Não resisto a citar Miguel Vale Almeida : As universidades entram agora no processo de revolução dos seus estatutos, de modo a aplicar o novo Regime Jurídico. As assembleias constituintes, que vão fazer os novos estatutos, são democraticamente eleitas. No entanto, a lista vencedora cooptará um conjunto de “personalidades externas de reconhecido mérito”. Estas “personalidades” terão direito a voto, serão para todos os efeitos membros das assembleias. Decidirão sobre o futuro das universidades. A justificação é a ligação da universidade à “sociedade”. O resultado é, como é fácil perceber, a penetração de toda a espécie de interesses. Como é que uma barbraidade destas passou, é coisa que não cessa de me espantar.
Querer reproduzir em Portugal uma qualquer fantasia positiva sobre as universidades americanas, através de uma receita em que se escolhem uns ingredientes e se deixam de lado outros, é não perceber nada de duas coisas: de EUA e de Portugal. Corrijo: é perceber, e muito, de Portugal, pois já se está mesmo a ver de onde vem o “reconhecimento”, de que “mérito”, e aplicado a que “personalidades”. http://blog.miguelvaledealmeida.net/
2 comentários:
O Maquiavel está de férias??
Não resisto a citar Miguel Vale Almeida :
As universidades entram agora no processo de revolução dos seus estatutos, de modo a aplicar o novo Regime Jurídico. As assembleias constituintes, que vão fazer os novos estatutos, são democraticamente eleitas. No entanto, a lista vencedora cooptará um conjunto de “personalidades externas de reconhecido mérito”. Estas “personalidades” terão direito a voto, serão para todos os efeitos membros das assembleias. Decidirão sobre o futuro das universidades. A justificação é a ligação da universidade à “sociedade”. O resultado é, como é fácil perceber, a penetração de toda a espécie de interesses. Como é que uma barbraidade destas passou, é coisa que não cessa de me espantar.
Querer reproduzir em Portugal uma qualquer fantasia positiva sobre as universidades americanas, através de uma receita em que se escolhem uns ingredientes e se deixam de lado outros, é não perceber nada de duas coisas: de EUA e de Portugal. Corrijo: é perceber, e muito, de Portugal, pois já se está mesmo a ver de onde vem o “reconhecimento”, de que “mérito”, e aplicado a que “personalidades”.
http://blog.miguelvaledealmeida.net/
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