propósito para votar a favor da despenalização do aborto e foi o que se viu. Com certeza que sou a favor da despenalização. Andarem aí a prender as raparigas, isso é um disparate.
O Estado é que não quer dar o apoio à mãe solteira. Haviam de ter apoio, tudo de borla, para elas e para os filhos. Filhos indesejados? Vamos lá a ver: uma rapariga que vai para a cama com um rapaz sabe que se arrisca. (...)"
O Estado é que não quer dar o apoio à mãe solteira. Haviam de ter apoio, tudo de borla, para elas e para os filhos. Filhos indesejados? Vamos lá a ver: uma rapariga que vai para a cama com um rapaz sabe que se arrisca. (...)"
(Luís Pacheco, Público, 28-3-2004: cortesia do leitor "Reprobo")
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